Matias Spektor Profile picture
Associate Professor @FGV, writing, reading and teaching on international relations and things Brazil.
Sep 26, 2019 11 tweets 4 min read
O discurso de Bolsonaro na ONU foi tão contrário a seus próprios interesses q a pergunta se impõe: quem assessorou o presidente calculou os riscos ou apenas alimentou seus instintos mais alucinados? A resposta é crucial pra quem estuda RI. Segue fio para os amigos nerds. A imprensa em peso cravou q texto é de Eduardo Bolsonaro, Ernesto Araújo, Filipe Martins e Augusto Heleno. Foi @marinaadias que alertou para o contrário: segundo ela, Heleno teria sido limado no fim do processo.
folha.com/r7jmsu01
Se verdade, olavistas contra militares.
Jul 8, 2019 9 tweets 4 min read
Hoje abriu para a consulta pública o arquivo de Ramiro Saraiva Guerreiro, chanceler do último governo militar. São 15 mil páginas de documentos sobre a política externa brasileira entre 1979 e 1985. Fio para os nerds da timeline sobre o que tem lá. A documentação secreta sobre as relações do regime com o governo Reagan, num dos momentos mais tensos da relação bilateral (Malvinas, crise da dívida externa, programa nuclear e Lei da Informática).
Mar 30, 2019 14 tweets 5 min read
Documentos novos sobre EUA e o golpe mostram coisas q ainda não sabíamos: Casa Branca acreditou q, depois de derrubar Jango, militares manteriam calendário eleitoral. Quando a ficha caiu de que se tratava de uma ditadura, choque e arrependimento. Curadoria do @vitorlsion. 22 abr 1964. Crença equivocada #1: Castello convocará eleições: "We estimate that the interim regime probably will manage to survive and to hold free elections next October” - cia.gov/library/readin…
Mar 11, 2019 8 tweets 2 min read
Sou tão vidrado em reuniões presidenciais que escrevi livros sobre três delas: Médici e Nixon (1971), Lula e Bush (2002) e Alfonsín e Sarney (1985). Se você quer entender como funciona e para que serve a diplomacia, estude como se monta uma operação dessas. Bem planejadas, essas visitas podem transformar a posição do Brasil no mundo, dar prestígio ao presidente de plantão e redefinir os termos da ordem internacional do dia. Mal concebidas, elas machucam o presidente no curto prazo e afetam interesses brasileiros de longo prazo.
Jan 23, 2019 7 tweets 2 min read
A coalizão formada para reconhecer Guaidó como presidente da Venezuela é uma vitória para a diplomacia de Bolsonaro, mas é falsa a ideia de que hoje se inicia uma transição democrática naquele país. Fio: Guaidó não tem plano de transição, não conta com uma base unida, não controla o movimento das ruas e não tem máquina organizada país afora. Ele tampouco tem um acordo com as Forças Armadas, ator sem o qual não haverá transição para um governo democrático.
Dec 27, 2018 9 tweets 2 min read
"My detractors have called me crazy for believing in God and for believing that God acts in history -- but I don't care. God is back and the nation is back: a nation with God; God through the nation". Artigo de Ernesto Araújo para o número de janeiro 2019 @newcriterion "Over the years, Brazil had become a cesspool of corruption and despair. The fact that people didn't talk about God and didn't bring their faith to the public square was certainly part of the problem".
Nov 5, 2018 7 tweets 2 min read
Artigão sem paywall até o fim do mês sobre política externa de Bolso na @ForeignAffairs. Os craques @BrazilBrian e @robertosimon argumentam que (1) Bolso fará tudo o possível para alinhar o Brasil ao governo Trump e que... 1/7
foreignaffairs.com/articles/brazi… (2) Bolso conseguirá dar esse cavalo de pau porque o Legislativo não apita em temas de política externa, deixando o Planalto com o queijo e a faca não mão. A meu ver, ambas as teses estão corretas. Mas esse tipo de argumento sempre ignora um fator crucial. 2/7
Nov 4, 2018 5 tweets 1 min read
Artigo essencial para entender futuro da relação Bolso-Trump. @htrikunas argumenta que Bolso vai dilapidar o que resta de soft power, isolando o Brasil dos parceiros tradicionais e empurrando país na direção de Trump (frustração na certa, segundo autor). ow.ly/PknQ30muwff Esse cenário é bem plausível, mas argumento tem problemas. De fato, Bolso ameaça soft power em alguns quesitos (como dir humanos e qualidade da democracia). Mas não em outros. Com Moro, fortalece imagem positiva anticorrupção e devido processo legal. Com P. Guedes, reformas.