5 meses antes de ser preso pelo assassinato da vereadora Marielle, Ronie Lessa enviou um raro registro via Whatsapp para um amigo.
Na imagem aparece Lessa, o ex capitão Cláudio e mais 6 policiais. Eles faziam parte da PATAMO 500, uma patrulha que mesmo virando lenda dentro da PM
provocava terror nos moradores de favelas da Zona Norte do Rio de Janeiro no fim dos anos 90. Atualmente, Lessa e Cláudio estão presos.
Um pelo assassinato de Marielle, e o outro cumprindo pena de 30 anos por ser o mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli, em 2011.
Em 5 anos, Lessa, Oliveira e seus colegas participaram de ocorrências que terminaram em pelo menos 22 mortes, 2
duas vítimas feridas após uma sessão de tortura e o desaparecimento de um homem, após ser colocado na viatura.
Não só bandidos foram mortos, mas também inocentes.
Os integrantes da Patamo 500 além de ganharam bonificações, também progrediram na carreira dentro da PM graças às ocorrências com mortes e apreensões.
Antes de entrar na patrulha, Lessa era soldado. Em menos de um ano, foi promovido por bravura 2 vezes e, no fim de 1997, já era+
sargento. No mesmo ano, todos os integrantes da Patamo foram promovidos: Oliveira virou major, os demais passaram de cabos a sargentos.
Na maioria dos registros, a dinâmica se repete: os agentes afirmam que “foram recebidos com disparos de arma de fogo pelos marginais e +
revidaram a injusta agressão”. As justificativas dos agentes eram aceitas, e os casos acabavam arquivados
Nas décadas seguintes, todos os integrantes da Patamo 500 acabariam sendo mortos ou presos sob diferentes acusações - recebimento de propina de traficantes a desvio de armas
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Durante buscas da Polícia Civil na casa de Ronie Lessa, foi encontrado uma carteirinha do ano de 1989, quando o mesmo era filiado ao grupo de extermínio "Scuderie Le Cocq".
O grupo foi fundando em 1965 por Pm's para vingar a morte do detetive Milton LeCocq e outros policias.
Ronie é um velho conhecido da justiça. Quando ainda estava no BOPE, foi investigado por suspeitas de ligação com o jogo do bicho, principalmente com o bicheiro Rogério de Andrade, trabalhando até como segurança.
Em 2020, foi indiciado por tráfico internacional de armas. Ele é +
suspeito de comprar peças de armas da China e enviar para os Estados Unidos. Em julho de 2021, sua esposa também foi presa a partir de uma investigação de que o casal teria traficado de Hong Kong para o Brasil, 16 componentes para fuzis AR-15.
Os principais mentores do furto ao Banco Central de Fortaleza:
Alemão - responsável por recrutar os demais criminosos. Segundo investigações, ficou com o maior valor do roubo e destinou mais de 10 milhões de reais ao PCC. Ele foi preso 3 anos pós crime, mas, em 2017, tentou +
fugir de uma penitenciária cearense e foi baleado. Com isso, foi transferido para presídio federal no mesmo ano.
Atualmente integra o "Conselho do Comando Vermelho", e tem apoio de Fernandinho Beira Mar, assistência da "caixinha" do CV e os mesmos advogados dos outros líderes. +
Véi Davi - planejou toda construção do túnel. 1 mês após o crime, foi preso em Fortaleza com 12 milhões de reais, oriundos do furto ao Banco Central. Foi condenado a 47 anos de prisão, mas, em 2012, teve a pena reduzida para 17 anos.
Era madrugada do dia 6 de agosto de 2005 quando uma quadrilha invadiu o Banco Central de Fortaleza e furtou 3,5 toneladas de cédulas de 50 reais. Na época, a quantia chegou a R$ 164 milhões.
Se fossem empilhadas, as notas chegariam a uma altura de quase 33 metros. +
3 meses antes do crime, os ladrões alugaram uma casa com distância de um quarteirão do banco, e, para disfarçar, transformaram a residência em uma empresa de fachada que produzia grama natural sintética. Assim, as ações dos bandidos passava despercebido.
Os vizinhos estimavam +
que o grupo era constituído de algo entre 6 e 10 pessoas e perceberam que diariamente saíam carros carregados de terra, mas entendiam que se tratava de algo normal para aquele ramo de atividade.
Mas, os bandidos estavam cavando um túnel que dava acesso ao "coração" do Banco.