a tirada "adivinha o ddd", querendo menosprezar, reafirma a excepcionalidade do rio de janeiro. e o carioca não precisa de reforço positivo, esse já é um povo com excelente autoestima (o que, aliás, faz parte do charme). vc pode até tentar convencer alguém que violência, pobreza e precariedade são traços mais comuns no rio de janeiro do que em qualquer outro canto desse país. é um jeito de se sentir mais seguro e mais rico, enquanto o carioca não perde uma gota de seu orgulho ou senso de humor.

influência do inglês no nosso léxico não me incomoda, mas na sintaxe, sim. frases terminadas com preposição (a causa que eu lutei por/ contra, o assunto que preciso falar sobre, etc) me dão um pouco nos nervos. muitos não sabiam que essas estruturas (preposição no fim da frase) são espelhadas do inglês.
é assim mesmo que funciona, a língua tem suas tentações e os falantes, suas preferências. os empréstimos ganham nossos trejeitos, participam da constante remodelagem do idioma.

o último quadro de van gogh, pintado dias antes de sua morte, parecia um enigma: por anos, estudiosos viram ali indícios da mente transtornada que o conduziu ao suicídio ou de um princípio de experimento de arte abstrata, não figurativa. só recentemente (de verdade, foi em 2020), olhando umas cartas postais da cidade onde o pintor morreu, um crítico reconheceu o lugar representado (van gogh atirou contra si a poucos metros dali, inclusive):

começo de ano chegando e as pessoas se engajam em várias resoluções, uma das mais comuns é começar um curso de língua estrangeira. seja lá qual for, essa é uma decisão que eu sempre saúdo e encorajo. sendo francês, vou dar umas sugestões:

(tô de bobeira, vou cometer uma thread) aprende-se de muitas formas mas, fora de uma situação de imersão (um intercâmbio por exemplo), é preciso cerca de 200 horas de curso/estudo pra chegar ao nível intermediário. mais umas 300 ao avançado. isso varia de pessoa pra pessoa, mas não radicalmente.