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Biólogo geneticista, jornalista. Criador do @Xibolete. Podcast https://t.co/29CiYIl5eV Nostr: npub1qd05jn0jxlzplx33xjtzstvgeus9dk9405kwqf79vu00czwyvghqf08md5
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Aug 22 4 tweets 2 min read
🚨BREAKING NEWS: artigo usado por oponentes do tratamento precoce da Covid para alegar que hidroxicloroquina matou 17 mil foi RETRATADO, ou seja, rejeitado pós-publicação pela própria revista científica.

A revista Biomedicine & Pharmacotherapy explicou que recebeu muitas cartas com críticas, que planejava publicar as cartas sem necessariamente retratar o artigo. Porém, ao submeter a questão ao Comitê de Ética de Publicação (COPE). A conclusão do comitê foi que era errado manter o artigo publicado. O editor-chefe listou como principais problemas dados não confiáveis, especialmente da Bélgica, e que o pressuposto do artigo de que os pacientes recebiam o mesmo regime de tratamento com HCQ era errado.


A imprensa brasileira quase toda mentiu para você em janeiro. Teve até ex-ministro da Saúde contando vantagem de não ter recomendado a HCQ, achando que este estudo provava que essa droga, que é segura, mataria pessoas. Quem cobriu o assunto do jeito que ele merecia fui eu, na Gazeta do Povo:

15/01/2024: É errado afirmar que prescrição precoce de hidroxicloroquina matou 17 mil no mundo
sciencedirect.com/science/articl…
gazetadopovo.com.br/ideias/e-errad…Image E eu publiquei esta outra, também:

Imprensa brasileira abraçou a tese de que a hidroxicloroquina teria matado 17 mil pessoas. Estava errada
gazetadopovo.com.br/ideias/imprens…
Aug 20 4 tweets 6 min read
Esta coluna do @pedrodoria é uma das coisas mais cínicas que já li na minha vida. E olha que eu já li o livro do Janones.

Mostrar que ele está errado não é difícil. Outro dia ele alegou que devemos obedecer ordens judiciais sem questionar, respondi com um marco do próprio STF em 1996 estabelecendo que ordem judicial ilegal deve ser desobedecida e que isso é um dever de cidadania.

Vamos lá:

"E, no cerne da história que a direita adota, está a ideia de que conservadores são calados pela elite progressista. Por políticos e juízes, professores e jornalistas, pelas redes sociais."

Isso não é uma "história". Isso é uma verdade. Em primeiro lugar, porque os progressistas confessam que querem calar a boca das pessoas. Quem implantou e deu força a uma ferramenta que, em vez de censurar, dá "contexto adicional" às fake news e desinformações foi o próprio Elon Musk. Antes disso, tudo o que o consórcio progressista academia-imprensa-burocracia pregava era REMOVER esse conteúdo. Eu mesmo vi o Instagram removendo conteúdo sobre tratamento precoce da Covid que a seção de checagem da Agência Reuters rotulou como falso (o que ela não tem cacife para fazer, não é uma organização científica).

Enquanto cinicamente alega se opor à polarização (coisa que até o polarizador Jean Wyllys alega que faz), Pedro está imerso numa bolha em que nunca aconteceram os Twitter Files EUA.

Eis um resumo do que Bari Weiss, Matt Taibbi e Michael Shellenberger reveleram:
- Twitter tinha “lista negra” secreta de conservadores para impedir visibilidade. É por isso que, quando Musk assumiu o controle da plataforma, conservadores e libertários viram seus números de seguidores saltarem. Foram removidas as restrições.


- Yoel Roth, um dos chefes de segurança do Twitter responsáveis por censurar a reportagem verdadeira do New York Post sobre o laptop de Hunter Biden, e por censurar a conta de Donald Trump, é tão progressista que sua tese de doutorado, que eu li, é uma besteirinha sobre o aplicativo de pegação gay Grindr. Eu sou gay e liberal, mas tenho formação suficiente para perceber quando estou lendo besteirol progressista travestido de pesquisa.


- A imprensa progressista ignorou toda a censura promovida nas redes sociais por seu próprio lado durante eleições de 2020 e pandemia de Covid. Só passou a se preocupar com a censura quando Elon Musk errou censurando jornalistas progressistas no começo de sua gestão (coisa que ele parou de fazer depois).


