O Governo Federal está lançando hoje o seu plano nacional para a inteligência artificial. Li a apresentação do documento e gostei. O plano olha para a IA em vários setores e de forma a aproveitar oportunidades. Tem ações definidas e indica o orçamento para cada uma. Segue fio 🧵.
O plano olha para IA de forma pragmática, sem o catastrofismo que tomou conta do debate regulatório. Além disso o plano é altivo, cria um caminho brasileiro para pensar a IA, evitando simplesmente copiar a Europa ou outros países. Aponta áreas chave como saúde, agro, industria...
...meio-ambiente, educação, comércio, serviços, desenvolvimento social e serviços públicos. As escolhas foram bem-feitas, são de fato setores que pode avançar com um pensamento estratégico sobre IA. O plano aponta investimento de R$23 bilhões em projetos nessas áreas de 2024 a 28
Uma das minhas partes favoritas é energia renovável. Já escrevi que o Brasil pode se alavancar nessa área, já que a matriz energética do país é renovável. E não dá para tolerar dstscenters de IA sujando ainda mais a atmosfera. Esse ponto foi incluído, mas poder ter mais detalhes.
O plano propõe comprar um supercomputador para pesquisa científica no país. É ok. Mas teria feito diferente. Apostaria no desenvolvimento de tecnologias descentralizadas/distribuídas para o treinamento de IA, apoiando os consórcios existentes. O plano apostou em concentrar...
...eu teria apostado em desconcentrar, que é onde o país tem mais chances de brilhar de forma relevante. Apostar na melhoria dos serviços públicos com IA também é positivo. Mas é fundamental ver a arquitetura de como isso será feito.
O importante é que o plano é original, olha pra frente. Muito diferente da lei de IA que está em debate no Senado, que é o avesso disso e cuja proposta central é copiar a Europa. O plano e a lei parecem ter sido feitos em países diferentes. Eu já sei em qual gostaria de morar 😉
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Saiu agora o novo texto da lei de inteligência artificial brasileira no @SenadoFederal. As primeiras impressões não são boas. A lei tinha 33 páginas, agora passou a ter 43. Tinha esperanças de que ia diminuir o tamanho e acabou aumentando. Segue o fio com mais impressões🧵
O Brasil continua copiando a lei europeia, que nem a Europa sabe se vai dar certo, já que não foi implementada nem por lá ainda. Isso é triste porque mostramos incapacidade de criar algo original, de acordo com os interesses brasileiros. Em vez de importar uma lei feita fora.
A lei brasileira cria um monstro regulatório. De cara, condena o Brasil a fica fora do jogo da inteligência artificial. Como as obrigações para oferecer os principais serviços de IA são muito elevadas, só as grandes empresas de tecnologia vão conseguir atender à burocracia criada
Estamos lançando hoje o Conselho de Inteligência Artificial e Sociedade (CIAS), com a missão de organizar uma ampla consulta pública nacional para responder: o que queremos da IA? Toda a regulação deve vir dessa resposta. A participação é aberta. noticias.uol.com.br/cotidiano/ulti…
EUA, Taiwan e Europa fizeram processos participativos para fazer suas leis de IA. O Brasil também fez isso com o Marco Civil. Agora é a hora da sociedade retomar seu papel no debate sobre esse tema fundamental. Aguardamos sua participação pelo site oquequeremosdaia.com.br
A inteligência artificial é uma tecnologia que afeta a vida de todas as pessoas. Por essa razão a sociedade precisa ser ouvida amplamente. Não pode haver regulamentação sem participação. A consulta ocorrerá online e também off-line.
O Pão de Açúcar é um simbolo do Rio e do Brasil🇧🇷. No entanto, a empresa que opera o bondinho não quer que você tire fotos dele. Ela está notificando quem posta fotos desse cartão postal de todos nós. Recebemos uma dessas notificações e conto tudo. Segue o 🧵
Fizemos um artigo explicando tudo. Segue o link abaixo para quem quiser entender todos os detalhes. Mas como tem gente que tem preguiça de clicar (sim, essas pessoas existem), conto aqui um pouco do que aconteceu. feed.itsrio.org/empresa-do-bon…
Tudo começou quando o @ITSriodejaneiro postou uma foto do Pão de Açúcar no instagram chamando pesquisadores do mundo todo para trabalharem no Brasil. Fazemos isso todo ano e tanto o programa como o próprio ITS é sem fins lucrativos. Essa é a foto que a gente postou.
Viajei pela região amazônica🌳🐆. Fiz uma série de 6 episódios mostrando tudo. Fui atrás de tecnologia na Amazônia e também de tecnologias amazônicas. A região está em transformação e muitas visões não correspondem à realidade. Este fio reúne um pouco do que vi por lá. Segue🧶
É chocante a chegada da internet pelo Starlink na região. Até lugares mais remotos estão sendo conectados pelos satélites. Presenciei no Rio Solimões barcos sendo carregados com 200 caixas de Starlink com destino aos ribeirinhos e povos indígenas. As antenas estão em toda parte!
Uma viagem de barco de Manaus a São Gabriel da Cachoeira leva cerca de 24 horas pelo Rio Negro no serviço expresso. Antes os passageiros ficavam desconectados. Agora todo barco tem Starlink e o pessoal pode viajar assitindo Netflix e em contato com as famílias, ao custo de R$10.
Viajei para vários países na África🇲🇿. Estive em Moçambique, Quênia e Tanzânia. Fiz uma série de 8 episódios mostrando tudo. O continente está em transformação e muitas visões que circulam não correspondem à realidade. Este fio reúne um pouco do que vi por lá. Segue🧶
O continente africano está sendo tranformado por três fatores: juventude (média de idade da população de 19 anos), conectividade e mudança climática, com a transição para energia limpa, inclusive solar. Quem acha que Wakanda não existe vai se surpreender.
Nairobi é uma cidade vibrante. Lá fica a chamada Silicon Savana, a Savana do Silício, com várias startups sobretudo no setor financeiro. Além disso é cheia de matatus, ônibus super-incrementados que tornam o tranporte público uma festa, com wi-fi e música.
Viajei por mais de 20 cidades da China 🇨🇳. Estive em Xangai, Shenzen e Qindao. Fiz uma série de 8 episódios mostrando tudo. O país oriental está em transformação e muitas visões que circulam não correspondem à realidade. Este fio reúne um pouco do que vi por lá. Segue🧶
A China tinha cidades com péssima qualidade do ar quando se industrializou. Hoje há uma política de reduzir a poluição, inclusive sonora. Shenzhen é um exemplo. O uso massivo de carros e ônibus elétricos limpou o ar da cidade e acabou com o barulho.
Os aplicativos usados pelos chineses são diferentes dos ocidentais. Em vez de Google, Amazon, Twitter lá é Baidu, Taobao e Weibo. Além disso há o fenômeno dos superapps, aplicativos que querem fazer tudo. Dá para ver tudo nesse episódio.