Eu fiz o concurso do IPEA de 2008, quando o Pochmann era presidente da instituição. O concurso foi tão absurdo, que cheguei em casa revoltada e escrevi um artigo explicando o que tinha acontecido. Achei nos meus arquivos o texto que escrevi em dez de 2008. Segue: Quem vem acompanhando os acontecimentos recentes do IPEA, iniciados desde que a nova diretoria assumiu, poderia esperar que o maior concurso da história da instituição tivesse algum viés ideológico e teria algumas excentricidades. ..

Nos últimos anos, a Polícia Militar do Estado de São Paulo adotou uma série de iniciativas com o objetivo de reduzir o uso desproporcional da força policial, entre elas: o uso de câmeras corporais. Mas afinal, qual é o impacto do uso das câmeras corporais? Reduziu o uso da força policial? Afetou a atividade policial? Afetou os indicadores de criminalidade? Esse vídeo explica a metodologia empregada para responder essas perguntas assim como os resultados:

Recomendo fortemente o podcast Pistoleiros, assinado pelo @rafapsoares, jornalista especializado em segurança pública no RJ. Todo mundo que se interessa pelo assunto deveria ouvir. Segue o fio: globoplay.globo.com/podcasts/pisto… @rafapsoares põe o dedo na ferida ao se propor contar da história de matadores famosos do RJ, pessoas que viviam de prestar serviço de matar. Esse é um mercado lucrativo no RJ desde os anos 60, alimentado em grande parte pela contravenção (vulgo, Jogo do Bicho).

Hoje a Prefeitura do Rio de Janeiro lança o Programa Conjunto de Estratégias de Prevenção (CEP) - Seu Rio, Sua Rua. O Programa foi desenhado com base em evidências que mostram que o crime é altamente concentrado no espaço. globo.com/rio/prefeitura… Dividindo a cidade em células de 200m x 200m, é possível constatar que 1,3% das células com malha urbana concentra 25% dos roubos e furtos de rua e 5,3% do território concentra 50% dos roubos e furtos de rua. Isso sugere a importância de intervenções centradas no espaço.

Que saber qual a capacidade do Sistema de Justiça Criminal do Rio de Janeiro em punir criminosos e dissuadir o cometimento de novos delitos? Segue o fio que vou contar o que foi produzido no Projeto Farol do MPRJ: Segurança Pública no Brasil é tipicamente discutida como questão de polícias. Quase não falamos no Brasil sobre Sistema de Justiça Criminal, que reúne Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público, Tribunal de Justiça e Administração Penitenciária.

Essa semana foi publicado pelo @fogocruzadoapp , @disque_denuncia , GENI/UFF e @NewsPista um mapeamento de grupos criminosos armados que atuam no Rio de Janeiro, que revela uma extensão impressionante. Segue um fio sobre os méritos e desafios desse trabalho. Há muitos trabalhos sobre guerras no Rio de Janeiro, sobre histórias de traficantes, mas não existem dados sobre como o controle de território evoluiu, como se expande, quais as áreas historicamente mais disputadas, quais as consequências e causas desse controle e suas disputas.

Segue fio para colocar em perspectiva as estatísticas criminais do Rio de Janeiro divulgadas hoje. Vou citar números para a cidade do Rio de Janeiro, para permitir comparações com outras cidades do Brasil e do mundo. Em 2019, a taxa de homicídios dolosos do Rio foi de 17 por 100 mil habitantes, o menor valor já registrado. No conjunto de letalidade violenta, a taxa é 29 por 100 mil. Esse indicador inclui mortes pela policia e é o mais próximo do contabilizado pela área de saúde.

O Centro de Pesquisa do MPRJ (CENPE/MPRJ) publicou documento que apresenta, em 10 pontos, uma análise sobre a letalidade policial no estado do Rio de Janeiro, que vem aumentando sucessivamente nos últimos anos. Segue o fio. Nos últimos anos, as mortes por intervenção de agentes do Estado no RJ apresentam um crescimento acentuado. A média mensal em 2015 foi de 54. Em 2018 foi de 128. Em 2019, entre janeiro e agosto, a média no Rio alcançou o número de 156 vítimas por mês.

1/10 Ao editar o decreto de flexibilização de acesso a armas dia 8 de maio, o presidente cumpriu sua promessa de campanha ao pequeno grupo de eleitores que desejava tal medida, mas colocou em risco todos os outros brasileiros que desejam morar em um país mais seguro. Explico: 2/10 Antes do decreto, qualquer pessoa portando arma era suspeita, visto que o porte era extremamente limitado, o que facilita a identificação de criminosos. Com a flexibilização, a polícia precisará questionar se uma pessoa armada tem o porte da arma e qual arma possui.