Pergunto, então, Pedro: como você conseguiu ignorar todos os fatos acima, sendo você alegadamente contra a polarização? Uma pessoa que é contra a polarização ouve os conservadores quando estão reclamando de censura nas redes sociais. Ou pelo menos liberais de verdade (não é seu caso), que também sofreram censura ao desafiar os novos padrões de expressão como "discurso de ódio" que os progressistas querem impor a todos. Eu fui punido repetidamente no Facebook por tentar fazer com a palavra "viado" o que fizeram com "gay" e "queer": normalizar. Aplicando-a em mim mesmo. Isso é correto? O progressismo é no momento a maior fonte de autoritarismo e censura no Ocidente. Isso é indiscutível desde a ascensão do woke.

Eleanor Roosevelt, uma das mães intelectuais da Declaração Universal dos Direitos Humanos, falou na ONU contra criminalizar o "discurso de ódio". Os soviéticos falaram a favor. O progressismo atual ficou com os soviéticos, não com Roosevelt. E ainda reclamam de serem xingados de comunistas.

Continua o Pedro:

“Se um dono de rede social apoiasse ostensivamente a esquerda como Musk faz com autoritários de direita, os reacionários teriam uma síncope.”

Se? Você passou os últimos dez anos congelado num iceberg. O apoio de todas as big tech ao progressismo identitário é inegável. O fiasco da IA do Google, Gemini, ao produzir um George Washington negro não foi uma anomalia, foi só falta de discrição para uma agenda observável há anos. Eu mesmo legendei o vídeo de uma reunião geral dentro do Google em que os fundadores da empresa tratavam a eleição de Trump como o apocalipse. Você acha que funcionários conservadores do Google se sentem bem-vindos neste ambiente? Por favor...

“Os dois inquéritos abertos de ofício dentro do Supremo Tribunal Federal, comandados por Moraes, foram necessários e são legais.”

Só foram necessários para pessoas como você: pseudoponderadas, mas escravas de talking points da esquerda brasileira, a começar pela farsa de que houve uma tentativa séria de golpe de Estado em 2022. A Gazeta do Povo conversou com esposas de generais (coisa que você não faz, pois só conversa com gente da sua bolha) e descobriu que 90% da cúpula das Forças Armadas eram contra qualquer intervenção. Bolsonaro cogitou algum tipo de ruptura, o que na cabeça dele e seus seguidores seria retaliação por Lula ter sido solto por uma tecnicalidade de última hora, não por insuficiência de provas. Isso deveria ser desabonador para o eleitorado dele próprio, mas, infelizmente, conta pouco neste clima de polarização. Eu posso comentar isso porque não sou um falso opositor da polarização, como você, cujos textos e falas podem ser encontrados em qualquer diretório do PSOL.

Os inquéritos secretos não são dois, aliás, são nove. Você saberia disso se lesse o @marsiglia_andre, o primeiro a advogar contra os abusos de Moraes no inquérito ilegal das fake news. E é ilegal porque, como diz o Marsiglia em seu livro, sua abertura foi baseada numa interpretação "rocambolesca" do artigo 43 do Regimento Interno do STF (que é inferior à Constituição!).

É essa ilegalidade que você aprova. Você piora a polarização que alega condenar com sua desonestidade intelectual e cinismo. Sua análise é um telescópio em que você olha na ponta errada, e a outra ponta é o seu umbigo progressista.gazetadopovo.com.br/mundo/twitter-…
gazetadopovo.com.br/ideias/quem-e-…
gazetadopovo.com.br/ideias/liberda…Image Mais um motivo pelo qual os inquéritos e as ações de Moraes são ilegais: o Marco Civil da Internet não prevê banimento de contas inteiras. Mas o consórcio da censura está atacando esta lei de apenas 10 anos, capitaneada pela própria esquerda na época porque as redes sociais estavam ajudando a esquerda a vencer eleições. É um bom marco legal que está sob ataque de Moraes e foi contradito diretamente pela monstruosidade de resolução que ele implantou no TSE quando ficou claro que o PL da Censura não passaria.

Porque as redes sociais viraram vilãs? Porque o progressismo começou a perder eleições. Só isso mesmo. As demais desculpas pseudoacadêmicas de "combate à desinformação" e ao "discurso de ódio" são completamente cínicas. Um país não pode ficar refém de uma ideologia popular entre as elites, sendo a lei alterada ao sabor dos ventos de suas preferências.

