Quanto tempo demora pra um jogador amadurecer de vez, reduzir a oscilação e ser protagonista com mais frequência? O quanto isso varia por posição em campo? São questões que ajudam a explicar a trajetória de Raphael Veiga até a consagração e as dúvidas que cercam Gabriel Sara. No Brasil, tem sido mais comum vermos atacantes estourando rápido, virando referência de seus times por aqui e serem vendidos para também serem protagonistas cedo no exterior. Com meio-campistas, essa jornada costuma ser mais longa, principalmente se não forem extra-classes.

Palmeiras muito mais inteiro fisicamente e com os jogadores lidando melhor com a equação de estratégia X execução. Flamengo ainda não encontrou os pontos fracos do Palmeiras e vê seu quarteto ofensivo limitado a lampejos de Arrascaeta. Resultado justíssimo no primeiro tempo. O entendimento do jogo que os meio-campistas do Papmeirss mostraram até o intervalo foi incrível. O trio controlou o ritmo e os espaços o tempo todo. Veiga, sem comentários pelo poder de decisão. Danilo, um assombro de jovem.

Pra falar sobre a saída de Crespo e a volta de Rogério Ceni ao São Paulo acredito que seja preciso dividir tudo em três atos. E, naturalmente, começo pela queda de rendimento do técnico argentino e a demissão consumada ontem (ou pelo menos anunciada ontem). Crespo chegou sem ser muito conhecido por aqui. Ao levantarmos informações, pudemos esperar um time que jogaria muito pelos lados, com pontas escalados como alas, linhas bem avançadas (incluindo o trio de zaga) e um jogo de muito vigor pra competir fisicamente.

Antes de sair xingando profissionais, você sabe minimamente o que cada um deles faz num time? Não sou expert, mas, do que acompanhei enquanto setorista, arrisco dizer que os médicos são provavelmente os mais distantes de alguma culpa quando há excesso de lesões musculares.

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Médicos fazem os diagnósticos de lesões e indicam os tratamentos, eles agem depois que algo acontece. E até se acontece algum problema relacionado a uma cirurgia de atleta, não são os médicos do dia a dia do CT os responsáveis por essas operações, mas sim parceiros especialistas.

O São Paulo precisava em algum momento, depois de tantas trocas descabidas de técnico, apostar em manutenção de trabalho. Ainda é pouco, mas fez. Agora, precisa provar que a defesa ao trabalho de Diniz feita hoje não será da boca pra fora em ocasiões mais críticas. O discurso alinhado de comissão técnica, elenco e diretoria deveria ser um bom sinal. Mas o clube ficou tão em descrédito nos últimos anos que é natural que tenha gente desconfiando. Meu ponto é que agora há uma evolução e me parece questão de tempo para converter em resultado.