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o famoso fio que ninguém pediu sobre o que o Inter pode encarar no grupo da Sul-Americana Acompanhei ontem o sorteio, mas deixei pra falar sobre o que o Inter deve ter pela frente só hoje pra poder trazer algo um pouco mais organizado. Então vamo lá pra algumas impressões deste começo de ano.

Resumir a melhora da produção do Inter apenas pelas saídas de Lindoso e D'Ale e as entradas de Marcos Guilherme e Thiago Galhardo é simplismo. Existe todo um efeito-dominó e um porquê na mecânica coletiva, a partir destas mudanças, que explicam esse comportamento mais agressivo. Quando esteve em campo, Lindoso pecou ao se apresentar na frente para dar volume ao time. Preso na base da jogada por conta da exigência imposta pela saída de bola com Musto entre os zagueiros, ficou sem oferecer apoio perto da área adversária.

A posição central da linha de três do time do Inter no 4-1-3-2 é, talvez, a mais inconstante em termos de resposta neste começo de temporada. Já vi inúmeras sugestões de alternativas a Lindoso e Nonato para atuar por ali, mas não é tão simples assim. Pra começar, é necessário entender o papel que o jogador daquela posição exerce dentro deste modelo proposto inicialmente pelo Coudet.

Tanto Lindoso (exemplo) quanto Nonato são encarregados de buscar a bola de quem faz a saída (Musto, Moledo e Cuesta) e DISTRIBUIR o jogo.

O ponto que eu mais levo em conta para avaliar o Odair não são os resultados. Em 2018, com um elenco raso e menos qualificado, entregou um time mais competitivo e regular. Neste ano, com mais opções, não conseguiu efetivar uma evolução em relação à última temporada. E acredito que essa seja a palavra-chave para analisar qualquer trabalho: evolução. O Inter não obteve isso. Estagnou nas ideias e retrocedeu em rendimento a partir de algumas escolhas que não foram feitas lá no começo da temporada.