"Aprenda a língua ucraniana ~ um cara de Ohio"

Vou aproveitar e deixar aqui o alfabeto cirílico (da língua ucraniana) explicado a brasileiros. Vou adicionar tweets com o tempo. É mais fácil do que parece (e é divertido e um grande exercício pro cérebro usar outro alfabeto).

https://twitter.com/LvivNightingale/status/1832091839261966660

A primeira coisa a saber é que as letras ucranianas têm apenas um som cada. Comecemos com as vogais, são 10:

а - como nosso "á" (bar)
е - como nosso "é" (festa)
и - parecido a nosso "ê" (mês)
і - como nosso "i" (sim)
о - como nosso "ó" (voz)
у - como nosso "u" (luz)

Neste domingo, é a Páscoa na Ucrânia (e para alguns descendentes por aqui também). Então aproveito esta data especial pra contar um pouco mais sobre a cultura ucraniana por estas terras. Apresento-lhes a Irmandade Cossaca. 1/n Era o ano de 1954. Vasyl Kostachuk, um imigrante de terceira onda, chegara ao Brasil, fugindo do regime comunista. Em Prudentópolis, encontrou um pequeno canto ucraniano no Brasil, construído pelos imigrantes que aqui chegaram antes da primeira guerra mundial. 2/

Estudem, irmãos!
Leiam e meditem.
O que é dos outros, aprendam,
sem desprezar o que é seu.
~ Taras Shevchenko

Mais um livro para estudar, há sempre mais para aprendermos sobre nós mesmos.

Ser diáspora é isto. Individualmente, somos pouco, e ninguém tem o todo em si. Mas cada um sabe um pouco – em alguns esse pouco é uma montanha. E compartilha-se, ensina-se, aprende-se. Juntos somos mais fortes – juntos existimos.

Tendo mostrado um casamento da diáspora argentina, apresento então também como é o casório ucraniano no Brasil. O que os argentinos dançam no vídeo é uma kolomeika, música (e dança) folclórica alegre e de ritmo acelerado. 🧵👇

https://twitter.com/gutoaqui/status/1731254342731395475

Se cantada, vale-se de versos rimados e engraçados, muitas vezes feitos de improviso (como o repente brasileiro), tendo por tema principal o amor. No Brasil um casamento típico terá kolomeika e korovai, tradição mantida desde os primeiros casamentos de imigrantes ucranianos.

Já mostrei este lugar outras vezes, o Memorial Ucraniano. Mas, aproveitando que é seu aniversário, explicarei seus elementos, visto que, apesar de ser um dos parques mais visitados de Curitiba, os turistas geralmente desconhecem o contexto. 🧵 Inaugurado em 1995, o Memorial Ucraniano é o principal ponto de reunião da diáspora em Curitiba. Lá realizam-se encontros e eventos, como a páscoa e a celebração do aniversário da imigração, ou vigílias pela paz na Ucrânia.

Kyïv, hoje. Fotos do presidente da comunidade ucraniana do Brasil, Vitório Sorotiuk, que viajou para lá. A segunda foto é um monumento que marca a distância aos demais países, com base em suas capitais. Para o Brasil assinala 10.560 km.

Ontem, Vitório deu uma aula sobre a diáspora brasileira a cerca de 100 alunos de ensino médio. Confesso que é um pouco estranho sentir-se tema de aula em Kyïv.

O Coelho da Páscoa e a Pêssanka

Era uma vez, na Europa... Lá vivia Ostera, a Deusa da fertilidade e da primavera. Ostera gostava de arte, e um dia, enquanto pintava, uma ave botou ovos no seu castelo e fez uma proposta: que Ostera os pintasse em troca de seu canto. Ostera aceitou a proposta, e assim surgiram os ovos pintados, as pêssankas. Deusa e ave viraram amigas.

Um dia, um caçador acertou a ave com uma pedra. Ostera, ao passear, encontrou a amiga muito ferida, que lhe pediu ajuda. Ostera disse que a ave estava quase morrendo,

Breve História do Paraná. Parte 5.

