O Censo do IBGE é ferramenta básica para a formulação de políticas públicas da União, Estados e municípios. É fundamental para pesquisas e propostas das universidades, de empresas privadas, da imprensa, da sociedade civil como um todo. É vital para o presente e o futuro do país. Como o projeto de Bolsonaro é destruir as políticas públicas e as instituições, matar o Censo e o IBGE faz todo o sentido. Sem estatísticas oficiais, instala-se a selvageria. Bolsonaro foi explícito num jantar na embaixada em Washington, em 17 de março de 2019. O genocida disse:

General da ativa e chefe do estado-maior das Forças Armadas dos EUA, Mark Milley pediu desculpas por ter caminhado ao lado do presidente Trump na praça Lafayette em 1º de junho, dia da maior repressão a manifestantes em Washington. “Eu não deveria ter estado lá. Minha presença naquele momento e naquele ambiente criou a percepção de envolvimento dos militares em política doméstica. Como oficial da ativa, foi um erro com o qual aprendi, e sinceramente espero que nós possamos aprender com ele”, disse Milley.

As pessoas no Brasil estão morrendo sem necessidade por ação e omissão de um presidente genocida, que comete em série crimes comuns e de responsabilidade. Já perdeu o sentido o argumento de que tirar Bolsonaro vai viabilizar um governo Mourão. Paciência. As pessoas estão morrendo devido a um presidente que dinamita todas as normas de saúde pública para enfrentar uma pandemia mundial. Assassino doméstico, Bolsonaro é um pária global. Tem de sofrer impeachment ou ser afastado por denúncia do procurador-geral da República.

Hospitais em Nova York estão perto da lotação máxima, com carência de equipamentos. E ainda faltariam duas semanas para pico de casos de covid-19 no Estado. Debate nos EUA não é entre economia e saúde pública. Isso folgou. São necessárias liderança e planos de ação para cada tema Nos EUA, Trump recuou e disse que vai ouvir cientistas antes de afrouxar isolamento social e "reabrir economia". Simultaneamente, Congresso aprova pacote inédito de 11 trilhões de reais para socorrer economia. 3,3 milhões de americanos pediram seguro-desemprego recentemente.

Enquanto metade do país recebe ordem para ficar em casa, obedecendo à recomendação de isolamento social, o Congresso dos EUA aprova pacote de 2 trilhões de dólares que prevê pagamento de salário a trabalhadores por anos. Dá p cuidar da saúde pública e da economia ao mesmo tempo. No Brasil, é o que deveria estar sendo feito. O Congresso e o STF perderam a chance de enquadrar Bolsonaro, que hoje ameaça a democracia. Como não divulga teste, ele é suspeito de, infectado, ter adotado rotina normal, transmitindo vírus. É crime. É caso para impeachment.

Como já começou a cantilena, vamulá! Bolsonaro não ultrapassou nenhum limite ao convocar pessoas para uma manifestação golpista. Ele se dedica a destruir a democracia brasileira desde antes da campanha eleitoral de 2018. O golpismo é a sua razão de viver. Em março passado, em Washington, Bolsonaro disse que, primeiro, era preciso destruir para depois construir algo. O Congresso vem fingindo que não vê a evidente ameaça à democracia brasileira. Faz cara feia, mas afina.

Nos EUA, militares resistem aos ímpetos autoritários de Trump. No Brasil, são cúmplices de Bolsonaro. O “foda-se” do general Heleno para o Congresso revela o mito do profissionalismo das Forças Armadas. Trata-se de uma farsa. A resistência à Comissão da Verdade foi prova disso. O apego dos nossos militares à Constituição é uma baita mentira. Nunca se arrependeram do golpe de 64 e dos crimes de Estado que cometeram. Não respeitam a democracia. Acham que podem tutelar a República. Convivem mal com a democracia. São autoritários.

