🌐 Repórter freelance no Donbass por oito meses. Escrevo sobre geopolítica // Sul Global, Leste Europeu, Balcãs e nações sem Estado // e movimentos sociais.
Aug 7 • 8 tweets • 2 min read
Breve cronologia das eleições presidenciais venezuelanas:
1.Antes das eleições, Edmundo González rejeita acordo com Maduro para que resultados sejam reconhecidos, independentemente do vencedor
2.Ainda antes das eleições, oposição anuncia que só vai reconhecer as suas actas ⏬
3. No dia anterior às eleições, oposição cria site para apresentar as suas actas 4. No dia das eleições, Conselho Nacional Eleitoral diz que a sua página sofreu ataque e que não consegue apresentar as actas (legalmente, tem 30 dias para o fazer) ⏬
Jul 31 • 8 tweets • 2 min read
Da primeira vez que estive na Venezuela, vivi em Caracas meio ano. Percorri o país e conheci ministros, autarcas, militares e opositores. Contactei com a população mais pobre, profundamente chavista, nas favelas da capital. Até chegar Chávez, viviam na miséria absoluta+
Conheci gente que nunca tinha ido ao médico até então, que nunca tinha ido ao dentista, que me contaram que nos tempos da direita, para evitar a fome, comiam comida para animais. Com Chávez, aprenderam a ler e a escrever. Tiveram acesso a médicos e habitação digna+
Dec 4, 2023 • 13 tweets • 3 min read
A tensão entre a Venezuela e a Guiana tem contexto e mais de um mês. É consequência do colonialismo europeu. Abro uma thread com os principais factos históricos, porque os que decidem a sua posição pelo que diga Washington estão, outra vez, a fingir que tudo começou agora +
O território que a Venezuela reclama não é toda a Guiana. Caracas reclama a Guiana Esequiba desde sempre, a região que termina no rio Esequibo. Os mapas oficiais da Venezuela incluem este território desde sempre. Para entender, há que viajar até à independência da Venezuela +
May 12, 2023 • 7 tweets • 2 min read
Acabo de ter acesso à resposta a um pedido de esclarecimento sobre o envolvimento da Câmara de Lisboa no cancelamento de um debate, em Janeiro, sobre a guerra na Ucrânia com a presença de três jornalistas. A câmara admite o envolvimento como passo a explicar +
Cristina Rocha, chefe da Divisão de Relações Internacionais da autarquia admitiu que contactou a União de Associações de Comércio e Serviços de Lisboa. Era nestas instalações que se ia realizar a iniciativa promovida pela Associação Iuri Gagarine +
Dec 9, 2022 • 4 tweets • 1 min read
Angela Merkel admitiu numa entrevista ao jornal Die Zeit que os acordos de Minsk foram uma tentativa de dar tempo à Ucrânia para se reforçar militarmente. "Duvido muito que os países da NATO pudessem fazer tanto naquela altura como estão a fazer agora para ajudar a Ucrânia". +
"Era claro que para todos nós este era um conflito congelado, que o problema não estava resolvido, mas isto [acordos de Minsk] deu à Ucrânia um tempo precioso". Merkel admitiu que se a Rússia tivesse querido, naquela altura, podia ter controlado militarmente todo o Donbass. +
Feb 25, 2022 • 15 tweets • 3 min read
Como agora há uma campanha mediática para branquear as relações do regime ucraniano com o neonazismo, alegando que é desinformação russa, acompanhem-me neste fio com dados concretos. Isto não serve para defender a Rússia mas para combater o fascismo e a mentira.🧶
A tropa de choque durante o golpe em 2014 contra o governo ucraniano era composto por neonazis, segundo a BBC. Nomeadamente, o Sector Direito, conhecidos por atacarem a população russófona. Também o partido fascista Svoboda e o Congresso dos Nacionalistas Ucranianos. 🧶
Feb 23, 2022 • 13 tweets • 4 min read
Há uma discussão permanente sobre se aquilo que aconteceu em Kiev em 2014 foi uma revolução ou um golpe. Para que decidam por vocês próprios, abro fio para deixar alguns factos. 🧶
Segundo o The Guardian, os partidos Democrata e Republicano, o National Democratic Institute, o Departamento de Estado, a USAid, a ONG Freedom House e o Open Society Institute gastaram cerca de 14 milhões de dólares a apoiar a chamada Revolução Laranja em 2004/2005 na Ucrânia.
Feb 22, 2022 • 7 tweets • 2 min read
Em 2018, estive em Donetsk e Lugansk. Visitei orfanatos, hospitais, escolas e fábricas. Falei com mineiros, autarcas, reformados, crianças, professores, empresários e sindicalistas. Assisti às lágrimas de mulheres enlutadas e ouvi disparos de artilharia sobre zonas civis. 🧶
Choca-me que nunca ninguém tenha querido saber desta gente, desde jornalistas a governos, e de repente tenham descoberto que há um Acordo de Minsk porque a Rússia deixou de o reconhecer, quando a Ucrânia o violava diariamente desde o momento em que foi assinado.
Jul 29, 2021 • 5 tweets • 2 min read
O Estoril comprou o avançado nazi ucraniano Zozulya. Antes disso, o Rayo Vallecano teve de dispensar o jogador porque a maioria dos adeptos de Vallecas são antifascistas. E por que se diz que Roman Zozulya é nazi? 👇
Porque é sócio de grupos fascistas como os White Boys, a claque do Dnipro, porque ofereceu algumas das suas medalhas de campeão do Europeu de sub19 a milícias neonazis como o batalhão Azov, que combate as forças antifascistas em Donbass,