Sobre as desonerações e a Globo, no perfil de Ali Kamel, na última edição da @revistapiaui : "Dilma foi reeleita por uma margem ínfima. Na largada, a relação com a Globo já não era o que fora no passado. Durante o discurso da vitória, um grupo de petistas começou a entoar... “O po­vo não é bobo, abaixo a Rede Globo”. A emissora foi obrigada a exibir o desaforo. Kamel não gostou e ligou para um interlocutor da presidente para reclamar. Quando Dilma nomeou Joaquim Levy como ministro da Fazenda em seu segundo mandato, quase toda a imprensa celebrou...

Um telão fora instalado na biblioteca do Alvorada no dia 29 de outubro. No dia seguinte, a partir das 17h, começou a se projetar ali a apuração de votos do 2o turno pelo TSE. Sentado numa poltrona Barcelona, do arquiteto alemão Mies van der Rohe, Bolsonaro tomava nota. A cada atualização do gráfico em que seu desempenho recuava e o de Lula avançava, Bolsonaro escrevia o número numa folha branca – e franzia a testa.
– Tá vendo! Tá vendo! Eu falei! Isso aí é golpe!

No dia 7/1, o então subcomandante da PM do DF deu uma ordem atípica à sua tropa. Pediu que, no dia seguinte, todos ficassem de sobreaviso. Ou seja, que ficassem em suas casas no aguardo de uma possível convocação para trabalhar nas manifestações do dia seguinte. A ordem é atípica porque, em geral, quando há expectativa de manifestação, uma parte da equipe tem de ficar de prontidão no quartel, fardada, para chegar rápido caso seja acionada. Quem está de sobreaviso demora mais tempo para chegar. Outras ordens atípicas vieram a seguir:

A estratégia de atacar Bolsonaro em temas racionalmente irrelevantes (como a maçonaria) deu tão certo que desnorteou o rumo da estratégia digital de sua campanha, que estava totalmente armada para o ataque a Lula e teve de se reorganizar para se defender, sem sucesso. + A campanha do presidente até tem motivos para comemorar, em razão dos apoios que recebeu hoje. Mas, nos meios digitais, não conseguiu explorar as alianças em razão do curto circuito provocado pelo tema “maçonaria”.

Conto na @revistapiaui q chega hoje às bancas uma história q é um emblema do nosso tempo. É sobre o técnico do TCU q detectou e relatou as pedaladas de Dilma Rousseff, que serviram como tese para embasar o impeachment. Hoje, ele se converteu num defensor ferrenho do bolsonarismo. O servidor, antes visto como técnico exemplar, hoje gabarita todos os pontos presentes nas franjas mais radicais da direita: ataca o STF, a urna eletrônica, defende o uso da hidroxicloroquina e atuava, até poucos dias atrás, como tropa de choque na defesa do presidente no Twitter

O Pânico era um programa de humor (às vezes grotesco), mas, conforme a grade da Jovem Pan foi se tornando essencialmente política e de direita, o empresário Emilio Surita, sócio de Tutinha na atração, se readequou ao novo modelo. A tônica passou a ser convidar membros da claque bolsonarista para entrevistas mais irreverentes, o que acabou ajudando a difundir determinadas figuras entre o público mais jovem, que é o público do Pânico, mas não o da Jovem Pan como um todo.

A Jovem Pan é hoje uma emissora de rádio e TV que defende de forma irrestrita o governo Bolsonaro. Mas houve um dia em que seu dono, Tutinha, cogitou desembarcar. Foi em abril de 2020, quando Sérgio Moro deixou o governo. Tutinha avisou q o novo tom seria dado nos comentários de José Maria Trindade no Pingos nos Is. Fã de Moro e antipetista (a ponto de dar um bônus de R$ 500 aos funcionários no dia da prisão de Lula), Tutinha estava frustrado com Bolsonaro e achava q a audiência da tb estaria.

