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Jul 25 9 tweets 2 min read Read on X
1⃣One week from now, Trump’s 50% tariffs on Brazil are set to take effect—marking the deepest crisis in decades in the relationship between the Western Hemisphere’s two largest nations. A few thoughts: 🧵
2⃣Past trade talks Trump and other countries offer limited guidance this time. The rationale behind the Brazil tariffs not only economic, but also political—making this a different kind of standoff altogether.
3⃣Trump’s tariffs are a textbook case of autocracy promotion: he’s punishing Brazil for prosecuting a former strongman who tried to cling to power illegally.
4⃣Trump and Bolsonaro have much in common: both attacked electoral legitimacy, lost reelection, refused to concede, and their supporters stormed government buildings to complicate the transition of power.
5⃣Trump sees Lula’s government and Brazil’s judiciary as one monolithic enemy of Bolsonaro. But Lula doesn’t control the courts—so Trump’s demands to drop charges against Bolsonaro are dead on arrival and not up for negotiation.
6⃣Regardless of what’s negotiated this week, the next flashpoint is likely just months away—when Bolsonaro is expected to be convicted and imprisoned for his role in the alleged coup attempt.
7⃣That means any temporary deal struck now could collapse quickly. All of this is toxic for investors and damaging to U.S.-Brazil trade relations.
8⃣Given how limited the dialogue between both governments is, Brazil’s best chance is pressure from U.S. companies that rely on Brazilian exports—orange juice, steel, coffee, cement—urging Trump to back down.
9⃣One thing bears repeating: even if a deal emerges, Washington's influence in Brazil will take a hit and Brazilian attempts to hedge and diversify away from the US will accelerate. China, meanwhile, just has to sit back and watch it all unfold.

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Jul 9
1⃣ Trump acaba de anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, acusando o Brasil de perseguir seu aliado Jair Bolsonaro. A medida eleva drasticamente a tarifa planejada de 10% e marca a primeira ameaça direta a Brasília desde sua volta ao poder. 👇🧵
2⃣Era uma questão de quando, não de se isso ia acontecer. O Brasil sabia que poderia passar um tempo fora do radar de Trump, mas que em algum momento viraria alvo. A divergência ideológica com Lula tornava esse ataque provável.
3⃣Mas vale lembrar: Trump já ameaçou o Brasil com tarifas sobre o aço em 2019 — quando Bolsonaro, seu aliado, era presidente. Ou seja, a questão aqui não é só afinidade ideológica, mas a disposição de Trump em usar tarifas como arma gepolítica.
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Jul 6
1⃣Tanto os entusiastas quanto os críticos do BRICS costumam exagerar o componente ideológico do grupo. Estar no BRICS não obriga os países a escolher um lado na geopolítica global. 🧵👇
2⃣A Índia, por exemplo, está hoje mais próxima dos Estados Unidos, do ponto de vista estratégico, do que de qualquer outro membro do bloco BRICS — e mesmo assim, o BRICS continua sendo útil para Nova Délhi se adaptar a um mundo multipolar.
3⃣O Brasil também integra o BRICS, mas ao mesmo tempo trabalha para implementar um acordo comercial histórico com a União Europeia, que pode transformar a relação entre o Mercosul e o bloco europeu.
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Jul 3
1⃣ El Salvador virou a “Cuba da direita”. Bukele é ídolo de parte da direita latino-americana, mas seu modelo autoritário oferece poucas lições a países como o Brasil. Prometer a adoção do “modelo Bukele” é, em geral, só discurso de campanha. 🧵
2⃣ Pesquisas de opinião sugerem que Bukele tem mais de 80% de aprovação em El Salvador e 11 milhões de seguidores no TikTok – mais do que a própria população de El Salvador. Reduziu homicídios e transformou o país, antes violento, em um dos mais seguros da região.
3⃣“Há cinco motivos pelos quais, contrariamente ao que preveem alguns analistas, o ‘modelo Bukele’ dificilmente será copiado por outras sociedades que gostariam de combater o crime organizado e reduzir a violência. A direita na América Latina não passará por uma ‘bukelização’.”
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Jun 27
1️⃣ A Suprema Corte dos EUA decidiu por 6 a 3 limitar o poder de juízes federais de suspender nacionalmente ordens executivas — uma vitória significativa para Trump. A decisão não trata da legalidade da medida sobre cidadania por nascimento, mas adia sua aplicação por 30 dias.
2️⃣ A decisão, redigida pela ministra Amy Coney Barrett, pode mudar — mesmo que temporariamente — a forma como a cidadania é concedida nos EUA. A ordem de Trump visa barrar a cidadania automática para filhos de imigrantes sem documentos nascidos em solo americano.
3️⃣Com isso, juízes federais de primeira instância perdem o poder de emitir liminares com efeito nacional. Essa prática vinha sendo usada por anos para bloquear políticas tanto de governos republicanos quanto democratas. Agora, só valerá para os autores do processo.
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May 19
1⃣O avanço da AfD na Alemanha reabre o debate sobre os limites da tolerância democrática — e evoca as trágicas consequências da hesitação diante do nazismo nos anos 30. O que fazer quando um partido com apoio crescente representa uma ameaça à ordem democrática? 🧵
2⃣A AfD ficou em 2º lugar nas eleições de fevereiro, com 20,8% dos votos. Em maio, foi classificada como “comprovadamente extremista de direita” pelo órgão de inteligência interna da Alemanha. A medida permite vigilância ampliada sobre o partido.
3⃣Segundo o relatório do BfV, a AfD promove um conceito étnico e hereditário de povo, incompatível com a Constituição alemã. Defende “remigração” em massa — o que incluiria expulsar migrantes e seus descendentes, mesmo com cidadania alemã.
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Apr 22
A possibilidade de que ex-aliados dos EUA busquem um guarda-chuva nuclear próprio, diante da crescente imprevisibilidade de Washington, deixou de ser tabu e passou a integrar o debate político em países como Alemanha, Polônia, França, Japão e Coreia do Sul. 🧵👇
Essas nações renunciaram ao desenvolvimento de armas nucleares em troca da proteção prometida por Washington, mas a credibilidade desse compromisso — base da dissuasão americana — nunca esteve tão abalada.
Na Alemanha, o debate sobre o papel do país em uma eventual dissuasão nuclear europeia ganhou força após a volta de Trump.
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