1/7 As forças armadas não são um poder separado, elas são um MUNDO à parte! Usando a LAI, o @leocanti do @sbtnews obteve os dados de raça/cor das nossas tropas. O resultado é uma piada de mal gosto! Segue a matéria abaixo e um resumo no fio: sbtnews.sbt.com.br/noticia/brasil… 2/7 Além dos brancos, pretos e pardos, o exército computa a “cútis” “morena”, “parda”, “parda clara” e “parda escura”. Indígenas e amarelos simplesmente não existem! Essas categorias parecem ter saído de um manual de eugenia, né? Pois saíram mesmo! Segue 👇🏽

1/6 A bolsa PQ do @CNPq_Oficial é um fomento mais livre de amarras burocráticas e central no acesso a outros recursos. Porém, ela tem problemas de desenho, tanto por não contemplar critérios inclusivos, quanto por se basear em parâmetros pouco claros e oscilantes. Segue o 🧶:

https://twitter.com/cnpq_oficial/status/1739970301059039385

2/6 Sem critérios inclusivos, a bolsa PQ vai na contramão de outros financiamentos. Seria preciso incorporar a ela bônus de maternidade e cotas de gênero, raça e geração. Sem contemplar os novos grupos q chegam à ciência, não há incentivo p produtividade

Entrei agora nos principais jornais e nada sobre a criação de cotas raciais de 30% nos cargos comissionados do governo federal, medida anunciada pelo @igualracial_gov. É sem dúvida a ação afirmativa mais inovadora dos últimos anos, e eu posso dizer porquê + Tende-se a ver cotas como medidas contra desigualdades na redistribuição de recursos, mas elas surgiram sobretudo p reduzir a desigualdade de poder! Cotas no alto escalão da gestão pública incidem justamente nas posições de mando, com efeitos potenciais em toda ação estatal +

1/5 Muniz Sodré acerta quando diz q o conceito de “racismo estrutural” é tão amplo q deixa de denotar fenômenos claros. Porém, sua noção de estrutura padece do problema contrário: ela é tão restrita q só abrange sistemas fechados e juridicamente definidos. www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2… 2/5 Segundo, a ideia de q o racismo é uma sobrevivência ideológica da escravidão (uma forma social escravista), muito comum nos anos 40/50, já foi desconstruída por nomes como Lélia Gonzalez e Carlos Hasenbalg. Ambos mostram q o racismo é moderno e não um arcaísmo local

1/10 No ano da revisão da lei de cotas, eu e @MarciaLima1971 reunimos vários grupos de pesquisa para lançar o Consórcio de Acompanhamento das Ações Afirmativas 2022 (CAA22). O resultados estão publicados em nossa página no @nexopoliticas, seguem alguns:
pp.nexojornal.com.br/index/2021/Cot… 2/10 Ações afirmativas no ensino superior vão muito além da política de cotas. Pouni, Fies e a expansão das vagas também diversificaram toda a educação superior. O @asenkevics mostra q pretos, pardos e indígenas eram 15% dos discentes em 92, contra 45% hj:
pp.nexojornal.com.br/opiniao/2021/I…

No doutorado, eu estudei como @folha e @JornalOGlobo administraram a polêmica das cotas. Ora insuflando, ora contendo o debate, as editorias oscilaram entre concepções díspares de jornalismo p justificarem critérios distintos de cobertura, exatamente o q está acontecendo agora 👇🏽 Entre 2001 e 2011, os jornais deixaram de se apresentar como “espaços de denúncia do racismo brasileiro” p debaterem “se o Brasil seria racista ou não”. Essa transição só foi possível pq eles abdicaram de uma concepção “iluminista” de imprensa por outra mais “polemista”👇🏽

@Manobrown e @LulaOficial são os reais mitos-vivos deste país. Não só por suas trajetórias e contribuições, mas pela inteligência e sagacidade fora do normal. A entrevista de fato deixou a desejar, mas tb explicitou traços do pensamento de Lula sobre a nossa questão racial👇🏽 Minha hipótese é q Lula nutre uma visão Florestaniana do nosso racismo. Tudo se passa como se a desigualdade racial fosse uma herança da escravidão, a ser solucionada pela organização do movimento negro em prol de políticas redistributivas e de uma agenda modernizadora mais ampla

1/7 Definir um TEMA DE PESQUISA é a mais pessoal e difícil escolha acadêmica q faremos. Pessoal pq depende de anseios e preferências íntimas. Difícil pq escolhemos participar de uma área temática antes de conhecê-la efetivamente. Como escolher um tema, então? Segue o fio: 2/7 Um bom tema nos mantém curiosos por muito tempo, com vontade de pesquisá-lo. Logo, escolha pesquisar algo q te aguça mais questões do q certezas. Vc pode ter convicções sobre a violência urbana no Brasil, mas se não tem perguntas ou dúvidas, não deve fazer pesquisas sobre

1/8 Essa é a época em q meus orientando(a)s e aluno(a)s do doutorado começam a pirar (alguns, literalmente) com a finalização da tese. Eu tenho uma lista de conselhos q sempre dou e acho q pode ser legal compartilhar aqui com mais pessoas q estejam na mesma saga, segue o fio: 2/8 Sua tese vai para o lixo:
Você pode até transformar sua tese em artigos e livros importantes, mas isso envolve modificá-la. Mesmo que ela seja premiada, sua publicação integral ou em partes demandará revisões. Logo, o formato defendido é apenas uma versão dentre várias.