Tá um baita frio aqui em Des Moines. Resultados das prévias desastradas de Iowa vão começar a sair hoje, quem sabe. Mas é necessária uma breve manifestação sobre o filme da @petracostal. Ninguém precisa gostar do filme da Petra. Documentários são visões pessoais da História etc. Dilma cometeu muitos erros. Quem acompanhou o blog e viu "Brasil em Transe" tem a minha visão sobre a crise brasileira documentada num parceria com a @BBCWorld

No documentário "Brasil em Transe", produzido para @BBCWorld, Janot diz que Moro não poderia ter divulgado aquele grampo. Lewandowski também bateu duro. Assistam o documentário: bit.ly/2pKAGoC

https://twitter.com/folha/status/1198472575342567424

Na época, fiz comentários na CBN sobre a interferência indevida de Moro no processo político. Ele contribuiu decisivamente para viabilizar o impeachment de Dilma. Moro é a figura mais perigosa para a democracia brasileira. Se fez o que fez como juiz, imaginem como político.

Será que agora dá para a imprensar deixar de passar pano, parar de chamar absurdos de polêmicas e enxergar que o Aliança para o Brasil é um partido com ideário fascista, projeto nacionalista autoritário e pretensão de manipular os piores sentimentos morais e religiosos? 38, o famoso número do trabuco, é simbólico do calibre do retrocesso em curso no Brasil e da ameaça real à nossa democracia. Até o símbolo foi feito com cápsulas d bala. Com vocação cesarista, é um partido familiar que reúne o pior do conservadorismo dito cristão no país.

Bolsonaro e Moro não podem acionar a PF como se ela fosse uma polícia política. É assim que o presidente quer usar a Polícia Federal quando diz estar conversando com o ministro da Justiça sobre tomar um depoimento do porteiro. Uma investigação tem de obedecer aos requisitos legais e não à vontade do presidente da República de plantão. Tampouco de um ministro da Justiça. Moro precisa explicar isso ao chefe.

Uso de provas ilícitas trazidas da Suíça por Dallagnol é crime. Isso não é estado democrático de direito. É prática de ditaduras e de criminosos. Pior: tentar acobertar prática ilegal depois. É indefensável que agentes da lei ajam assim. Adotaram os mesmos métodos de criminosos. Não se combate a corrupção cometendo crimes. Deltan Dallagnol é avisado pelo procurador da República Vladimir Aras e, mesmo assim, continuou com método ilegal. Disse que correu "risco calculado". noticias.uol.com.br/politica/ultim…

No artigo que escrevi sobre o @rodaviva com Temer. Fiz o seguintes adendos: Temer usou, sim, a palavra golpe para se referir ao impeachment na hora em falou do papel de Lula, que evitaria impedimento. Noutro trecho, ele julgou o processo constitucional. Foi o que ele sempre disse Golpe parlamentar acontece quando forças políticas decidem derrubar um presidente pelo conjunto da obra e buscam provas para lá de controversas. Passar pano para isso ou tentar amenizar o que aconteceu é uma mentira histórica. Foi um golpe parlamentar

Se o próprio Temer usa, no @rodaviva, a palavra "golpel" para se referir ao impeachment de Dilma e diz que, se Lula tivesse sido ministro da Casa Civil, o impedimento teria sido evitado, há uma clara mudança da narrativa histórica. Fica claro que houve, sim, golpe parlamentar, expressão que sempre usei em relação ao impedimento e que foi negada por parcela do país. Torna-se evidente o papel de Moro e da Lava Jato na derrubada de Dilma, o que foi uma interferência política ilegal do Judiciário no Executivo.

É gravíssima a reportagem publicada hoje pela “Folha de S.Paulo” e o “The Intercept Brasil” com o título: “Conversas de Lula mantidas sob sigilo pela Lava Jato enfraquecem tese de Moro”. A reportagem revela que Moro, policiais federais e procuradores da República agiram para interferir no processo político a fim de evitar a nomeação de Lula para a Casa Civil no governo Dilma e contribuíram para radicalizar o debate público e as ruas, tramando a queda de Dilma

Diante da possibilidade de o STF tomar decisão em breve sobre um habeas corpus e do pedido de progressão de regime pendente de análise no STJ, fazia sentido o pedido da defesa de Lula para aguardar eventual transferência do ex-presidente da sede PF em Curitiba. Siga o fio... Tirar Lula agora de Curitiba, sobretudo se for para colocá-lo no presídio de Tremembé (SP), é mais do que humilhação pública. É nova evidência da ação persecutória do Judiciário contra Lula, que invoca com razão, à luz do que a Vaza Jato publicou, ser vítima de prisão política.