Qual foi o crime do Luciano Hang para estar banido há dois anos de todas as redes sociais? Nenhum. Qual foi o crime do Monark para estar exilado? Nenhum, além do que o progressismo considera crime de opinião em sua cartilha. Ocorre que essa cartilha não é, ainda, a nossa Constituição.
May 7 94 tweets 11 min read
Começou a audiência sobre o Brasil no @Weaponization, o Subcomitê sobre a Instrumentalização do Governo Federal (americano), a audiência que Bolsonaro apontou como esperança. Acompanhem alguns pontos que chamarem a minha atenção neste fio.

Ao vivo: @Weaponization A deputada Wild (democrata) pergunta "onde estava o comitê quando Bolsonaro tentou um golpe militar em 2022? Durante o ataque de 8 de janeiro?"
May 5 39 tweets 7 min read
Bolsonaro finalmente apareceu no Spaces do @MarioNawfal. "Passei quatro anos aqui no Brasil acusado de buscar a censura, o que não aconteceu."

"Durante a campanha eleitoral, quase todas as páginas derrubadas ou desmonetizavam me apoiavam." @MarioNawfal "A censura quer destruir a direita no Brasil."
Apr 27 4 tweets 6 min read
Este artigo do Pablo Ortellado pode parecer à primeira vista um mea culpa de um arrependido por ter dito que ivermectina era "comprovadamente ineficaz" contra Covid (ou, se não disse, demorou a resistir à besteira). Mas não é tanto isso. Ainda tem muita teimosia de quem errou e tenta se justificar apelando para o antibolsonarismo psicótico do público presumido.

Ele está comentando um artigo do Olavo Amaral no Nexo, que eu elogiei aqui, dando boas-vindas ao Olavo para o clube contra as falsas certezas. Puxando um pouco a sardinha, bastava o Pablo ter lido minhas reportagens na Gazeta do Povo desde 2021. Se eu não sirvo, havia também o Daniel Tausk do IME-USP lá no Facebook este tempo todo, fazendo análises de cabeça fria, técnicas, corretas. Ignoraram por quê? Porque ele não podia ser comparado facilmente a personagens cientistas de um filme da Netflix?

Pablo começa assegurando o leitor que ele levanta o mindinho ao pegar a xícara do café. Não é como esses brutos que votam em Bolsonaro, essa ralé, essa súcia! Não vejam nisso sinalização de membresia na beautiful people. É só questão de defesa da democracia, da ciência, de tudo o que há de civilizado: de usar talheres para partir o seu bife Angus escocês.

Mas não quero ser muito implicante com o Pablo. Ele diz, já no primeiro parágrafo, que a oposição ao Bolsonaro "tomou a forma de uma negação automática". Eu só gostaria que ele me explicasse por que, então, o termo "negacionista" (seja lá o que isso for) só se aplica ao outro lado (mas notei suas aspas cautelosas, se é só menção tudo bem).

O articulista diz que "não havia nenhum estudo sólido provando sua ineficácia". Não havia, não há, nem haverá, porque o trabalho da ciência empírica não é provar coisa nenhuma, mas acumular evidências ("indícios" talvez seja termo melhor) que pendam a favor desta ou daquela hipótese. Além de ter evidências majoritariamente a seu favor, a melhor hipótese também deve fazer um bom trabalho de explicar o fenômeno. Pode procurar um só artigo científico em áreas empíricas como medicina que afirme "estamos provando X terminantemente". Não existe. Por isso, na dúvida, que é codificada pela estatística com rigor, não saímos usando a palavra "prova" por aí irresponsavelmente.

Pablo diz que o Bolsonaro começou tudo (é sempre culpa do coleguinha que bateu primeiro), que "não dispunha de evidências científicas para recomendar ivermectina (ou cloroquina)". Aí vou ter que protestar: essa afirmação é falsa. O que Pablo provavelmente quer dizer é que ele não dispunha de evidências suficientes. Mas é ingênua essa imagem da ciência em que hipóteses falsas nunca têm evidência nenhuma a favor delas. O caso geral é justamente o oposto, geralmente as hipóteses falsas têm evidências a favor, e é por isso que estão sendo discutidas e propostas. O estudo do Didier Raoult (HCQ) tinha muitos problemas, mas o que ele apresentou era evidência científica. "Científico" não é sinônimo de "verdadeiro". Pensar o contrário é um preconceito bajulador da ciência chamado cientificismo. Existe evidência insuficiente, evidência fraca, evidência ruim, e ciência ruim também.

