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Um pouco da Escola de Frankfurt

Em 1924, depois de uma injeção de CAPITAL (curioso, não?) de Felix Weil, foi fundado o chamado Instituto de Pesquisa Social - mais conhecido como "Escola de Frankfurt".

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Em 1930, o judeu Max Horkheimer assumiu a diretoria, mudando completamente os rumos da dita escola, que antes estudava os meios de aplicar com sucesso as falácias de Karl Marx à economia, uniu-se às ideias Georg Lukacs - um dos grandes e brilhantes teóricos do grupo - com estudos
de como implantar um novo marxismo, que agora não mais objetivava a economia e sim a cultura.

Horkheimer fez uma pergunta simples, porém muito difícil para os teóricos marxistas da época: visto que as revoluções dos trabalhadores cunhadas nas falácias marxianas e marxistas não
funcionaram em lugar algum, como poderíamos agora aplicar uma revolução realmente efetiva e SUBSTITUIR (sim, exatamente isso) a classe operária?

Em 1931, quem viria a ser o maior teórico da Escola de Frankfurt, Herbert Marcuse, ingressa no instituto e passa a recuperar as ideias
de Erich Fromm - psicanalista idealizador da liberação sexual que ensinava que os "gêneros" (ali já havia a troca da palavra "sexo", para mascarar o que na verdade era uma modificação na percepção da realidade) masculino e feminino não correspondiam às substâncias de cada
indivíduo (qualquer semelhança com o naturalismo de Rousseau e com o nominalismo de Ockham NÃO são meras coincidências) - se junta a Horkheimer e a Theodor Adorno - autor do livro A personalidade autoritária, em que faz um jogo de palavras e símbolos (Escala F) para dizer, no fim
que todo mundo que discorda dele é fascista (daí vemos que qualquer um hoje é chamado de fascista) e criam a maior obra pós-marxista e a grande responsável pelas mazelas atuais: a Teoria Crítica.

Mas o que é a Teoria Crítica? É um emaranhado de teorias distribuídas em vários
livros dos três autores supracitados com o intuito de... criticar. Sim, a ideia central era que tudo poderia e deveria ser criticado a todo custo, pegando carona no criticismo de Immanuel Kant, porém escondendo o verdadeiro cerne: a crítica era contra tudo o que era OCIDENTAL.
Portanto, se por um lado criticavam a escravidão nos Estados Unidos, o silêncio era sepulcral a respeito da escravidão muçulmana (que acontece até hoje) na Ásia e África. A Teoria Crítica, espalhada por livros como "Eros e Civilização", "A Personalidade Autoritária",
"Autoridade e Família", passaram a ser verdadeiros manuais de subversão das mentes. Após o fim da Segunda Guerra, Adorno e Horkheimer retornam à Alemanha (eles haviam fugido para os EUA por conta do Nazismo), porém Marcuse preferiu permanecer e lecionar na universidade.
Então ele lança seu livro Eros e Civilização, onde une de vez Karl Marx e Sigmund Freud para responder à pergunta feita por Horkheimer na década de 30: o protagonismo da revolução não se daria mais pela classe trabalhadora, mas por uma forma muito mais eficaz, que seria a
revolução sexual. Na década de 60 tivemos então a revolta dos estudantes e depois a feminista e os hippies.

Marcuse diz que a grande culpada pela ineficácia da revolução era a repressão sexual e para que "todas as formas de manifestação sexual fossem enfim destravadas", teríamos
primeiro que acabar com a autoridade patriarcal, ou seja, o homem, que desde sempre foi chefe e cabeça da família, passaria a ser ridicularizado por isso.

A Teoria Crítica então chega ao seu cume de forma mais voraz e se volta na tentativa de destruir a cultura ocidental.
Sim, pois como mencionado acima, cada uma das frentes de batalha não atacava senão a cultura ocidental. O feminismo não era contra todos os abusos, mas somente os cometidos no ocidente. O racismo não era contra toda a escravidão da História, mas somente contra a que ocorreu no
ocidente. O gayzismo não combatia preconceitos em si, mas somente a chamada "heteronormatividade" ocidental.
Portanto, a Escola de Frankfurt deu início a todo o contexto politicamente correto que vivemos agora, tornando o mundo um antro de perdição que a tudo critica, mas que não pode ser criticado jamais.

Triste realidade a nossa...
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