1) A esquerda brasileira, aí incluído o stablishment, realmente ainda não faz a mínima ideia do buraco em que está se metendo ou contra o que (e não é "quem") está brigando.
2) Elon Musk, dono de um império no qual o hoje "X" é apenas um (...)
(...) banco de dados orgânico para desenvolvimento de projetos muito maiores, está seguindo fielmente um roteiro, com o propósito de que o Brasil seja reconhecido nos EUA como um país não democrático.
3) É ingenuidade achar que o pano de fundo disso é apenas a liberdade (...)
(...) de expressão, mas igualmente o é achar que essa é uma cruzada individual do bilionário. Ninguém atua nas áreas em que ele está sem um imenso respaldo de setores estratégicos.
4) O desfecho natural desse roteiro tem uma indisfarçável aposta na vitória de Trump em (...)
(...) novembro, para o que certamente hoje se dispõe de elementos mais sólidos do que os que nos chegam (afinal, alguém como Musk dificilmente daria um "all-in" com um par de dois havendo ases na mesa).
5) No entanto, a dimensão do escândalo pode acelerar as coisas. (...)
(...) A inclusão do bilionário em inquéritos foi a melhor reação que ele poderia alcançar, vez que escancarou a total subversão do sistema acusatório brasileiro e a existência de práticas típicas de tribunais de exceção. Isso, aliás, já despertou o interesse formal do (...)
(...) Congresso Americano, que pediu a Musk as provas do que ele está alegando. E lá ele não tem nenhum receio de as entregar.
6) O problema é que, para o Brasil, isso não é certeza de retorno da normalidade democrática, ao contrário.
Caso os EUA de fato reconheçam (...)
(...) o pais como um regime não democrático, restarão duas possibilidades: a pressão se tornará insuportável sobre os artífices do autoritarismo e o próprio sistema os sacrificará, ou se pode rumar para a ruptura com aquele país e se alinhar em definitivo com o bloco (...)
(...) sino-soviético (não por acaso, rival de Musk em diversos setores)
Se a segunda opção prevalecer, voltarmos a falar em democracia real no Brasil vai levar mais algumas muitas décadas.
Infelizmente, agora, resta-nos apenas aguardar. Não temos cacife para essa mesa.
[FR]'s
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É preciso ser pragmático sobre os acontecimentos recentes.
Num país em que há muito o Poder Legislativo se tornou figurativo (ainda que continue caríssimo) e as mobilizações populares foram criminalizadas por decisões judiciais amparadas na atuação das Forças Armadas, (...)
(...) não há como se esperar qualquer reação interna minimamente eficaz sobre o desnudamento ao mundo do fato de não estarmos mais em uma democracia. Os mecanismos para isso foram previamente anulados, de modo bastante eficaz, com apoio ou conivência daquelas Forças e, (...)
(...) principalmente, da imprensa, com destaque para aqueles veículos muito bem remunerados pelo sistema para se tornarem meros órgãos de propaganda.
Nesse cenário, qualquer efeito prático do que está acontecendo agora só surgirá quando (e se) começarem a ser impostas (...)
1) De acordo com matéria da Folha de S. Paulo, a equipe de transição de governo pretende acabar com o porte de trânsito de CAC´s, barrar a pistola 9mm e os fuzis, além de trazer de volta para o esporte uma série de exigências burocráticas. (+)
2) O propósito é revogar a regulamentação trazida por Jair Bolsonaro, mas, como não é raro acontecer nesse segmento, há apenas ideologia sendo usada como fundamento, pois nada do que se anuncia passa sequer perto da aplicação de conhecimentos técnicos sobre o assunto. (+)
3) De início, esquecem que o porte de trânsito data de 2017, ainda no Governo Dilma, e que o próprio Dec. 5123/04, assinado por ninguém menos que Lula, já autorizava a Atiradores o transporte de armas municiadas (o desmuniciamento só era exigido para Caçadores e Colecionadores).+
Concluído o julgamento sobre os decretos de armas no STF, as liminares foram deferidas e as normas suspensas, pelo placar de 9X2.
Destaque para a ausência de qualquer questionamento sobre o atropelo ao pedido de vistas do Min. Nunes Marques - que proferiu um ótimo voto técnico.+
Aliás, honrosa a citação do Ministro ao meu trabalho, demonstrando a falsidade do discurso de "mais armas, mais crimes".
Na prática, porém, ao votar sem a arguição de nulidade em questão de ordem, o Ministro acabou chancelando o atropelo que sofreu.+
O Min. André Mendonça também proferiu voto pela manutenção dos decretos e o Min. Fux fez uma ressalva técnica processualmente perfeita, de que as medidas só poderiam valer durante o período eleitoral, já que foi este o fundamento para se correr com o julgamento. +
1) Na reunião com embaixadores, as alegações do Presidente sobre irregularidades eleitorais têm alicerce em conceitos estatísticos e modelos matemáticos, como a Lei de Benford (amplamente aceita em auditorias, por exemplo), que apontam a tendência de impossibilidade do resultado.
2) Os militantes de redação e "checadores" de fatos, que sequer têm capacidade de diferenciar "correlação" e "causalidade", já correram para afirmar com ar professoral que é tudo mentira. Por quê? Porque a agenda que seguem manda dizer que sim.
Só que a questão é mais complexa.
3) Nesse tipo de questionamento, quando um resultado destoa dos modelos, não quer dizer que ele seja falso, é fato. Porém, isso implica que a auditoria exigirá a comprovação de que é verdadeiro. E se não houver como fazer essa prova, o resultado simplesmente não será homologado.
1) Tomei conhecimento há pouco de que, na edição do último dia 04/02 do programa @opiniaoredetv, capitaneado por @luislacombereal, foi debatido recente artigo meu veiculado na @gazetadopovo, no qual abordo a maior queda das taxas de homicídio brasileiras em 26 anos.⤵️
2) Na ocasião, houve um debate entre a jornalista @_AmandaKlein e o Deputado @capitaoderrite, tendo a primeira registrado que os dados utilizados no artigo (oficiais do DATASUS) não seriam corretos, mas sim aqueles disponibilizados por ONGs, a partir das polícias civis.⤵️
3) Embora a jornalista não tenha atribuído qualquer erro ao artigo, mas aos números do próprio DATASUS, ali sequer foram tangenciados os pontos essenciais a se considerar nesse tipo de análise evolutiva, o que impõe alguns esclarecimentos técnicos que ali não foram expostos.⤵️
1) Por trabalhar com pesquisa na área de segurança pública, sou bastante "chato" em relação ao método científico, repudiando ao máximo que sejam afirmadas teses formais sem que o tenham observado. Ainda assim, talvez nem precisasse disso para constatar algumas obviedades.⤵️
2) Se uma das fases científicas clássicas de desenvolvimento de uma "substância" é sua observação de longo prazo, é simplesmente impossível afirmar que, sob esse aspecto, ela é segura antes de se ter decorrido esse intervalo. Chega a ser uma questão de pura física (tempo).⤵️
3) Desse modo, quem antecipadamente o faz, está externando, não uma constatação (ainda fisicamente impossível), mas uma crença. O indivíduo "acredita" que é algo seguro, mas ainda não há como provar isso.
E é aí que surge a questão básica: crença não é ciência.⤵️