O resto do texto do Ortellado está muito bom, me dá até um pouco de remorso por provocar. Quero deixar claro que acima de tudo eu o recebo com gratidão por finalmente isso aparecer nas páginas d'O Globo. Lembrando que eu tenho tido essa postura na Gazeta do Povo, que alguns tratam como a ralé do jornalismo (basta abrir e ler pra ver que é falso, como eu mesmo fiz antes de me aproximar do jornal), já há mais de três anos.

Mas não posso passar a oportunidade de lembrar que, se alguém perdeu a cabeça e se irracionalizou como reação a Bolsonaro, a culpa não pode ser do Bolsonaro, já que a cabeça não é dele. Cada um de nós tem responsabilidade pela nossa própria cabeça. Fazer birra infantil que tudo o que Bolsonaro falava tinha que ser falso (ou Lula, agora) foi patético, foi ridículo, tanto quanto uma parcela dos bolsonaristas que me enche o saco diariamente aqui porque eu não vou na onda de afirmar que a vacina da Pfizer causou uma onda de mortes súbitas sem evidências suficientes disso.

Meu sonho é que as pessoas sem interesse real por um assunto o largassem para que os interessados debatam entre si. O que aconteceu foi que o que parecia debate sobre eficácia ou ineficácia da ivermectina, ou hidroxicloroquina, era na verdade uma disputa a respeito de Bolsonaro ser ou não um bom presidente. Ora, isso é o que posso chamar de falsidade ideológica de debate: parece ser um assunto, mas é outro. E essa falsidade ideológica chegou até às páginas de revistas de medicina, lamentavelmente, como mostrei aqui:

Revistas médicas adotam viés político e prejudicam a própria reputação científica


Leiam também esssas matérias minhas:

“Racismo estrutural”, “teoria queer”: Infiltração ideológica põe em risco pesquisa científica


Revistas científicas afrouxam padrões e abraçam modas intelectuais de esquerda


E eu vou fundo na discussão da ciência, tenho também esta matéria crítica à revisão por pares, só implementada no pós-guerra, mas tida por muitos como obrigatória na publicação científica:

Censura, fraude e competição: processo de aprovação em revistas científicas atrapalha a ciência


Existe vida inteligente fora da imprensa progressista mainstream. E está entre os cinco maiores jornais do país. Basta ter uma dieta informacional variada para não cair nas principais armadilhas da mente politizada em excesso.

Link para o artigo de Ortellado, que é bom, apesar das minhas provocações: gazetadopovo.com.br/ideias/revista…
gazetadopovo.com.br/ideias/racismo…
gazetadopovo.com.br/ideias/revista…
gazetadopovo.com.br/ideias/censura…
oglobo.globo.com/opiniao/pablo-…Image Só como amostra, acabo de bloquear mais um progressista que me chamou de "ivermectiner que se diz biólogo" (a pior parte do insulto, pra mim, é o anglicismo brega). O Ortellado e O Globo têm um longo caminho pela frente para desfazer a desinformação que seu lado fez na pandemia.
Apr 20 7 tweets 2 min read
O relatório da Polícia Federal contra Twitter Files Brasil mandado para Alexandre de Moraes tem certas coisas interessantes. Por exemplo, a conta do @Rconstantino está banida no Brasil, mas a PF printou. Então a PF se dá o privilégio de acessar o que Moraes baniu via VPN. Image @Rconstantino Uma coisa central na retórica da PF é o abuso da palavra "ataque" para descrever críticas e comentários irritados COMPLETAMENTE DENTRO DA LEI. Alguém anda assistindo Globo News. Como eu disse antes, vocabulário infantil e imaturo de autoritários que não sabem lidar com crítica.
Apr 17 15 tweets 5 min read
🚨BREAKING NEWS: comitê do Congresso americano confirma que o "governo brasileiro" forçou o X (Twitter) a censurar. Há um apêndice com 86 documentos, parecem ser as ordens judiciais que Elon Musk prometeu tornar públicas. O comitê diz que mostrou, no caso americano, que "a censura do governo que começa com o propósito declarado de combater alegada 'desinformação' inevitavelmente se transmuta para o silenciamento de oponentes políticos e opiniões desfavorecidas por aqueles que estão no poder."
Apr 12 5 tweets 2 min read
O Felipe Neto acabou de dizer que Noam Chomsky (grande defensor da liberdade de expressão dentro da esquerda) é um "grande filósofo", mas que os argumentos dele só servem para livros, não para tweets.

