Estima-se que cerca de 50% a 60% da produção global de petróleo esteja sob controle de países classificados como autocráticos (ou com regimes autoritários/híbridos). 1/6
Só Arábia Saudita e Rússia já respondem por quase 20%. Somando Irã, Iraque, EAU, Kuwait e outros membros da OPEP com regimes não democráticos, chega-se fácil a mais da metade do total.
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O poder de cartel, sendo que muitos desses países estão na OPEP+, esta na coordenação dos cortes ou aumentos de produção.
A dependência global de petróleo dá poder de barganha a regimes não democráticos.
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A transição energética é necessária para reduzir dependência dos países democráticos.
Um exemplo é a Rússia.
Hoje o país presidido pelo imperialista Putin faz uma guerra de anexação territorial e em parte é financiada por países contrários a guerra.
4/6
Hungria, Eslováquia, República Tcheca, Turquia e Bulgária ainda compram petróleo diretamente da Rússia.
O mais curioso são os EUA que compram derivados da Índia produzidos a partir de petróleo russo.
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Praticamente todos os países da UE, EUA, Japão, Coreia do Sul podem estar consumindo derivados refinados de petróleo russo, mesmo sem comprar o bruto.
Empresas de trading globais (Suíça, Países Baixos, Reino Unido) ainda atuam como intermediárias, vendendo blends...
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...que misturam petróleo russo com outros óleos.
O Brasil e mais um, passou a comprar diesel russo em volumes consideráveis, estimado em cerca de 20% de todo derivado consumido no país.
Ou seja, os interesses corporativistas ignoram valores morais, o capitalismo se impõe.
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Sobre a Selic em 15%...
O Brasil tem uma cultura de vigilância permanente do mercado que serve muitas vezes a interesses corporativistas, o Boletim Focus é parte disso.
+ 1/7
O Focus não é apenas um instrumento técnico, ele se tornou um ritual institucionalizado onde previsões de agentes de mercado, que têm interesse direto no resultado, ganham status quase oficial.
+ 2/7
Em vez de ser um termômetro neutro, ele é parte do ecossistema de influência dos grupos financeiros sobre a política econômica. Isso é típico do patrimonialismo à brasileira, onde interesses privados colonizam espaços públicos.
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Durante anos, fui apaixonado pela história do Japão feudal. Samurais, bushidō, katanas, o Xogunato Tokugawa… Tudo parecia grandioso, honrado e quase místico. Só que quase tudo isso era, em grande parte, romantização.
Talvez fique longo...
Segue o fio.
1/12🧶
O Bushidō é apresentado como um "código de honra" milenar dos samurais. Mas a verdade é que ele foi sistematizado depois do período das grandes guerras internas, já no período Edo, entre 1603 a 1868.
O Bushidō surge no papel, não na espada!
A obra Hagakure (início do século XVIII), tida como bíblia do Bushidō, foi escrita por um samurai que nunca participou de uma batalha real.
O Bushidō surgiu mais como um ideal moralizante num tempo de paz, para disciplinar quem não podia matar.
Nada como estudar e perceber as mentiras de alguém que se coloca a criticar de forma leviana algo que ela mesmo entende pouco.
O islamismo é acusado constantemente de ser uma religião beligerante que prega a violência e isso não poderia ser mais mentiroso.
Segue o fio.
1/5🧵
Abaixo a pessoa faz junção de 2 textos distintos para criar uma narrativa afirmando que o islã é uma religião violenta.
2/5🪡
Os textos tratam de um contexto de guerra, a Batalha de Badr, um conflito entre os primeiros muçulmanos e seus perseguidores em Meca.
A questão da crítica aos seguidores de Jesus é o aspecto do Deus trino/trindade, que é shirk (idolatria) no islã.
Eu explico:
3/5🪡
Você já ouviu falar em Tecnofeudalismo?
É um conceito emergente que pode ajudar a explicar como as Big Techs passaram a dominar nossas vidas, e por que isso é tão preocupante.
Vou ser objetivo, a ideia é trazer luz ao tema.
Segue o fio. 👇
1/10🧶
O que é o tecnofeudalismo?
É uma ideia que descreve uma nova forma de poder baseada no domínio tecnológico.
Nela, empresas como Google, Amazon, Meta ou X funcionam como “senhores feudais digitais”.
2/10➰
E quem somos nós?
Vassalos modernos.
Usuários que dependem dessas plataformas para acessar serviços, se informar, se expressar e até sobreviver economicamente.
3/10➰
Eu gostaria de compartilhar um relato sobre um casal de amigos que são homossexuais e com o qual eu tive a oportunidade de debater sobre as regras da Igreja Católica.
Eles estavam formalizando sua relação e surgiu a questão sobre casamento.
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Ser ateu foi um processo, estudei muito os aspectos teológicos da religiões, principalmente as abraâmicas.
Até hoje continuo estudando...
Na nossa conversa, ele reclamavam de a Igreja Católica ser anacrônica, que as regras deveriam ser revistas.
Eu discordo disso, explico:
2/11+
Essa visão deles é comum, principalmente em pessoas que nasceram em famílias cristãs, elas se sentem segregadas e alienadas dos ritos e tradições.
Contudo o cristianismo é baseado principalmente nos ensinamentos do Novo Testamento.
Vou citar alguns textos abaixo:
3/11+
Muita gente compartilhou o estudo da FGV sobre o fim da escala 6x1. Mas vale uma reflexão: o estudo parte da premissa de que tudo permanece igual, inclusive a produtividade, mesmo com jornadas mais humanas.
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Economia não é uma ciência de soma zero. É uma ciência humana, que tenta antecipar comportamentos sociais, não apenas projetar tabelas.
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Assumir uma jornada 4x3 como padrão, sem considerar cenários mais factíveis como o 5x2, parece mais uma tentativa de inviabilizar o debate do que contribuir com ele.
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