ROUBO DOS APOSENTADOS - De quem é a responsabilidade, afinal?

Entenda no fio abaixo.👇🧶🧵 Governo Lula tem dificuldade para conter desgaste com roubo de aposentados no INSS, porque as vítimas diretas, dessa vez, são indivíduos de carne e osso, de um segmento vulnerável da população.

Quando foi a Petrobras, era mais fácil criar narrativas para eximir o governo e o partido de envolvimento na roubalheira, atacando investigadores e juízes, com a cumplicidade da imprensa amiga.

Foi mais fácil, também, porque a família Bolsonaro ficou acuada com as investigações de peculato em seus gabinetes e se alinhou a Dias Toffoli e Gilmar Mendes contra a Lava Jato, como Crusoé mostrou desde a raiz.👇🧶🧵

FRAUDES NO INSS - Como políticos afrouxaram regras e facilitaram a manutenção de descontos irregulares em salários de aposentados, cedendo ao lobby de associações agora investigadas.

Um fio ilustrado com vídeos, fotos e prints.

Acompanhe abaixo.👇 🧶 🧵 Em 2019, Jair Bolsonaro, inicialmente, editou a Medida Provisória 871 com a seguinte regra: “a autorização do desconto deverá ser revalidada anualmente”.

Ela foi publicada no Diário Oficial em 18/1, em razão da judicialização de casos de descontos indevidos em 2017 e 2018.

O CICLO DA SABOTAGEM

Binária e beligerante, a mente bolsonarista é inapta para lidar com uma situação real complexa como a pandemia e administrar o combate a ela, porque só concebe antíteses simplistas como amor e ódio, liberdade e ditadura, direita e esquerda, amigo e inimigo. Conceber um conjunto de iniciativas articuladas e moduladas de acordo com uma variedade de elementos transitórios da realidade é um esforço permanente, cuja necessidade a mente bolsonarista rechaça, em prol de uma antítese simplista qualquer.

Autocrítica seria admitir:

- Peculato (“rachadinha”) com funcionários fantasmas
- Lavagem de dinheiro sujo em transações imobiliárias e loja de chocolate
- Desmonte do combate à corrupção
- Frente ampla pela impunidade
- Patrimonialismo
- “Toma lá, dá cá” com Centrão
(Continua) - Estelionatos eleitorais
- Incompetência administrativa
- Uso de militantes de gabinete, robôs e contas fakes para manipular o debate público
- Linchamentos virtuais com campanhas difamatórias contra jornalistas, ex-ministros e ex-aliados
(Continua)

Facebook derruba rede com 88 contas, páginas e grupos ligados a funcionários dos gabinetes de Jair Bolsonaro e aliados, diz O Globo. Entre eles: Flávio e Eduardo Bolsonaro e deputados estaduais Alana Passos e Anderson Moraes (PSL-RJ). Militância de gabinete, como batizei em 2019. Para o Facebook, diz O Globo, "o conjunto removido" (88 contas, páginas e grupos ligados a funcionários dos gabinetes de Jair Bolsonaro e aliados) "agia para enganar sistematicamente o público, sem informar a verdadeira identidade dos administradores, desde as eleições de 2018".

Secom usa página oficial do órgão de Estado para acusar jornalistas da própria “incapacidade” dela. Pega 1 manchete tecnicamente errada de 1 portal para fingir que todas as críticas ao mau uso de dinheiro público com mídia programática estão erradas. É estratégia de manipulação. Secom tenta se eximir de responsabilidade por anúncios em sites aliados e/ou inadequados alegando aleatoriedade do sistema. 1) Aleatoriedade já é razão de crítica pela escolha desse mecanismo; 2) Google admitiu que anunciantes têm opções de bloqueio; 3) Sites aliados também têm.

Bolsonaro já se referiu à PF como “minha PF”. Ao falar “Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui” refere-se à troca que tentou fazer na Superintendência do Rio. Foi público. Contexto e campo semântico do restante impõem este sentido. “Isso acabou. Eu não vou esperar f. minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura.” "Sacanagem” e “f.” não se referem a atentados mas a investigações indesejáveis de filhos e amigo Queiroz.

O bolsonarismo, como o petismo, aposta na burrice alheia.

