Junho de 1968. Depois de semanas de protestos estudantis contra a ditadura, a PM e o DOPS decidem cercar a UFRJ. Estudantes correm pra se abrigar no Botafogo. O presidente do clube dá abrigo e proíbe as forças de repressão de entrarem no clube. Eles invadem e tomam a sede.
Muito gás, muita bomba, muita prisão e muita agressão.
à direita o porteiro, agredido e passando mal com bombas.
Atletas e funcionários ficaram feridos com agressões e bombas. Sócios no restaurante. Crianças que ensaiavam pra festa junina.
O Botafogo foi depredado e nunca recebeu indenização.
Anos depois, Charles Borer, ex-policial, que foi responsável por um dos planos de sequestrar João Goulart, irmão do diretor do DOI-CODI e torturador Cecil Borer, é colocado na presidência do Botafogo. Não era torcedor. Vendeu a sede a preço de banana. Vendeu nosso craque.
Vivemos vexames. Vivemos o jejum.
Ser Botafogo é ser inimigo da ditadura. Ser Botafogo é ser de João Saldanha. De Afonsinho. Do presidente Altemar, que peitou a repressão. Ser Botafogo é lembrar sempre, em todo 31 de março: #DitaduraNuncaMais
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