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May 4, 2021, 13 tweets

Desde a última semana, a Colômbia vem vivendo dias de intensos protestos de rua, com repressão excessiva do governo, que já matou ao menos 19 pessoas.

A discussão sobre a reforma tributária apresentada pelo presidente Iván Duque envolve até mesmo esportistas famosos do país.

A reforma havia sido apresentada por Duque em meados de abril, e aumentava de forma significativa os impostos sobre a classe média e os mais pobres.

A pressão fez com que o governo voltasse atrás na proposta, mas não sem antes enviar militares para conter os manifestantes.

Quando uma situação assim acontece, há sempre uma cobrança para que ídolos do esporte se pronunciem.

Em 29/4, quando os protestos já explodiam, alguns colombianos se revoltaram com James Rodríguez, que não só não falou do assunto como estava fazendo propaganda de óculos de luxo.

Já ex-jogadores como o goleiro René Higuita prontamente apoiaram os protestos e criticaram a reforma

Outros como Miguel Ángel Borja, ex-Palmeiras, preferiram se manifestar dizendo que não eram nem a favor da reforma tributária, nem de Gustavo Petro, político de esquerda derrotado por Duque nas eleições de 2018. Meio que um "nem Lula nem Bolsonaro" deles.

Quem não se omitiu, porém, foram as torcidas.

Nas grandes cidades do país, as barras de Nacional, DIM, América, Millonarios, Junior, Once Caldas, Pereira e outros clubes não só convocaram manifestações como estiveram presentes, engrossando a presença de gente nas ruas.

Aqui, por exemplo, vemos a torcida do Deportivo Cali improvisando uma música contra a reforma durante uma manifestação pacífica.

Mesmo com o governo recuando neste momento, os protestos seguem.

Ameaçam até a realização do jogo entre Santa Fe e River Plate amanhã, pela Libertadores. Manifestantes desejam impedir o jogo pra alertar o mundo sobre a situação.

A Conmebol garante que terá partida, sem falta.

“Diante da situação da Colômbia, rechaço todo ato que viole os direitos humanos. Faço um chamado pelo NÃO À VIOLÊNCIA, e peço que se valorize e se respeite o direito à manifestação pacífica”, disse Falcao García há pouco no Twitter.

Vale dizer também que, dentro de um mês, teremos Copa América na Colômbia, com a Argentina como outra sede.

Como se não bastassem os abusos governamentais, a situação da pandemia é grave em diversos dos países do continente.

Será jogada? Em que condições? Faz sentido?

O Copa Além da Copa fala de esporte, política, história, cultura e sociedade.

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A Conmebol deu o prazo de duas horas para que as autoridades de Armênia garantam reforços políciais para a partida entre Santa Fé x River Plate, caso contrário ela será suspensa.

É a segunda vez em dois anos que protestos populares na América do Sul têm influencia direta na Libertadores.

Contamos o que aconteceu ano passado no Chile nesse texto para o Ludopédio: ludopedio.com.br/arquibancada/a…

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