Aposta que promover um superintendente da PF a um cargo que não lhe dá controle sobre seu substituto acoberta a tentativa de instrumentalizar politicamente a corporação no estado e de obter “relatórios de inteligência”. Superintendente da PF do Rio foi convidado a ser número 2 de Rolando Souza, ou seja, ‘caiu para cima’ para ficar abaixo do poste de Alexandre Ramagem, subordinado a ele, enquanto bolsonarismo aparelha PF estadual.

Tudo por uma narrativa redentora para atos de motivação espúria.

Moro diz que “se posicionou pelo veto ao juiz de garantias” no pacote anticrime, mas Bolsonaro manteve proposta de Freixo, que afasta do julgamento juízes que analisam pedidos e atos referentes à investigação criminal, como Bretas, Fachin e o do caso Queiroz. Jair cruzou a linha. “Sempre serei fiel a esses ideais e a vocês”, disse Sergio Moro ao ser eleito uma das 50 personalidades do ano pelo Financial Times, referindo-se ao combate à corrupção. Jair Bolsonaro, ao sancionar “juiz de garantias”, criando, na prática, uma quinta instância, traiu esse ideal.

Moro na Justiça: combate facções armadas, mas toma bola de STF e Congresso nas costas em corrupção.

Moro no STF: poderia combater impunidade geral e impedir retrocessos.

Moro vice: emprestaria popularidade na urna a Bolsonaro, sem garantir poder de combater facções e corruptos. Bolsonaro cogita indicar AGU André Mendonça ou ministro Jorge Oliveira para vaga de Celso de Mello no STF, enquanto daria a Sergio Moro prêmio de consolação como vice em 2022. Ou seja: cogita se aproveitar eleitoralmente de Moro e agradar a Dias Toffoli oferecendo-lhe seus pares.

Thomas Queiroz, codinome Thomas Viciouss, fotógrafo em Brusque-SC, é o gestor oculto de páginas bolsonaristas que sabe “como blindar o Flávio”, “se Toffoli perder a liminar”. Para ele, “é importante que travem a lava-jato neste momento” e Moro “é um progressista louco por poder”.

https://twitter.com/moura_101/status/1195135887895650308

Como diz Thomas Queiroz, gestor antes oculto de páginas bolsonaristas compartilhadas pela família do presidente, o AGU André Mendonça é da “trupe Gilmar, Toffoli e Moraes”, “trupe que está contra o super poder da lava-jato”. “Se for bater no STF, é bom evitar esses nomes”, ok?

"O Supremo não legisla." (Marco Aurélio Mello) MAM: "Não tem natureza de prova a delação. Se tivesse, poderia isoladamente embasar a condenação criminal, situação inadmitida no § 16 do artigo 4º da Lei 12.850/2013: 'Nenhuma sentença condenatória será proferida com fundamento apenas nas declarações de agente colaborador.'"

De Jair Bolsonaro a Felipe Moura Brasil:

1 - “Parabéns ao seu blog, você faz matérias maravilhosas ali. (Palmas.) Ele merece, tá ok?” (31/07/2016, Copacabana, para a Veja) 2 - “Obrigado pelo convite. Eu espero ser útil para com essa gama de fãs que você tem - entre eles: eu.” (08/02/2018, SP, para O Antagonista)

Deputado federal próximo de Jair Bolsonaro, Hélio Lopes, apelidado de ‘Hélio Negão’, afirmou: “CPI da Lava Toga não é o que define a luta contra corrupção, se a mídia e a esquerda apoiam, eu não apoio. O jogo é sujo. Cavalo de Troia.” Detalhe: Nenhum dos 6 senadores do PT apoia. Bolsonaro avisou, no final de agosto, que uma bomba estava “para estourar” em “uma pessoa importante que está do meu lado”. Veja noticiou que Bolsonaro quer demitir diretor-geral da PF por causa de inquérito sobre ‘Hélio Negão’. Por essas e outras, cobra-se clareza do presidente.

Eis o trecho da matéria do Globo a que Carlos reagiu. Chamou declaração de mentira. Mas nada foi dito de Bebianno ter falado com Bolsonaro sobre denúncias do PSL. Tema era outro. E já veio à tona que conversaram também sobre audiência com Globo. Faz-se muita confusão na internet. Se razão é "que houve quebra de confiança com o vazamento de dois áudios dele" (Bolsonaro), "o que tornou a situação do ministro insustentável", pode-se concluir que Carlos postar áudio do pai acusando Bebianno de mentir está ok, mas vazar o resto da conversa para desmentir, não?