Esse ano estamos mais uma vez diante de uma encruzilhada. Somos todos testemunhas e atores de um momento histórico: mais do que escolher entre planos de governo e candidatos, somos convocados para selecionar e legitimar qual sistema de governo queremos para o país. E essa escolha se dá em um país mais fraco politicamente, com mais raiva, menos esperançoso e mais dividido do que há 4 anos.

Ao invés de sermos convocados para escolher entre estratégias para responder aos problemas que nos acompanham desde a formação da república - miséria, +

Metade de 2019 passei girando em falso. Um sentimento constante de carro desgovernado, ladeira abaixo, de não dar conta, de angústia por tudo que não foi feito, de que as tartarugas estavam me escapando, de que o que eu fazia não era bom o suficiente. Sempre com pressa, sempre atrasada, sempre impaciente. Constantemente para além do esgotamento. Passei muito medo de ser desmascarada - síndrome do impostos gritando na orelha. Passei muita raiva o tempo todo - quando a corda tá tensionada nesse tanto, tudo é a gota d’água.