Quando Sergio Moro foi procurar emprego, depois de deixar o governo, recebeu proposta dos fundadores da Kroll para trabalhar na área de investigação empresarial nos Estados Unidos. Preferiu a Alvarez & Marsal porque ganharia mais. Quando decidiu ser candidato, procurou sua turma em busca de apoio: Kim Kataguiri, do MBL, e deputados ex-bolsonaristas do PSL. Queria saber se eles o ajudariam na empreitada.

Lula, um fio 🧶: Desde o início, a defesa de Lula sempre teve como principal linha de defesa o fato de Curitiba ñ ser a vara competente para julgar o caso, por ñ haver provas de uso de dinheiro desviado de contratos da Petrobras na compra do triplex ou da reforma do sítio. O MPF criou uma tese para rebater a ideia: a de q Lula, ao nomear diretores, era responsável direto pelos crimes na estatal e beneficiário indireto do $ desviado dos contratos. Essa tese foi replicada em quase tds as condenações em Curitiba, e chancelada por tribunais superiores.

Quer entender a persistência dos 30%? Segue esse fio 🧐 "A agricultora piauiense Maria da Paz Silva Maia, de 31 anos, acorda todos os dias às 4 da manhã. Na aurora, ela acende um fogão à lenha e põe sobre ele uma panela com água potável para fazer café coado. Ainda em jejum, abre uma saca de milho"...

Dezenove corpos em uma manhã. Todos enterrados em caixões lacrados. O manuseio é feito em trajes de isolamento. O velório dura 10 minutos. Essa é a rotina imposta pelo coronavírus no maior cemitério de SP, na Vila Formosa No dia em que 19 pessoas foram enterradas em apenas um cemitério de SP com diagnóstico suspeito ou confirmado de coronavírus, o Ministério da Saúde anunciava doze novas mortes no país inteiro. Essa discrepância nos dados vem da subnotificação.

O miliciano Adriano da Nóbrega era fascinado por armas desde criança. Também na infância, passou a conviver com um bicheiro amigo de seu pai, a quem chamava de “padrinho”. Virou PM. Na polícia, foi levado para a criminalidade por seu padrinho bicheiro. Levou por anos vida dupla de PM e criminoso. Mas cometeu tantos crimes na corporação que chegou a ser preso e, em 2014, foi expulso. Fora da PM, tornou-se o maior matador do Rio de Janeiro. Cobrava 200 mil por morte. Ficou rico. Comprou fazendas para criar gado e cavalo.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, usou quase R$ 1 milhão de de sua verba de gabinete dos últimos 8 anos (4 como deputado e 4 como senador) para pagar um hotel no Macapá. O valor seria suficiente para quase 7 mil diárias -- ou quase 18 anos de hospedagem. Parte desse valor (quase R$ 90 mil) foi usada para alugar um carro cedido pelo hotel, uma Mitsubishi Outlander. Tempos após o pagamento, o carro foi transferido para o nome da empresa do primo do senador.

1- Um pouco de stats para mostrar como a comunicação presidencial às vezes erra feio à toa. Vejam essa análise das menções ao nome do presidente @jairbolsonaro nas redes hoje. Elas explodiram à noite, após o tuíte contendo desinformação sobre a jornalista Constança Rezende. --> 2 - Ocorre que, em análise qualitativa feita com base em palavras chave, a maior parte das menções ao tuíte presidencial são negativas. Ou seja, fica claro que uma parcela muito pequena da internet chancelou a acusação.

Na época, oficialmente, Bolsonaro recebia 26 700 reais como deputado e 8 600 reais como militar da reserva. Para chegar aos 100 000 reais, diz a ex-mulher, Bolsonaro recebia “outros proventos”, que ela não identifica. • Bolsonaro, de acordo com Ana Cristina, furtou seu cofre numa agência do Banco do Brasil, em outubro de 2007, e levou todo o conteúdo: joias avaliadas em 600 000 reais, 30 000 dólares em espécie e mais 200 000 reais em dinheiro vivo — totalizando, hoje, cerca de R $ 1,6 milhão