Ah, faça-me o favor. A pessoa PROPOSITALMENTE mistura duas questões completamente diferentes para posar de vítima. Porque ela SABE que são duas questões diferentes. Mas já percebeu que ganha seguidores adotando certa postura e mistura questões pra potencializar isso.

Vamos lá: 1) Eu não citei NINGUÉM em particular por tirar foto com apoiadora de genocídio. E muito menos falei se tratar de homem ou mulher. Eu falei sobre QUALQUER UM que tire e poste essas fotos com pessoas que batem palmas pra quem mata criança.

Bom... em primeiro lugar, a disputa já acabou. Oppenheimer vai sair da cerimônia carregado de troféus. A equipe de marketing da Universal pode até economizar na campanha se quiser. Em segundo lugar, qualquer chance que Assassinos da Lua das Flores pudesse ter foi eliminada com a não-indicação a Roteiro Adaptado. O fato de DiCaprio também ter sido esnobado sugere, além disso, que o apoio da cadeira (ou branch) da categoria está longe de ser unânime.

Porque é uma das coisas mais horríveis que vi em toda minha vida. 11 mil pessoas mortas em um mês - mais de 4 mil crianças. E não só ninguém faz nada como vários países tentam REPRIMIR protestos contra os criminosos. Por uma questão humanitária básica, preciso(amos) gritar.

https://twitter.com/analu_ribass/status/1722700541233332520

Daqui a vinte ou trinta anos (se eu chegar lá, o que duvido), não quero ter que ler os relatos sobre o horror do que está acontecendo e me envergonhar por ter ficado calado.

Spielberg é um cineasta cujo judaísmo é presente em praticamente todos os seus filmes, de uma maneira ou outra. Em "Munique", há uma cena em que um membro da OLP expõe ao protagonista (ligado ao Mossad) por que os palestinos resistem à opressão de Israel - e é belíssima. Infelizmente, Ali (Omar Metwally) acaba revelando um otimismo em relação à humanidade que estamos vendo ser injustificado.

Avner: Vocês não têm nada com o que possam barganhar. Nunca irão recuperar a terra. Morrerão de velhice em campos de refugiados esperando a Palestina. +

Acabo de receber release informando que a produtora do filme O Som da Liberdade fechou “parceria” com o Brasil Paralelo. O filme foi abraçado nos EUA pela extrema-direita e pelos malucos conspiracionistas QAnon.

Agora querem saber uma coisa interessante? + O protagonista do filme, vivido por Jim Caviezel (outro maluco amado pelo QAnon), é um sujeito chamado Tim Ballard (aliado de Trump, por sinal) que na última semana foi alvo de várias denúncias de assédio sexual, sendo afastado da organização que ele mesmo fundou.

Vamos lá: quem sabe se eu desenhar esse pessoal entende?

1) Bruna Marquezine está muito bem em Besouro Azul. Inclusive com um inglês tão bom que, caso emplaque outros trabalhos, posso garantir que algum dia algum diretor pedirá que ela force um sotaque. 2) O filme em si é - sendo gentil - medíocre. Genérico, condescendente, previsível. O tipo de filme que traz alguém dizendo que o outro "deve ouvir seu coração".

3) Para a atriz, estrelar uma superprodução de um grande estúdio É uma conquista.

4) "Nosso" é um pronome coletivo.

O cara tentou indicar o filho pra ser embaixador nos EUA.

Divulgou medicamentos inúteis contra COVID.

Contribuiu ativamente para a morte de 700 mil pessoas durante a pandemia.

Tentou contrabandear joias sauditas.

Disse ter “pintado um clima” com uma garota de 15 anos. Zombou dos mortos pela COVID-19.

Defendeu e homenageou milicianos.

Homenageou um dos maiores monstros que a ditadura produziu.

Implementou - com toda a família! - esquemas de rachadinha ao longo da carreira política.

Incentivou ataques ao meio-ambiente.

Meus favoritos aos prêmios do @Festival_Cannes são… aliás, primeiro, uma consideração:

Quem ganha a Palma de Ouro não pode vencer outras categorias. Assim, como eu gostaria MUITO que Kôji Yakusho vencesse como Ator, isso tiraria Perfect Days do páreo. Ao mesmo tempo, o trabalho de direção de Anh Hung Tran merecia distinção, mas isso tiraria La passion de Dodin Bouffant da disputa principal.

Tsc. E eu ficaria feliz com a Palma tanto para La Passion quanto para Perfect Days.

Hum.

Ok, vamos lá:

Vi hoje um ressentido trazendo questão de 12 anos atrás como se eu defender paixão na profissão fosse o mesmo que defender que alguém se apresente como profissional sem ter respeito com o leitor para estudar o mínimo sobre o que quer discutir. Uma pessoa que se apresentava como crítico de cinema e não sabia (juro; está registrado em vídeo) que existe algo chamado… atenção… TEORIA cinematográfica. Sim, “teoria”, no geral assim mesmo. TE-O-RI-A.

1) Jeanne du Barry - Suas virtudes técnicas - e são muitas - não são o bastante para responder por que devemos nos importar com a protagonista ou com suas dores amorosas. 3/5 #Cannes2023 2) Anselm - Wenders prova novamente sua impecável compreensão sobre o 3D ao usá-lo para refletir a imersão crescente do artista-título em sua própria obra. 4/5 #Cannes2023

Eu abomino plágio. Abomino. Sinto um ódio absurdo por quem rouba o trabalho alheio - e nunca consegui entender por que alguém faz isso; eu me sentiria humilhado se soubesse que tive que copiar o esforço de alguém em vez de criar algo original.

