O homicídio - e já não tem outra forma de descrever o ocorrido - em Paraisópolis é o fato mais escabroso já registrado em uma eleição pro governo de São Paulo. Há dúvidas sobre o ocorrido, mas uma certeza: a campanha do Tarcísio tem as mãos sujas de sangue. (1/n) Na hipótese mais benevolente foi um erro monstruoso de cálculo da equipe de segurança do candidato e da polícia: imaginaram que se tratava de uma ameaça, responderam com força desproporcional e mataram um inocente. (2/n)

Pessoal, entendam um negócio: o que se proclama liberal na economia e conservador nos costumes é só um sujeito que quer pagar menos imposto e oprimir, se possível com a máquina do Estado, as minorias. Esse nunca deixou de estar com Bolsonaro. (1/n) Talvez tenham críticas pontuais aqui e acolá. Alguns se sentem mais limpinhos em público para abraçar algumas abjeções com as quais concordam no privado. Daí que, nesse segundo turno, tentam llimitar arroubos autoritários do Bolsonaro a "falas dentrambelhadas". (2/n)

Sobre Bolsonaro e pedofilia: não acho que seja ou não tenho subsídio para afirmar que seja. Dito isso, é um cara que apresenta um comportamento invasivo com criança que assusta. Quando tira a força uma máscara: Ou quando faz chacotas com duplo sentido sexual com uma menina ao lado de outros marmanjos:

Passada a emoção do dia em que a tragédia da morte de Dom e Bruno foi confirmada, é importante não perder de vista passos que ocorreram desde o desaparecimento até a confissão dos supostos assassinos. Não, esse caso não se encerra com a confissão, ainda que verdadeira. (1/n) Acredito que o tal Pelado e seu irmão tinham, na cabeça deles, motivos para cometerem o crime. E acredito ser provável que tenham sido eles os algozes. Mas isso é só o começo da investigação. Existem estruturas de poder que sustentaram essa ação. (2/n)

Estatística, quando apurada de forma correta, não mente. A interpretação dos dados é que pode levar a conclusões erradas. IBGE acaba de divulgar a taxa de desemprego de maio. Subiu, mas menos do que o esperado. E o rendimento médio real teve mais uma alta. Então foi bom? (1/n) Não, foi péssimo. Mercado ``errou'' por não ter conseguido captar o impacto do aumento do desalento - aquelas pessoas que por conta da crise nem procuram emprego - o que reduziu a taxa total de desempregados. Ao todo, 7,8 milhões de pessoas deixaram de trabalhar. (2/n)

Especialistas em epidemiologia, pergunta honesta: faz algum sentido falar em imunidade de rebanho sem vacina? Estava aqui pensando sobre a teoria, vocalizada mais de uma vez pelo presidente, de que o vírus só será vencido quando 70% da população for contaminada (1/n) Em tese, o patamar dos 70% pode fazer sentido. Mas uma coisa é fazê-lo via vacinação, inoculando uma carga viral baixa e atenuada, que permita que a imunidade do corpo reconheça, se prepare e vença a ameaça e daí se torne apto a enfrentar uma contaminação real (2/n)

Respeito muito o Fabio, mas aqui o dado real acaba desinformando. Embora a comparação com bolsas famílias e Previdência possa ser possível em termos de grandeza, é como dizer que bananas e melões são a mesma coisa, já que são todas frutas. Ligeiro fio explicando (1/n)

https://twitter.com/blogdopannunzio/status/1222474647603699712

A comparação do que podia ter sido feito com o pagamento de juros teria de usar as despesas primárias para ficar mais correta. Nesse caso, o orçamento da Previdência teve um déficit superior a R$ 200 bi no ano passado - isso foi o quanto a receita ficou abaixo da despesa. (2/n)