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A EXTREMA-DIREITA ESTÁ GOVERNANDO QUANTOS REGIMES DITATORIAIS NO MUNDO DE HOJE?

Vamos pegar cerca de 40 regimes ditatoriais atuais para mostrar que é falsa essa conversa de que a extrema-direita (os regimes populistas-autoritários, iliberais) é a única (ou principal) ameaça à democracia. Adicionalmente, o levantamento abaixo mostra como é impotente em termos analíticos o esquema interpretativo direita x esquerda.

Siga o fio. 1 Azerbaijão | Ilham Aliev e seu Partido Novo Azerbaijão orbitam na esfera de influência da ditadura russa. Mas não podem ser classificados como extrema-direita.

Bolsonaristas perguntam sempre por que se fala em extrema-direita e não se fala em extrema-esquerda. A explicação é simples. A extrema-direita existe de fato no Brasil e em outros países. Por exemplo, ela está presente no bolsonarismo e no trumpismo. No Brasil existe também uma extrema-esquerda, mas ela é muito minoritária: por exemplo, o PCO. O lulopetismo é hegemônico na esquerda brasileira, mas ele representa a esquerda populista, não a extrema esquerda. A extrema-esquerda é uma remanescência da esquerda classista, revolucionária, do século passado, ainda que parte da nova esquerda identitarista do século atual também tenha, às vezes, comportamentos extremos. No Brasil existe essa esquerda identitarista, meio que copiada da sua congênere americana, mas ela também é minoritária (sobretudo eleitoralmente). Dito isso, é preciso entender, entretanto, que o populismo de esquerda (por exemplo, o neopopulismo latino-americano de Obrador, Xiomara, Petro, Evo e Arce e Lula), tem raízes marxistas, mas não pratica os métodos da luta revolucionária, visando a tomada do poder pela força, porque optou pela via eleitoral para chegar aos governos e neles se delongar até conquistar hegemonia sobre a sociedade a partir do Estado aparelhado pelo partido. Em alguns casos, todavia, populistas de esquerda deram golpes de Estado (ou auto-golpes) já estando nos governos de seus países, convertendo seus regimes em ditaduras (como são os casos de Maduro e Ortega). Nestes casos, talvez, se pudesse dizer que se tornaram extrema-esquerda, assim como Cuba (o modelo revolucionário clássico do século 20, que se mantém), a Frente Sandinista de Libertação Nacional na Nicarágua, a Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional em El Salvador, etc. Nada disso, porém, faz muito sentido porque o velho espectro classificatório 'extrema-direita, direita, centro-direita, centro-esquerda, esquerda, extrema-esquerda' é inadequado para captar a realidade. E porque o que importa não é se uma força política é mais ou menos de direita ou de esquerda e sim se é autocrática (eleitoral ou não-eleitoral) ou se é democrática (apenas eleitoral ou liberal). Tem que ler o último parágrafo, pessoal. Minha classificação de regimes políticos (e, por decorrência, das forças políticas) é a seguinte:

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FIO DA SEGUNDA GUERRA FRIA

Estamos escrevendo um artigo explicando as imagens abaixo. Nem seria necessário fazer isso se a maioria das pessoas tivesse alguma noção dos temas ligados à disjunção democracia x autocracia. 1/6 Antes de qualquer coisa é preciso saber que a segunda grande guerra fria, que já está instalada, não é, como a primeira, uma divisão de blocos Oeste x Leste (EUA x China). É uma campanha de exterminação das democracias liberais. 2/6

O divisor de águas não foi o 7 de outubro, mas o 17 de outubro. A pressa com que setores da esquerda compraram a versão do Hamas e já sairam às ruas em seguida, sem ter a prudência de aguardar mais evidências sobre o ocorrido, revela muita coisa. Eu diria, quase tudo. + Poderíamos dizer que só estavam aguardando algo como o bombardeio de um hospital com centenas de mortos para confirmar o que já sabiam: que Israel é genocida. Isso é como um axioma, uma verdade evidente por si mesma, que não está sujeita à comprovação no âmbito da "teoria". +

Me perguntaram no Face se o PT é um partido comunista. Não, o PT não é um partido comunista. É um partido neopopulista. Mas o neopopulismo latino-americano teve origem no marxismo. Os dirigentes que fundaram o PT e até hoje orientam sua militância são (ou foram) marxistas. Pulando, por óbvio, os ditadores cubanos, isso aconteceu em todos os regimes neopopulistas. Na Nicarágua: Daniel Ortega e Humberto Ortega e López e Borge e Mayorga; na Venezuela: Hugo Chávez e Nicolás Maduro; no Brasil: Lula e Dilma.

