À pedidos estou fazendo um fio trazendo os dados do desmatamento na Amazônia. A maior parte dos gráficos são só @NexoJornal, IMHO o melhor veículo de mídia do país (assinem!). Outros eu fiz com dados do INPE. Segue o pequeno fio! 🧵 👇🏽
Um pouco de contexto: o desmatamento da Amazônia ocorre pelas bordas. Meu Maranhão e o Tocantins tem menor % de preservação das suas Amazônias legais. A nova fronteira agrícola no Brasil é conhecida como MA-TO-PI-BA (siglas dos estados).
Mais contexto: sempre lembrando que correlação não é causalidade, não deixa de ser impressionante a justaposição entre a mudança estrutural no nível anual de desmatamento e @MarinaSilva como MMA.
Queda ocorreu em todos os estados - torna mais provável ser resultado de política nacional - não Estadual.
A polêmica atual vem por causa de um crescimento extraordinário do desmatamento em Jul/19. Embora seja cedo demais pra saber se isso é uma tendência, a variação é tão grande que se explica a consternação (ver abaixo, dados do INPE para alertas de desmatamento).
A outra sinalização que vai no mesmo sentido é o aumento no número de queimadas. O acumulado até agosto para o país inteiro (não só Amazônia) é, em 2019, o maior em 7 anos. Abaixo dados do INPE.
Todas as partes — inclusive o governo — parecem reconhecer que o sinal de alerta está ligado. Essa é a realidade. Não adianta fingir que o problema não existe ou apontar para 2003-2008 para minimiza-lo.
Isso tudo é responsabilidade do governo Bolsonaro? Eu não sei. Eu não sou especialista na área e não posso dizer qual é a solução para isso. A opinião de quem estuda o assunto deve ter mais peso do que a de quem não o conhece.
Meio ambiente, como previdência, é uma questão de justiça intergeracional. Deve integrar a formulação de políticas púb. Estou feliz que @rdahis, economista ambiental d’@OMercadoPopular, está trabalhando numa nota sobre um imposto sobre o carbono, fiscalmente neutro, pro Brasil.
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A paper I finished in the beginning of my PhD is out on @_PublicChoice. The paper is simple: it tests Piketty's hypothesis of r-g => inequality for a set of developed countries (that have better data). I find no empirical support for Piketty’s predictions.
The paper start by deriving Piketty's "second fundamental law of capitalism" from a standard neoclassical model. Capital share increases in rents and savings; decreases in growth in depreciation. If s is constant, r-g "drives" \alpha.
I pool together data on real bond yields net of taxes and show that it substantially correlates with the returns on wealth of the top 1%. Contemporaneously, there is little correlation b/w capital shares and (r-g).
A última coisa que me pediram pra fazer antes deu sair do governo (Temer) foi uma contabilidade nacional dos custos econômicos da criminalidade. Conversamos com mta gente q se especializava na área (do D. Cerqueira ao A. Sachsida), juntamos mtas bases de dados. Resultado abaixo.
Só como contexto, na época o Ministro da Segurança Publica era o Jungaman. Foi lançado o Sistema Único da Segurança Pública, em conjunto entre polícias e justiça do país. Ainda havia estados que faziam BO de papel. Criminosos eram parados em blitzes mas não identificados por isso. Estados não gastavam em segurança.
Outro contexto importante é que o Brasil vivia uma crise na violência. Eram as taxas de homicídio mais altas da história. Apesar da redução do crescimento no período do PT, elas continuariam crescendo. Só desabaram a partir de 2017 (e continuaram caindo).
Pra você ver como é maluca aquele discurso rasteiro de “você está mais próximo de um mendigo do que de um milionário”, vamos comparar dois bilionários: Walter Salles e Elon Musk.
A fortuna de Salles é de cerca 25 bilhões de reais. A de Musk é cerca de 100x maior: 2.500 bilhões de reais (ou 2,5 trilhões).
Fazendo as contas: 2.500 - 25 = 2.475 bilhões > 25 bilhões (“a diferença de Salles para quem não tem nada”).
Esse é o argumento.
E qual é o problema dele? O problema é cair na armadilha do pensamento linear.
Implicitamente, ele assume que um real adicional para o mendigo significa a mesma coisa que um real adicional para o Walter Salles.
Qualquer pessoa entende intuitivamente que isso não faz sentido.
Você percebeu que as Bets entraram com tudo no Brasil nos últimos anos. Mas o que a gente sabe sobre o efeito dessas apostas onlines sobre a economia e a saúde das pessoas?
Entenda...
Nos EUA, a legislação sobre bets é estadual. Há estados que permitem bets online e outros que não as permitem. Isso é importante pq pesquisadores podem usar a variação na legislação para ver o impacto das Bets no comportamento das pessoas.
A primeira pergunta é saber se as bets realmente aumentam as apostas. O gráfico abaixo mostra a diferença de gastos em apostas após a legalização das bets online, em relação a estados que não legalizaram. Dá para ver que antes da legalização, o volume de apostas era similar entre estados. Depois, há um aumento grande nos estados que legalizaram.