Basicamente, o argumento dele é o mesmo da Cármen Lúcia, estamos em situações de exceção. Agora falta saber quem é que está criando a exceção e por quê. A Fabíola Cidral (UOL) perguntou qual é o limite da expressão, então. Felipe Neto alega que "nós temos que ter, para o ambiente digital, o mesmo grau de complexidade em relação à liberdade que nós temos no mundo físico".

Será que ele vai pedir para o Condomínio do Allan dos Santos expulsá-lo também? Talvez marcar uma conversa com o síndico, nos bastidores?
Apr 9 8 tweets 3 min read
A forma como o jornal O Globo me descreveu é falsa. Basta procurar as várias críticas, às vezes ferinas, que já fiz ao Bolsonaro e movimento que ele lidera. Ocorre que eu exijo provas antes de aceitar um narrativa histérica de tentativa de golpe de Estado, especialmente vindo de uma tribo política perdida na loucura do identitarismo e que agora empreende uma campanha global de censura.Image Uma prova de que a minha real preocupação é a liberdade de expressão é que sou signatário da Declaração de Westminster pela liberdade de expressão, junto com Julian Assange, Steven Pinker, Michael Shellenberger, Glenn Greenwald, Edward Snowden e outros.
westminsterdeclaration.org/portugues
Feb 8 18 tweets 4 min read
Na entrevista a Tucker Carlson, Vladimir Putin voltou mil e duzentos anos na história tentando justificar por que ele pode invadir um país. Te cuida, Portugal. Por esse critério a Espanha pode desenvolver ideias estranhas. “A Rússia, na época conhecida como URSS...”

Eita que o homem vai querer invadir todos os países do antigo bloco soviético.
Jan 25 4 tweets 3 min read
Em maio de 2022, escrevi uma matéria com o seguinte título: “Número de LGBTs está explodindo entre mais jovens. Menos ‘armário’ ou contágio social?” Apresentei indícios de que a segunda explicação é plausível.

Na época, pouco mais de 1 em 5 jovens da geração Z alegavam que eram LGBT nos EUA.


No mês seguinte, saiu um estudo corroborando o que eu sugeri.


Agora, na mesmíssima faixa etária, a NBC News noticiou que já são um terço dos jovens que se identificam como LGBT.

Um artigo de 2016 de especialistas em sexologia, que resultou de quando o ditador de Uganda pediu a Barack Obama que os cientistas americanos mostrassem que a homossexualidade é inata, afirmou que o número de LGBT na população é 5%, e que isso era uma estimativa generosa (ou seja, achavam que a proporção natural das minorias sexuais é até menor que isso).

Que eu saiba, sou a única pessoa na imprensa tradicional brasileira que ousou chamar o fenômeno de "contágio social", termo neutro que já foi aplicado antes em casos de espalhamento por aprendizado social de bulimia, anorexia e corte de pulsos. O sexo feminino é sempre o principal participante dos contágios sociais. O que eu concluo disso não é que eu seja o fodão (embora eu seja mesmo), mas que está atuando no caso uma forte autocensura na imprensa a respeito de qualquer pauta que desagrade o movimento identitário LGBT. A mesma autocensura, e, claro, afinidade ideológica também, explicam por que a maior parte da imprensa finge que não vê a checagem que eu fiz com colegas em 2019, em que derrubamos a estatística falsa anual de mortos por homofobia do GGB. Esta semana mesmo o Correio Braziliense e o UOL voltaram a dar palco para a falsidade. É aproximadamente o mesmo grupo que passa o dia alegando que fake news estão destruindo a democracia e que a única solução é mais lei para calar a boca dos outros. Estão há décadas repetindo lorota de ativista.gazetadopovo.com.br/ideias/numero-…
gazetadopovo.com.br/ideias/nova-an…
nbcnews.com/nbc-out/out-ne…
journals.sagepub.com/doi/epub/10.11… Vários ministros do STF usaram a estatística que eu mostrei que era falsa em seus votos no julgamento em que usurparam o papel do Congresso e criminalizaram a homofobia.
gazetadopovo.com.br/ideias/favorav…
Dec 18, 2023 5 tweets 2 min read
Reforma tributária: “O próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, calcula que, somadas, as alíquotas de referência dos dois tributos devem chegar a 27,5%, o que colocaria o IVA [imposto sobre valor agregado] brasileiro como o mais alto do mundo, superando o da Hungria, de 27%, e pelo menos 70% acima da média mundial e da alíquota mais adotada internacionalmente.