Continua...

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TUDO MEIO FALSO SOBRE O 8 DE JANEIRO

1 - Toda essa conversa sobre o 8 de janeiro é combustível para manter e escalar a polarização política por parte dos dois populismos em disputa.

Siga o fio numerado. 1.1 - Da parte do lulopetismo para dizer que foi vítima de um terceiro golpe de Estado (o primeiro teria sido o impeachment de Dilma e o segundo a prisão de Lula).

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FIO DO HIPÓCRITA

Aquele que acusa todos os outros que não lhe seguem de serem insensíveis ao povo (e a favor das elites), como se comporta? No governo ou fora dele, quando tem um problema de saúde não procura o SUS ou um hospital público, mas o Sírio e Libanês.

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UMA PERIGOSA LINHA FOI ULTRAPASSADA

1 - Nas falas, nos gestos e atitudes, de Lula na China, uma perigosa linha foi ultrapassada de modo irreversível. Lula não pode, como Bolsonaro, desdizer o que disse. Não há para quem fazer uma cartinha pedindo desculpas. 2 - Embora Lula sempre tenha pensado assim - e relativizado e desvalorizado as democracias diante das ditaduras de esquerda, que supostamente cuidam do seu povo - isso nunca foi explicitado como tomada de posição diante de um conflito definidor de alinhamento a campos em disputa.

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SÓ UM FIO

O que há de substância ideológica no bolsonarismo é olavismo (as concepções e práticas populistas-autoritárias bannonistas e de várias vertentes da extrema-direita americana importadas por Olavo de Carvalho, somados ao neopentecostalismo). O resto é: a) antipetismo (com e sem razão), b) analfabetismo democrático (e ignorância pura e simples, em quase tudo que diga respeito à vida pública), c) banditismo (e milicianismo), e) militarismo (a ideologia anticomunista do 'inimigo interno') e...

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COMO ARTICULAR UMA OPOSIÇÃO DEMOCRÁTICA

1 - Muita gente me pergunta como organizar uma oposição democrática (que se diferencie tanto da oposição populista-autoritária bolsonarista, quanto da situação neopopulista lulopetista). 2 - As pessoas, num primeiro momento, querem saber qual é o nome da nova grande liderança que vamos seguir. Mas talvez as coisas não aconteçam mais assim.

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HORA DE CAIR NA REAL

Atenção! A conjuntura mudou.

1 - Lula e o PT abandonaram a (falsa) neutralidade que vinham afetando e tomaram partido abertamente: ao lado das autocracias, contra as democracias liberais. 2 - Se os bolsonaristas já não eram, agora os petistas (pelo menos os que seguirão Lula nessa deriva autocrática) também não serão mais players válidos da democracia liberal.

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A POSIÇÃO ASQUEROSA, ERRADA E ANTIDEMOCRÁTICA DE LULA

Assistam o vídeo. Vamos degravar no fio abaixo. "Eu tenho uma tese que eu já defendi ela com Macron, com Olaf Scholz, da Alemanha, com Biden e ontem discutimos longamente com Xi Jinping. Ou seja, é preciso que se constitua um grupo de países dispostos a encontrar um jeito de fazer a paz".

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BARBARIDADES DE LULA NA CHINA

Fazendo alianças com uma das piores ditaduras do planeta

Lula disse hoje. "A compreensão que o meu governo tem da China é a de que temos que trabalhar muito para que a relação Brasil-China não seja meramente de interesse comercial". "Queremos que a relação Brasil-China transcenda a questão comercial". Ele disse também querer "elevar o patamar da parceria estratégica e, junto com a China, equilibrar a geopolítica mundial".

