A pauta da desnazificação da Ucrânia não é nova. Há anos a Rússia vinha denunciando a fascistização do país e as violações de direitos humanos cometidas por neonazistas ucranianos. Em maio de 2014, a Exame já havia publicado matéria a respeito.
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exame.com/mundo/russia-c…
Em um relatório elaborado em 2014, o governo russo já apontava que neonazistas ucranianos eram os responsáveis pelos assassinatos de manifestantes de Kiev que serviram de justificativa para a derrubada de Viktor Yanukovitch. Também denunciou a influência externa no processo.
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O ex-presidente ucraniano referendou as acusações sobre a ascensão de um regime neonazista em Kiev. Nessa matéria publicada pelo El Pais em março de 2014, Yanukovitch asseverava que a Ucrânia estava sendo governada por "um grupo de neonazistas".
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brasil.elpais.com/brasil/2014/03…
A ascensão do neonazismo no Leste Europeu ocorreu em paralelo com as revoluções coloridas fomentadas pelo Ocidente desde o fim dos anos 80. A Ucrânia foi um dos principais focos dessas ações, que atingiram o ápice durante o Euromaidan.
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jacobin.com.br/2022/01/a-cia-…
O financiamento de grupos paramilitares neonazistas e o fomento ao ultranacionalismo no Leste Europeu tinha como principal objetivo desestabilizar e fragmentar a esfera de influência da Rússia, ajudando a isolar o país.
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brasildefato.com.br/2021/05/13/com…
Esse processo levou ao fortalecimento de organizações neonazistas dentro da própria Rússia, que reagiu aumentando a repressão a esses grupos. Em 2010, neonazistas do Lobo Branco foram condenados a 23 anos de prisão. Em 2011, membros da NSO foram condenados à prisão perpétua.
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Na Ucrânia, o gabinete neofascista que chegou ao poder após o golpe de 2014 fez o oposto: integrou as organizações paramilitares neonazistas ao governo, instituiu uma política de glorificação do nazismo e iniciou a repressão contra minorias étnicas.
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peoplesworld.org/article/ukrain…
As forças de repressão ucranianas atacaram civis da região de Donbass com armas proibidas, como bombas incendiárias de fósforo branco e minas terrestres. Estimativas da ONU apontam que a repressão ucraniana deixou mais de 13 mil mortos entre 2014 e 2018.
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Em maio de 2015, Serguei Ivanov, chefe da administração presidencial do governo russo, voltou a alertar sobre a ascensão do neonazismo na Europa, sobretudo na Ucrânia, e criticou a passividade e complacência dos governos regionais.
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radiohc.cu/pt/noticias/in…
Não obstante, o processo de nazificação da Ucrânia apenas se aprofundou. Partidos de esquerda foram banidos, militantes foram assassinados e até mesmo acampamentos que ensinavam crianças a cantar músicas sobre matar todos os russos foram criados.
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noticias.r7.com/internacional/…
O governo ucraniano intensificou o massacre da minoria russa em Donbass, utilizando para tanto seus grupos paramilitares neonazistas, financiados e armados pelo governo dos Estados Unidos, como aponta esse artigo de abril de 2015 do Diário da Liberdade.
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diarioliberdade.org/mundo/antifasc…
Na ONU, como ocorre desde 2005, a Rússia propôs adoção de uma resolução internacional condenando a "glorificação do nazismo, do neonazismo e formas contemporâneas de racismo, discriminação racial e atos de intolerância correlatos".
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prensalatina.com.br/2021/12/17/onu…
Ucrânia e Estados Unidos foram os únicos dois países que votaram contra a resolução proposta pela Rússia. Países europeus aliados dos Estados Unidos e membros da OTAN se abstiveram.
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revistaforum.com.br/global/2022/2/…
Em maio de 2017, durante as celebrações do aniversário da rendição da Alemanha nazista, Putin voltou a fazer um apelo em prol da cooperação das nações europeias para barrar o avanço do neonazismo.
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exame.com/mundo/putin-pe…
O apelo de Putin foi em vão. A Ucrânia seguiu fortalecendo suas milícias neonazistas e a repressão contra Donbass e ainda se converteu no epicentro internacional de treinamento de terroristas e milícias armadas de extrema-direita.
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revistaopera.com.br/2018/11/13/fbi…
Nos EUA, supremacistas ligados a neonazistas ucranianos organizaram a marcha "Unite the Right", em Charlottesville, que deixou 3 mortos. O site neonazista The Daily Stormer, principal promotor do evento, foi banido da Rússia. Segue funcionando nos EUA.
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exame.com/tecnologia/sit…
Além de banir sites neonazistas que seguem operando no Ocidente, a Rússia intensificou a colaboração internacional para ajudar a identificar neonazistas e grupos supremacistas. A cooperação ensejou a prisão de neonazistas até mesmo no Brasil.
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brasildefato.com.br/2021/12/17/apo…
A Rússia também pressionou o governo ucraniano a tomar ações mais efetivas para barrar o crescimento do neonazismo e da russofobia no país. Não conseguiu sequer uma declaração de condenação aos ataques neonazistas contra o seu Centro Cultural em Kiev.
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Putin voltou a fazer alertas sobre o crescimento do neonazismo na Ucrânia no 76º aniversário da vitória da URSS sobre a Alemanha nazista, conclamando, novamente, a união dos países europeus para barrar o avanço do fascismo. Foi novamente ignorado.
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lavozdegalicia.es/noticia/intern…
Em 2021, a Rússia anunciou a prisão de 106 milicianos neonazistas ligados a organizações paramilitares ucranianas. A mídia ocidental, entretanto, tratou a operação como autoritarismo e tratou os criminosos neonazistas como presos políticos.
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dn.pt/internacional/…
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