Nas projeções de analistas independentes, no entanto, o imposto pode ser ainda maior. O economista-chefe da Warren Rena e ex-secretário da Fazenda de São Paulo, Felipe Salto, por exemplo, calcula que o patamar pode chegar a 33,5%. O porcentual que será cobrado em cada um dos tributos ainda será definido por meio de lei complementar que regulamentará a CBS [Contribuição sobre Bens e Serviços, federal] e o IBS [Imposto sobre Bens e Serviços, estadual e municipal].”

gazetadopovo.com.br/economia/refor… É isso aí: comprou três laranjas? Uma é do Estado responsável por 1/3 da desigualdade do país e que agora está cassando seus direitos individuais.
Nov 12, 2023 5 tweets 2 min read
Meu colega @arruda_castro conseguiu acesso exclusivo a um programa de doutrinação dos funcionários do TSE nos dogmas do identitarismo. Inclui o Caio Revela. Imperdível:

Obeso de regata com a barriguinha de fora: como é o treinamento woke secreto do TSE
gazetadopovo.com.br/ideias/obeso-d… Caio tem a parte frontal do cabelo cor-de-rosa. Veste uma camiseta sem manga que termina cedo demais, acima do umbigo, e short colado também rosa. Ele se queixa do preconceito. "Por que uma pessoa gorda não pode ser estilosa?", indaga.

Como cantou Renato Russo: cedo demais.
Oct 28, 2023 9 tweets 5 min read
O apoio ao terrorismo do Hamas é doutrina acadêmica nas universidades: é a dita “descolonização” ou “estudos decoloniais” (sic).

Simon Montefiore faz uma crítica na Atlantic:

“A narrativa da descolonização desumanizou os israelenses a ponto de pessoas normalmente racionais desculparem, negarem ou apoiarem a barbárie. Ela sustenta que Israel é uma força ‘imperialista-colonialista’, que os israelenses são ‘colonos-colonialistas’ e que os palestinos têm o direito de eliminar seus opressores. (Em 7 de outubro, todos nós aprendemos o que isso significava.) Ela rotula os israelenses como ‘brancos’ ou ‘adjacentes a brancos’ e os palestinos como ‘pessoas de cor’.

Essa ideologia, poderosa na academia mas há muito tempo necessitada de um desafio sério, é uma mistura tóxica e historicamente sem sentido de teoria marxista, propaganda soviética e antissemitismo tradicional da Idade Média e do século XIX. Mas seu motor atual é a nova análise de identidade, que vê a história através de um conceito de raça que deriva da experiência americana. O argumento é que é quase impossível para os ‘oprimidos’ serem eles mesmos racistas, assim como é impossível para um ‘opressor’ ser objeto de racismo. Os judeus, portanto, não podem sofrer racismo, porque são considerados ‘brancos’ e ‘privilegiados’; embora não possam ser vítimas, podem e exploram outras pessoas, menos privilegiadas, no Ocidente através dos pecados do ‘capitalismo explorador’ e no Oriente Médio através do ‘colonialismo’.

Essa análise de esquerda, com sua hierarquia de identidades oprimidas — e jargão intimidador, uma pista para sua falta de rigor factual — substituiu em muitas partes da academia e da mídia os valores universalistas tradicionais de esquerda, incluindo padrões internacionalistas de decência e respeito pela vida humana e pela segurança de civis inocentes. Quando essa análise desajeitada colide com as realidades do Oriente Médio, ela perde todo contato com os fatos históricos.”

“Ao contrário da narrativa de descolonização, Gaza não é tecnicamente ocupada por Israel — não no sentido usual de soldados no terreno. Israel evacuou a Faixa em 2005, removendo seus assentamentos. Em 2007, o Hamas assumiu o poder, matando seus rivais do Fatah em uma curta guerra civil. O Hamas estabeleceu um estado de partido único que esmaga a oposição palestina dentro de seu território, proíbe relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo, reprime as mulheres e abertamente defende o assassinato de todos os judeus.

