Como prometido, publiquei agora na @folha a entrevista exclusiva que fiz com a estudante que iniciou os protestos contra a Covid 0 na Universidade Tsinghua. Tá aí. bit.ly/3F72cjU O manual da Folha não permite que a gente use aspas diretas de fontes anônimas. Mas as falas dela são tão fortes que vou postar aqui no Twitter exatamente o que ela me disse em dois momentos da entrevista:

Os alunos da Universidade de Pequim, onde também estudei, acabaram de divulgar uma carta aberta bem forte criticando a resposta à pandemia e exigindo o imediato fim da estratégia de Covid Zero. Vou tentar traduzir os principais pontos aqui. (1/n) Os estudantes dizem que os problemas com a política de Covid zero foram expostos nos últimos dias e causaram “tragédias terríveis”. Eles também reclamam que “protestos espontâneos foram suprimidos repetidas vezes e não receberam respostas adequadas. (2/n)

Um amigo no campus me mandou este vídeo, mostrando os estudantes da Tsinghua cantando o hino chinês. O trecho da música nas imagens diz “levantai-vos / milhões em um só coração / contra os canhões dos inimigos, avançar”. Os estudantes também cantaram a Internacional Comunista. Seguram cartazes em branco porque a universidade proibiu a impressão de material illegal (e as impressoras da Tsinghua, via de regra, mantêm logs com o nome, número de estudante e o conteúdo de todo material impresso).

Sempre achei que a Covid 0 na China chegaria ao fim quando a situação se tornasse muito caótica em vários pontos diferentes do país. Considerando o volume de casos agora, pensei que seria o momento ideal para o governo entregar as pontas. Mudei de ideia ao ver esse vídeo.

https://twitter.com/eefjerammeloo/status/1596583242555355137

Se protestos contra a Covid 0 descambarem para um desafio aberto à soberania do Partido Comunista (e oposição declarada ao próprio Xi), não interessa o custo financeiro, político e diplomático, a China vai até as últimas consequências para defender a política sanitária vigente.

Fio com a reação oficial do Ministério das Relações Exteriores da China em coletiva de imprensa realizada agora há tarde em Pequim. 👇🧵 “A Rússia é um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e um grande país independente. Com base em seu próprio julgamento e interesses nacionais, formula e implementa de forma independente sua própria diplomacia e estratégia.” +

Ucrânia sendo invadida agora pela Rússia. Por enquanto, silêncio na mídia estatal chinesa. Na @cgtn, apenas transmissão de discursos na ONU sobre o assunto. A @XHNews, agência que dita a cobertura de todos os veículos estatais do país, reporta apenas a decisão de Putin em “conduzir uma operação especial” na Ucrânia.

Começa às 11h a votação que pode confirmar o 2º impeachment de Donald Trump. Considerando que as regras lá e no Brasil são um pouco diferentes, aqui vai um fio bem explanatório para quem não acompanha política americana e quer entender o que vai acontecer em algumas horas. 🧵👇 A Constituição americana concede à Câmara dos Representantes o poder de abrir e votar as acusações e, ao Senado, o poder de julgar. Na Câmara, basta maioria simples para o processo andar, ou seja: dos 435, são necessários 218. Atualmente, há 222 democratas eleitos na Casa.

E o site do Departamento de Estado americano informando que o mandato de Donald Trump terminou hoje? 👀

https://twitter.com/SheenaGreitens/status/1348720783196119041

No site diz que o mandato terminou às 19:49 de hoje. Mas são 15:09 em Washington D.C. agora. Tem gente apostando que o horário está em GMT, ou seja, 5 horas à frente da capital dos EUA. Se estiver correto, o mandato de Trump terminou há uns 20 minutos. Spoiler, @EleicoesEUA?

A imprensa israelense divulgou o rascunho do plano desenvolvido há mais de dois anos pelo genro de Trump, Jared Kushner para encerrar o conflito entre Israel e Palestina. O chamado "acordo do século" vai transformar a região nessa colcha de retalhos aí embaixo (continua) Eis os principais pontos:

* Jerusalém passa inteiramente para o controle de Israel. Árabes residentes na cidade vão perder cidadania israelense e passam a ser nacionais da "Nova Palestina";
* Israel não vai precisar desocupar um único assentamento ilegal; (continua)