Luiza Caires - jornalista de ciências Profile picture
Editora de Ciências do Jornal da USP #SciComm 🏳‍🌈 ela/a

May 23, 2021, 12 tweets

Híbridos humanos-robôs estão em vários episódios da ficção Love, Deaths & Robots.

Mas nos laboratórios da vida real pesquisas caminham em direção a esta integração.

Imagina o que poderíamos fazer com um dedão a mais🤖🖐️

Será que nosso cérebro reconheceria essa nova parte?🧶👇

Os primeiros indícios apontam para o "sim'', desde que treinado. Uma equipe da University College London treinou pessoas para usar um polegar robótico extra e descobriu que elas podiam realizar tarefas que exigem habilidade, como construir uma torre de blocos, com só uma mão.

Numa avaliação subjetiva, os participantes também relataram sentir cada vez mais que o dedo extra fazia parte de seu corpo...

Os cientistas escanearam os cérebros dos participantes com Ressonância Magnética, enquanto eles moviam os dedos (sem usar o polegar extra), e descobriram mudanças sutis em como a mão que havia sido expandida era representada no córtex sensório-motor do cérebro.

As diferenças entre a representação dos dedos ficaram menores. No nosso cérebro, cada dedo é representado distintamente dos outros; entre os participantes examinados, o padrão de atividade cerebral correspondente a cada dedo ficou mais parecido (menos distinto).

Os resultados são preliminares e outros estudos são necessários para se compreender melhor como se dão estas mudanças. Mas o estudo deu um primeiro passo importante.

Primeiro, ao mostrar como neurocientistas podem trabalhar em conjunto com designers e engenheiros para que dispositivos de aumento deste tipo aproveitem ao máximo a capacidade de aprendizado e adaptação do cérebro.

E claro, verificando como podem ser usados ​​com segurança.

A evolução não nos preparou para usar uma parte extra do corpo. Para estender nossas habilidades, o cérebro precisará se adaptar à representação do corpo biológico, diz Tamar Makin, um dos autores.

E se você está se perguntando a utilidade prática disso, imagine um cirurgião com uma das mãos ocupadas. Ou o uso desta mão 2.0 em qualquer atividade que exige grande habilidade manual...

Além disso, próteses para pessoas com deficiência podem ser aprimoradas com o conhecimento trazido por esse tipo de pesquisa. Mesmo que não se coloque um dedo a mais na prótese.

O estudo começou com um trabalho na graduação da designer Dani Clode, que depois se junto ao time dos neurocientistas Tamar Makin e Paulina Kieliba.

Artigo científico na Science Robotics:
robotics.sciencemag.org/content/6/54/e…

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