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Seções eleitorais (em geral, salas de aula nas quais cerca de 400 pessoas votam em uma única urna) nos dão informações granulares sobre as eleições. Com elas, podemos saber, por exemplo, se urnas com eleitores mais escolarizados votaram mais ou menos em Bolsonaro.
No mapa acima, a alteração na base de Bolsonaro é indicada pela cor dos pontos: os mais vermelhos representam municípios nos quais Bolsonaro teve um percentual de votos válidos em 2022 menor do que na eleição de 2018; os mais azuis, o contrário.
No gráfico acima, a perda de votos é indicada pela linha tracejada: pontos acima dessa linha são municípios nos quais Bolsonaro melhorou seu desempenho em votos válidos em relação a 2018. Em municípios pequenos onde teve desempenho ruim, ele melhorou agora.
Como o gráfico acima mostra, a votação de Haddad está associada positivamente com a de Dilma na última eleição. O que isso quer dizer? Que é possível predizer razoavelmente bem a votação do primeiro sabendo apenas a votação da segunda. Mas há uma questão importante aqui.
Para esclarecer, o que o gráfico mostra é que, em média, Bolsonaro teve uma votação mais ou menos próxima da de Aécio em 2014 em todos os municípios. Bolsonaro foi bem em um, provavelmente Aécio também foi. A principal diferença são os municípios grandes (pontos maiores).
Muitos dos municípios com maior pobreza estão localizados no nordeste. O mais interessante, contudo, é que essa associação não é exclusividade da região: o mesmo padrão é ou menos o mesmo em todas as outras.