Homem abre tórax da própria tia com uma faca, arranca o coração e leva para a filha dela.
No dia 2 de julho de 2019, um homem foi preso suspeito de matar a própria tia em Sorriso - MT, há cerca de 420 km de Cuiabá. De acordo com as autoridades, ele teria arrancado o coração da mulher e entregado para a filha da vítima.
A vítima foi identificada como Maria Zélia da Silva, de 55 anos, e foi morta a facadas dentro da própria residência, localizada no bairro Vila Bela, pelo sobrinho Lumar Costa da Silva, de 28 anos.
O homem é usuário de drogas e confessou o crime à família. O suspeito foi abordado pela Polícia Militar na rua das Videiras, pois estava bastante transtornado, sendo preso naquele momento.
De acordo com familiares da vítima, Lumar costumava morar em São Paulo e viajou para Sorriso, onde ficou hospedado na casa da tia. Após um tempo, Maria descobriu que o sobrinho era usuário de drogas e pediu para que ele fosse embora.
O primo do suspeito, filho da vítima, chegou a providenciar uma quitinete para que Lumar ficasse temporariamente, mas isso não o impediu de voltar para cometer o crime.
Patrícia Cosmos, filha da vítima, viu o suspeito após o crime, pois ele teria ido até ela para entregar o coração de sua mãe. Segundo a moça, o primo estava “fora de si” e exigia que ela entregasse a filha dela, de apenas 7 anos. O homem roubou o carro de Patrícia e saiu de casa.
Segundo o perito Nilson Carlos Dalberto, o suspeito utilizou 2 facas para matar Maria. Conforme a perícia, a mulher tinha 3 ferimentos no tórax e pescoço, e acredita-se que ainda estava respirando enquanto o sobrinho abria seu tórax.
“Ela apresentava espuma na boca, o que provavelmente indica que, durante a abertura do tórax, ainda estava respirando, mas não é possível dizer se ela estava consciente ou não. É um fato completamente fora do comum, muito diferente do que a gente está acostumado a ver”, declarou
O corpo da vítima foi levado ao IML, já Lumar foi preso e levado à delegacia da Polícia Civil. No dia 10 de julho, ele prestou depoimento e, ao sair do local, declarou à imprensa que ouviu “vozes” do universo o orientando a cometer o ato, e ainda disse não estar arrependido.
Oito dias depois, ele foi transferido do Centro de Ressocialização de Sorriso (CRS) para a Penitenciária Osvaldo Florentino Leite Ferreira, mais conhecida como Ferrugem, em Sinop, há 503 km da capital.
Durante a transferência, Lumar foi flagrado por um agente tentando enforcar outro preso dentro do camburão onde eram transportados. O agente ouviu gritos de socorro e flagrou o momento em que Lumar ameaçou o outro preso, dizendo que quebraria seu pescoço.
As autoridades afirmaram que essa agressão seria investigada. Segundo a Sesp, a transferência foi necessária como medida de segurança, por conta das circunstâncias que envolvem o crime e o perfil de Lumar.
Foi a própria direção do CRS que pediu a transferência do preso para a penitenciária de Sinop. Para o delegado, o sobrinho é uma pessoa fria, age como se nada tivesse acontecido e não demonstra arrependimento. Um lado psiquiátrico chegou a ser solicitado durante a investigação.
O laudo entregue à justiça aponta que Lumar possui Transtorno Afetivo Bipolar, e não tem condições de viver em sociedade. Ele foi ouvido por duas horas durante o exame de perícia médica feita na Politec, localizada em Cuiabá, e estava acompanhado do pai.
De acordo com o laudo feito por uma psiquiatra, Lumar possui insanidade mental, e ela ainda recomendou que o suspeito fosse encaminhado imediatamente para tratamento psiquiátrico vitalício.
Durante o exame, ele afirma que foi agredido verbalmente e fisicamente, principalmente pela mãe, durante a infância. Disse também que, por diversas vezes, ela o agredia durante o banho, batendo sua cabeça contra a parede, chegando a quebrar 2 cabos de vassoura em seu corpo.
Relatou também que várias ofensas eram comuns, e que a mãe constantemente dizia que ele não era humano e que não prestava. Lumar também afirmou escutar vozes do universo que diziam que ele era escolhido de Deus e tinha super poderes.
Contou que foi demitido do trabalho após diversas alterações de humor e brigas com colegas do serviço. Lumar disse que estava sob efeito de drogas, e não tinha noção do que era realidade e do que era fantasia.
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