Uma companhia muito estranha para os esquerdistas.”
May 26, 2023 6 tweets 2 min read
Perseguição política disfarçada de defesa da "segurança" de pacientes. Vou sentar e esperar mostrarem, por exemplo, que suplementação com vitamina D foi uma má ideia.

Justiça multa em R$ 55 milhões defensores do tratamento precoce contra Covid-19 gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadan… Suplementação com vitamina D reduz em um terço mortalidade por Covid-19, conclui estudo com mais de meio milhão de pessoas
gazetadopovo.com.br/ideias/supleme…
May 15, 2023 5 tweets 1 min read
Valentão de escola: pegava o seu braço, batia na sua cara e perguntava por que você estava se batendo.

Valentão do identitarismo: pega a Cleópatra, ignora a história e a genética para fazê-la negra e, se você reclamar, pergunta por que você é tão racista.

Diga não ao bullying. Valentão do identitarismo LGBTQUIABO+: pergunta se você tem algo contra minorias sexuais, você diz que não, que cada um faz o que quiser se for adulto. Aí ele pergunta se você ficaria com alguém com uma genitália da qual você não gosta, você diz não, e ele te acusa de ser fóbico.
Apr 18, 2023 4 tweets 2 min read
Quem se importa com o que o "feminismo radical" tem a dizer sobre biologia? Essa seita identitária ataca a biologia há tempos. Uma das maiores fraudes dos nossos tempos é que feministas radicais estão do lado da biologia e os "queer" estão contra. AMBOS estão contra. E eu expliquei isso junto com a Ágata até em podcast. Acho que foi neste episódio:

Uma vez vi uma radfem sendo promovida por filósofos chiques de Oxford por dizer que sexo não é espectro. Até aí tudo bem. Mas o que ela defendia? Que ser homem ou mulher é… twitter.com/i/web/status/1…
Feb 11, 2023 6 tweets 1 min read
Meu comentário de hoje sobre os mortos no terremoto não deve ser confundido com defesa do niilismo. A noção de que a vida não tem sentido pra mim é uma adolescência intelectual para fora da qual muitos não amadurecem, por falta de filosofar ou trágica falta de tempo/oportunidade. Isso não significa que tenho resposta completa. Mas muitas propostas oferecidas são muito tolas. Por exemplo, que somos insignificantes por sermos pequenos. Isso é o movimento antigordofobia em escala cósmica: quanto maior, mais importante. Parece infantil e pouco digerido.
Jan 29, 2023 7 tweets 3 min read
G1 diz que 100 crianças disfóricas de 4 a 12 anos podem ter suas puberdades bloqueadas em ambulatório trans da USP.

As drogas usadas para isso NÃO têm testes de rigor mínimo para essa aplicação. Chovem relatos de osteoporose e outras complicações.
g1.globo.com/sp/sao-paulo/n… Como eu contei na minha última matéria a respeito, os ativistas inflam até mesmo a estatística de suicídio de trans para tentar pressionar por esse tratamento arriscado, cuja principal droga, Lupron, já foi usada para castração química.
gazetadopovo.com.br/ideias/ativist…
Jan 27, 2023 4 tweets 1 min read
Muita ironia a pessoa tentar me cancelar duas vezes por um tweet correto meu de abril de 2020, enquanto escreve na coluna dela que o vândalo que destruiu o relógio do D. João VI era um "infiltrado" e chamar de burro quem duvida. Podia se olhar no espelho. Surtou completamente. E a horda de malucos que vieram me encher o saco desde ontem por causa dela ilustra muito bem qual é o público que ela serve hoje.
Jan 27, 2023 6 tweets 2 min read
Crítica válida ao Musk. Inconsistência. Contas continuam sendo banidas por besteira, um YouTuber que usa o nome "The Quartering" diz ter sido suspenso por compartilhar conteúdo embaraçoso para Eliza Bleu, que Musk abraçou como paladina antipedofilia, mas tem histórico esquisito. Eliza se diz vítima de tráfico de pessoas, mas não compartilha certas informações. Quando a jornalista Katy Herzog fez perguntas sobre alguns detalhes, ela imediatamente partiu para tentativa de cancelamento e se disse ofendida. Continuando a não explicar os detalhes que faltam.