Com a descoberta de ouro em Minas Gerais, a região do Paraná é deixada de lado. Do sucesso ao esquecimento, em 1709 Paranaguá perde o status de capitania, voltando a ser uma mera vila. Em 1710 é fundada a Capitania Geral de São Paulo, extinguindo-se São Vicente. A região do Paraná agora pertence a São Paulo, é a quinta comarca paulista.

Mas nem portugueses nem paulistas estavam interessados em desenvolver as terras paranaenses. No Paraná não haverá investimento no período colonial.

Breve História do Paraná. Parte 4.

Introdução ao tropeirismo: a formação territorial do Sul

Voltemos no tempo um pouco, ao sul antes do Brasil. Apesar de conhecida a rivalidade existente entre grupos indígenas distintos, acredita-se que o solo paranaense tenha sido ponto de contato e de grande fluxo de vários povos nativos diferentes. Os principais eram os Tupi-Guarani e os Jê Meridional.

Breve História do Paraná. Parte 2.

Marrocos, 1580. Batalha dos Três Reis. Dom Sebastião I, Rei de Portugal, é morto em combate. Com 24 anos de idade, não deixa herdeiros. Interrompe-se a linha de sucessão da dinastia Avis – crise dinástica instaurada.

Em 1981, Filipe II da Espanha é aclamado Rei de Portugal. É formalizada a União Ibérica, Portugal perde sua independência.
Como consequência, o Tratado de Tordesilhas foi considerado nulo, visto que ele não fazia mais sentido, já que os 2 reinos agora formavam um império único.

Breve História do Paraná. Parte 1.

Falar de Paraná remete obrigatoriamente aos espanhóis, eles foram os europeus pioneiros nestas terras. Não, não foram os portugueses os primeiros a chegar. Nem poderiam, se pelo Tratado de Tordesilhas¹ (1494), estas terras eram espanholas.² Aos espanhóis o Paraná era a Província del Guairá, uma terra ocupada essencialmente por indígenas guaranis, que se dividiam em dezenas de aldeias. Numa tentativa de "europeizar" os nativos (convertê-los ao catolicismo e fazer com que cooperassem nos objetivos da coroa espanhola),

Em uma continuação a meus tweets sobre "Ucrânia no Brasil", apresento uma da pessoas mais fantásticas que tive o prazer e a honra de conhecer em minha vida: Helena Kolody.

Filha de imigrantes ucranianos, é, ao lado de Paulo Leminski, a maior poeta de terras curitibanas. (1/n) SIGNIFICADO

No poema
e nas nuvens,
cada qual descobre
o que deseja ver.

"O diretor médico da Moderna, Paul Burton, diz que a covid está entrando na fase endêmica. Ele observou que outros coronavírus endêmicos causam 340 mil hospitalizações e 20 mil mortes por ano maiores de 65 anos, citando dados da Organização para a Economia e Desenvolvimento. + ..A América do Norte, a Europa, a maior parte da Ásia e grande parte da África estão no Hemisfério Norte. No entanto, Burton disse que a Moderna está monitorando de perto a trajetória do vírus no Hemisfério Sul, que inclui grandes nações como Brasil e África do Sul. +

Quando as pandemias terminam. A transição. A pós-pandemia.

Nicholas A. Christakis¹
(excertos de livro, entrevista, artigo)

As pragas não são novas para nossa espécie – elas são apenas novas para nós. As pragas fazem parte da experiência humana. [1/n] ..Mas pragas e pandemias terminam. Elas sempre terminam. Elas terminavam antes mesmo de termos vacinas para responder a elas.
São um tempo de perda. Perdemos nossas vidas. Perdemos nossos meios de subsistência. E perdemos nosso modo de vida. [2/]

Vejo volta e meia pessoas contestando a efetividade de vacinas, "ainda há gente que para no hospital, morre" etc. Como humanos, temos tendência a 'transferir culpa'. A realidade que precisa ficar clara é que não é exatamente a vacina quem te protege, e sim seu sistema imune. (+) A vacina é só o estímulo, uma ferramenta que propicia a possibilidade de que seu sistema imune treine antes de enfrentar o inimigo. É melhor seu time de futebol disputar uma competição após treinar ou simplesmente se reunir e ir ver no que dá? (1)