Fiquei feliz ao saber que saiu na Ilustríssima uma resposta do @CEClynch ao texto que eu e @ThiagoKrause2 publicamos na semana passada. E fiquei também surpreso ao ler a resposta e verificar que não há nenhum engajamento explícito com nossos argumentos.

https://twitter.com/CECLynch/status/1287022143612624896

No entanto, como o texto se apresenta como um comentário ao nosso artigo e uma proposta de ampliação do debate, não pude deixar de entender que nosso texto era o referencial para a maior parte das afirmações de Lynch.

O debate sobre a retirada das estátuas em homenagem a racistas chegou ao Brasil, e isso é uma coisa boa. Se você acha que derrubar (ou remover) uma estátua é "apagar a história", segue o fio e eu vou explicar pq você está errado. ⤵️ Como eu sempre digo para meus alunos, história não é sobre o passado, é sobre o presente.

Primeiro, uma breve contextualização: essa semana, uma multidão derrubou e jogou no mar a estátua do Edward Colston. O @otto_orentil explica:

https://twitter.com/otto_orentil/status/1269696087373369351

Começo dizendo que manifesto meu repúdio aos brutais ataques sofridos pela @veramagalhaes.

Dito isso, a coluna de hoje levanta alguns pontos que merecem crítica e debate. E parte da retórica da Vera e reduzir o espaço para as críticas.

[1/7]

https://twitter.com/veramagalhaes/status/1234080897441435648

Esse trecho traz uma falsa oposição entre solidariedade e crítica. Ao apresentá-los dessa forma, a Vera tenta deslegitimar essa crítica específica que, repito, é legítima e importante.

E claro que isso também não implica que os críticos pensem que os ataques sejam "merecidos".

Jair B. soltou uma Medida Provisória alterando as regras das eleições para reitores (mas não só) nas Universidades e Institutos Federais. Belo presente! Thread de Natal pq esse governo não dá descanso. [1/15] Muita gente notou o grotesco erro de revisão ("listra tripla"), mas quero destacar três outros pontos (dois deles podem parecer positivos, mas abrem brechas importantes). [2/15]

Não é possível entender como a direita se apropria tão facilmente da Idade Média sem pensar também em como parte da esquerda contribui para isso.

Ao repetir mitos e preconceitos sobre o período, parte da esquerda joga a Idade Média no colo da direita. Thread. ⤵️

https://twitter.com/nadanovonofront/status/1203554218952601600

O primeiro passo é entender que a Idade Média é só um período histórico. E como todo período histórico, não se presta a classificações simplórias como "bom" e "ruim". A Idade Média não foi nem o paraíso sonhado pela direita, nem o inferno imaginado pela esquerda (cf. HFJ).

Esse editorial de hoje da Folha é uma aula sobre os limites da oposição liberal ao governo Bolsonaro.

Segue o fio.
www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/0… O ponto central aqui é a definição (implícita) de uma "oposição respeitável" ao bolsonarismo.

Essa definição se apoia em uma distinção entre "propostas conservadoras legítimas" e "[propostas conservadoras] que ameacem pilares do pacto civil".

O CAVALO DE BOLSONARO

Corre por aí um tweet maldoso dizendo que que se o Imperador romano Calígula pôde nomear seu cavalo - Incitatus - como cônsul, nada mais justo que o presidente Bolsonaro possa nomear seu filho - Eduardo - como embaixador do Brasil nos EUA. [1/12] Mas a piada não é só maldosa, também é injusta: Calígula nunca nomeou seu cavalo cônsul. As fontes mais antigas sobre o episódio – Suetônio e Dião Cássio - indicam apenas a intenção do imperador, não sua realização. [2/12]

I recently wrote about how the Brazilian far right has weaponized medieval history, both to construct a false version of Brazilian past and as a model for its future. I finished my text saying that academia had to counteract this.

Mangueira, a samba school in Rio, just did it. In a amazing parade last night, Mangueira not only deconstructed the conservative narrative about Brazilian history, but it also presented a new one - based on a a historiography that's not only wider and more diverse, but also more complex.