Escritor e tradutor, autor de O Crime do Bom Nazista e Tupinilândia (Todavia), Quatro Soldados e Homens Elegantes (Rocco), co-autor de Corpos Secos (Alfaguara).
Sep 17, 2021 • 5 tweets • 2 min read
Não gosto de chamar Homens Cordiais de "continuação", pq a ideia é cada livro funcionar de modo isolado, como são os de D'Artagnan, James Bond, Sharpe ou do Capitão Alatriste. É pensar um enredo em termos de "repetição com variações". Uma coisa que me ajudou muito nisso foi (+)
...o ensaio "As estruturas narrativas em Fleming", do Umberto Eco, que está no livro "O super-homem de massa: retórica e ideologia no romance popular". Eco analisa os 14 livros originais de James Bond aplicando análise combinatória aos enredos, criando o que ele chama de (+)
Sep 17, 2021 • 7 tweets • 4 min read
Ficção não é trabalho acadêmico que precise ficar citando fontes, mas romances históricos precisam de certo grau de fidelidade à época e aos fatos. Aqui, uma thread com cinco livros de não-ficção que foram essenciais para a construção do meu novo romance, Homens Cordiais👇 (1/7)
1. "Marquês de Pombal: Paradoxo do Iluminismo", de Kenneth Maxwell (Paz e Terra, 1996), e 2. "O Marquês de Pombal e sua época", de J. Lucio de Azevedo (Alameda, 2018), foram essenciais para compreender as tensões políticas do período, e o papel do Brasil nelas (2/7).
Sep 13, 2021 • 8 tweets • 4 min read
Um fio com 5 cenários de Homens Cordiais, meu novo romance histórico de aventura que sai pela @editorarocco e já está em pré-venda: o enredo se passa em Lisboa, em 1762, logo após a cidade ser arrasada pelo Terremoto de 1755. Eis alguns espaços que Érico Borges atravessa: (1/8)
Sob comando do Marquês de Pombal, Lisboa estava em plena reconstrução, prestes a se tornar a 1º cidade planejada moderna. A planta da Baixa Pombalina, como era na época, estará impresso no verso da capa (2/8)
Sep 10, 2021 • 6 tweets • 2 min read
Um bom romance histórico se faz com algumas participações especiais históricas. Em Homens Cordiais, uma delas é Teresa Margarida da Silva Horta, 1ª mulher a publicar um romance de ficção em português, Aventuras de Diófanes, sob o anagrama Dorothea Engrassia Tavareda Dalmira (1/6)
Porque o pseudônimo? Portugal não era dos países mais avançados no século 18, e se uma mulher publicando algo já não seria bem visto, ficção em prosa ainda por cima, então moda recente burguesa, ao invés da nobre e aristocrática poesia, era pior ainda, eis a necessidade (2/6).
Jun 17, 2021 • 5 tweets • 2 min read
Minha tradução de As Minas do Rei Salomão sai pela @Todavia em 07/07. Agora, se vc acha qjá leu esse livro pela versão do Eça de Queiroz, então deixa te contar: vc nunca leu As Minas do Rei Salomão. Aqui, um curto fio sobre isso (1/4)
Eça adaptou, mais do que traduziu. Fez cortes, acréscimos, alterações. Na mais mudança expressiva, excluiu 6 pg. descrevendo uma batalha épica entre exércitos rivais dignas de Conan, que resumiu num parágrafo: "Todos estes medonhos conflitos de selvagens se assemelham". (2/4)