Em 2010, fui aprovado na UFBA em Letras. Em uma aula de introdução à Lingüística, uma professora não deu aula e falava mal de Lula e da política de cotas raciais.
A professora foi acompanhada de outros tantos alunos brancos, pardos e negros no discurso anti-Lula e anti-cota. Fui o único a levantar a mão e desafiar a sala a fazer um debate honesto sobre as cotas raciais.
Ouvi gente chorando, alegando que tinha passado fome e que era contra as cotas.
Gente antirracista que era contra as cotas.
E os brancos que já tinham o privilégio de ser contra.

Elucubrações teóricas
Há um tempo penso em falar sobre isso. Às vezes, seguro-me um tanto porque o processo de escrita é uma maneira de dialogar com pessoas que estão no "mesmo" campo político. Ou, de certa forma, próximo.
Vivemos, decerto, um momento problemático na história. + O capitalismo, a cada dia, mostra o quanto é falho. É um castelo de areia em fase de declínio, assim como foi o feudalismo. A questão é: o que vem depois? Qual sistema de governo virá pós queda do sistema capitalista, na medida em que a classe trabalhadora está despolitizada? +

Em minha dissertação, eu faço uma análise discursiva sobre os sentidos de Ações Afirmativas, no mundo e no Brasil. Não esgoto o assunto, mas trago uma perspectiva, entre tantas possíveis. As ações afirmativas têm suas origens na Índia. Segue No pós-guerra, a ONU determina os sentidos do que seria ação afirmativa e as várias ações Afirmativas. Isto é,uma forma de reparação em várias instâncias: raça, gênero, etnia, cor etc... Era uma maneira de tentar reestabelecer algumas situações dos efeitos da guerra e colonização