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ANTI-IMPERIALISMO MOFADO

Populistas de esquerda vivem dizendo que não se pode tomar posição a favor do EUA, que são um país imperialista que nunca respeitou a soberania alheia, apoiou regimes ditatoriais etc. Com base nisso, apoiam as maiores autocracias do mundo. É por isso que apoiam (declarada ou disfarçadamente, em nome da "paz" ou do "não-alinhamento ativo") a Rússia ditatorial de Vladimir Putin e a China quase-totalitária de Xi Jinping. Porque essas autocracias são contra os EUA imperialistas.

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DESENHO

Entre uma democracia liberal e uma autocracia fique sempre com a democracia.

Entre a Finlândia e a Rússia, fique com a Finlândia.

Entre Taiwan e a China, fique com Taiwan.

Entre o Reino Unido e a Índia, fique com o Reino Unido. Entre a Alemanha e o Irã, fique com a Alemanha.

Entre Israel e a Palestina (Gaza sob o Hamas), fique com Israel.

Entre Costa Rica e Cuba, fique com a Costa Rica.

Entre Chile e Venezuela, fique com o Chile.

Entre Uruguai e Nicarágua, fique com o Uruguai.

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LULA 2026

Não sei se entendi bem o argumento de alguns analistas não-petistas que viraram governistas. Vou tentar reconstruir.

Siga o fio, por favor. 1) Somente Lula e Bolsonaro conseguem arregimentar forças eleitorais expressivas (de 30% no caso do primeiro e de 20% no caso do segundo).

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A CRIMÉIA SEMPRE FOI RUSSA?

O Kremlin propaga a ficção de que a Crimeia ‘se separou’ legítima e voluntariamente da Ucrânia e ‘reintegrou’ a Rússia em 2014.

Siga o fio para desmascarar essa mentira. Se não for contestado, esse mito corre o risco de minar ainda mais a integridade territorial da Ucrânia e encorajar poderes expansionistas em outros lugares.

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BALANÇO DOS 100 DIAS EM 10 PONTOS

Não ser Bolsonaro não é suficiente, nem atestado de bom governo. Se o sucessor de Bolsonaro fosse a Simone, ou o Leite, ou o Tasso ou até o Temer, estaríamos numa situação pior do que estamos com Lula? É óbvio que não.

Por quê? Siga o fio. O que estaria melhor em qualquer uma das alternativas imaginadas acima:

1 - Não estaríamos apoiando Putin ou namorando Xi Jinping e outros autocratas e privilegiaríamos a participação do Brasil na coalizão das democracias liberais.

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POR QUE BOLSONARO NÃO PODIA SER REELEITO

Impedir a reeleição de Bolsonaro foi, além de um imperativo democrático, uma proteção civilizatória.

Siga o fio numerado para saber por quê. 1 - O problema de Bolsonaro não é que ele tivesse condições reais de dar um golpe de Estado à moda antiga, com tanques nas ruas (e tanto não tinha que não deu).

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MENSAGEM ÀS POLLYANNAS

Como se pode dar um crédito de confiança para o governo se o partido (hegemônico) no governo é presidido por uma pessoa como Gleisi Hoffmann?

Fio. As pollyannas da academia e do jornalismo querem nos fazer acreditar que o governo nada tem a ver com o PT, que gente como Gleisi comporia uma franja minoritária e renitente de militantes cujas cabeças ainda estão no século passado.

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PARA QUEM ESQUECEU

Não se pode reescrever a história. Lula ganhou as eleições de 2002 e menos de dois anos depois de iniciar seu novo governo começaram a eclodir os escândalos. Foram centenas. Eis os principais (até início de 2006).

Continua... 1) o caso Waldomiro-Dirceu,

2) o mensalão,

3) a quebra do sigilo do caseiro Francenildo,

4) a produção do falso dossiê contra Serra, urdida por homens da cozinha do presidente,

Continua...