Eis que rolou um #GregNews que abordou o potencial terapêutico dos psicodélicos. Bora conversar em um #cordel sobre o episódio 12 da temporada 2021 do programa de jornalismo e humor de @GDuvivier na @HBO_Brasil? Siga aí.
Antes de tudo, vá lá e assista ao episódio. Só faz sentido você ler o que eu vou dizer aqui se já tiver assistido ao vídeo, que tem pouco mais de 25 minutos e se chama "PARE DE SOFRER" (sim, é isso mesmo, o bordão da Universal, e isso não é por acaso).
Pra começar, considero que a equipe fez uma costura muito boa na parte científica, algo que não é muito fácil em um programa curto, não dedicado à divulgação científica e que precisa ser engraçado.
Vou evitar pagar de chato e listar essas imprecisões. Se quiserem saber quais, digo, no estilo Herbalife: me perguntem. Podem chutar aqui também e eu respondo, que fica até mais divertido o diálogo.
Por ora, basta saber que são poucas e não prejudicam a mensagem geral.
Como psiquiatra, porém, faz parte da minha missão dar o toque que os velhos conhecidos deste perfil já conhecem e o programa não abordou: o fato de que os psicodélicos não são para todos. Como em qualquer modalidade terapêutica, há perigos e contraindicações.
Se você tem um diagnóstico de esquizofrenia, transtorno bipolar ou alguma outra psicose, tudo indica que os psicodélicos não são para você, por risco da indução de crise. Embora seja menos claro, os estudos também têm, em geral, evitado incluir pessoas com transtorno borderline.
Também vale dizer que os psicodélicos não vão resolver o problema de todo mundo de forma mágica. Se regularizados, eles serão novas opções que se somam, e não curas milagrosas. E já sabemos o suficiente para dizer que há pessoas com transtornos mentais refratários a eles.
Nesta edição recente do 'Opinião' da @TVCultura em que eu e o Marcelo Leite participamos (vou falar de novo sobre ele no tuíte seguinte) houve um bom tempo para discutirmos os prós e contras do uso terapêutico de psicodélicos (e um pouco também da cânabis)
Outra dica para quem quer saber mais é ler o livro do @MarceloNLeite, 'Psiconautas: viagens com a ciência psicodélica brasileira', recheado de informações, histórias e experiências pessoais interessantes sobre os psicodélicos. O livro apareceu no #GregNews também.
O final do episódio, falando de amor incondicional me tocou bastante. Em parte porque justamente é pelo impacto pessoal desse amor gerado por psicodélicos que eu os estudo, mas também porque estamos precisando MUITO disso em um país governado por alguém com traços de psicopatia.
Enfim, quero dar os parabéns ao Greg @GDuvivier e à galera da produção que eu conheço: @DenisRB, Bruno @Torturra e, especialmente, a @FernandaMena, com quem tive o prazer de interagir bastante quando ela estava preparando a parte jornalística do episódio. Valeu, galera!
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