Comparem. O pior é que eu tenho certeza de que a pessoa (que publicou “seu” texto num site conhecido, diga-se de passagem) nem se deu ao trabalho de reescrever a minha crítica original: simplesmente a jogou no ChatGPT e o instruiu para fazê-lo. As estruturas das frases são típicas.

Assisti ontem a dois filmes do início da carreira de Abbas Kiarostami (ou, melhor dizendo, pré-"Onde Fica a Casa do Meu Amigo?", que foi o que realmente o fez ser descoberto pelo resto do mundo): O Viajante, que ele dirigiu em 1974, e Alunos do Primeiro Ano, de 1984. Em ambos, a sensibilidade de Kiarostami para registrar o olhar infantil já se faz presente. "O Viajante", seu primeiro longa ("A Experiência" tem 53 minutos), acompanha o jovem Qassem (Hassan Darabi), que, morando num vilarejo, decide ir a Teerã assistir a uma partida de futebol.

Não seja patético. O que me fez mudar de ideia foi sua postura indefensável; o fato de ter te elogiado no passado não me obriga a seguir elogiando se você expõe a SUA desonestidade intelectual ao defender aqueles que fazem discurso golpista.

https://twitter.com/ggreenwald/status/1614423774853750786

Chega a ser inacreditável, @ggreenwald, que um cara da sua idade realmente se dê ao trabalho de buscar um tweet antigo de elogio como contra-argumento para críticas à sua postura atual. Mas que sua resposta seja apenas “Você gostava de mim” só indica a fragilidade da sua opinião.

Greenwald é o típico libertário que se incomoda mais em ver golpistas perdendo conta em rede social do que com a ameaça REAL à democracia, numa proteção à “liberdade de expressão” que ignora que esta vem com consequências quando infringem a Lei. Como norte-americano acostumado a destruir a democracia dos outros (ele apoiou fervorosamente a invasão do Iraque por Bush), Greenwald quer impor a Constituição dos EUA no Brasil - já que a nossa legislação deixa claro que incitar golpe militar é CRIME.

Não há como justificar a publicação da coluna vil de Anna Marina pelo @em_com. Não há liberdade de expressão/de imprensa que justifique um texto racista (contra negros e indígenas), capacitista e, sim, machista como este.

Ela chamou pessoas com deficiência de “estropiadas”! O @em_com tomou uma decisão consciente de publicar a coluna. O texto foi recebido, lido, editado e diagramado. Passou pelas mãos de várias pessoas antes de chegar à versão impressa. Não houve UMA pessoa pra dizer o óbvio: que aquele texto devia estar em um blog supremacista?

Se eu fosse obrigado a escolher apenas um gênero para acompanhar pelo resto da carreira, seria o documentário, cuja diversidade temática só é rivalizada por suas possibilidades narrativas - algo que os três últimos docs que vi ilustram bem. + O primeiro é "Domando o Jardim" (Taming the Garden), disponível no @mubibrasil. Dirigido por Salomé Jashi, o filme acompanha a remoção e o transporte de imensas árvores compradas pelo bilionário Bidzina Ivanishvili, ex-primeiro-ministro da Geórgia.

Olha que história maravilhosa: o direitista misógino Andrew Tate, que havia sido banido do Twitter e foi readmitido pelo novo dono, resolveu provocar @GretaThunberg. Pois é, um homem de 35 anos tentando insultar uma adolescente.

Só que mexeu com a pessoa errada. E pagou caro. Ele tuitou para a jovem ambientalista uma foto de um dos 33 carros que possui, orgulhando-se de como poluem, e disse que lhe mandaria a lista completa. A resposta dela o destruiu em duas linhas e ele viu a rede inteira rindo de sua cara.

Mas isso é só o começo.

O fato é que @LulaOficial não apenas é um indivíduo comprovadamente preocupado com o povo - em particular, com os menos favorecidos (pra mim, a característica mais essencial de um governante) -, mas um político de inteligência ímpar. Erra, mas isso é inevitável. + Uma composição ministerial num governo de frente ampla obviamente traria nomes que não agradariam a esquerda; foi uma concessão necessária para derrubar a extrema-direita. O importante é que fiquemos sempre atentos às ações destes corpos estranhos no organismo. Vigilância total.+

O novo dono desta rede já tomou muitas decisões absurdas e imbecis, demonstrando também sua aproximação da extrema-direita através de seus tweets e posições políticas.

Mas eliminar da rede um recurso voltado para ajudar na prevenção de suicídios é simplesmente perverso. O recurso em questão era importante por ser um modo ativo de tentar oferecer informações de apoio a pessoas com ideação suicida: quando alguém fazia pesquisas no Twitter com termos potencialmente ligados ao tema, surgiam contatos (telefones, sites) de ajuda, como o @CVVoficial.

Como o assessor de imprensa da CBF decidiu arremessar um gato que estava na bancada da coletiva, acho que cabe comentar rapidinho sobre como o mesmo tipo de surpresa (a intromissão de um felino num local de trabalho) resultou em um ARCO DRAMÁTICO em O Poderoso Chefão. A introdução de O Poderoso Chefão é fundamental por apresentar as duas faces dos Corleone: a da família e a da Família. Enquanto o casamento de Connie ocorre no jardim, no escritório de Don Vito favores são concedidos e o poder do Don é estabelecido.

A situação política nos EUA é, eu diria, desesperadora para quem valoriza a democracia e abomina o fascismo. O partido Republicano, dominado pelo trumpismo, assumiu de vez suas intenções de desrespeitar o voto popular sempre que este se mostre contrário aos conservadores. Além do infame “gerrymandering” (que redesenha distritos eleitorais para garantir a vitória de republicanos) e das estratégias de supressão de votos de minorias (especialmente negros), o trumpismo já demonstrou que vai usar as regras ridículas do colégio eleitoral contra o país.