A última linha dos defensores da cloroquina - já admitindo que ela de fato não funciona - é dizer que ela também não matou ninguém. Então o kit covid do governo foi, na pior das hipóteses, inócuo.

Na realidade, a cloroquina matou gente sim, de pelos menos 4 maneiras. 1) Recursos gastos na cloroquina - insumos trazidos de outros países, pílulas vindas do EUA, Exército fazendo remédio, distribuição pelo país, aplicativo Tratecov - poderia ter ido para coisas úteis: testes, máscaras, campanha educativa, leitos, oxigênio.

O picareta Jones Manoel, em meio a insultos gratuitos pra lacrar entre seus fãs, ressuscitou um texto meu sobre a venda de órgãos.

O tema é polêmico - minha opinião mudou de várias maneiras - e não é nem de longe simples como os indignadinhos de plantão sonham. Segue o fio! 1/n A ideia básica de um mercado de órgãos (não-vitais) é que, podendo vender, a oferta de órgãos seria muito maior, e isso reduziria drasticamente a fila dos transplantes, evitando muitas mortes. Além disso, a pessoa que vendeu o órgão sai com um bom dinheiro em mãos. 2/n