Aulas físicas no MIT e em Harvard suspensas: tudo agora é remoto. É muito frustrante, já que a essência da experiência como fellow no @KSJatMIT é explorar aulas, palestras, bibliotecas e as mentes brilhantes do mundo que aqui habitam. Pelo menos foi no terço final do programa
Dito isso, a decisão é acertada. Pra quem está de fora e é brasileiro, causa agonia a inércia do governo diante do avanço do #coronavirus . É questão de tempo até que hospitais estejam sobrecarregados, o que é o maior problema. Então é preciso conter o vírus
Nas redes sociais, há foco excessivo na letalidade do vírus, mas esse não é ao que tudo indica não é o maior problema agora. Há doenças que matam mais, mas o drama com o covid-19 é a dispersão: cada pessoa infectada tende a infectar outras duas. Daí a contenção fazer sentido
O sistema de saúde precisa receber as pessoas infectadas pelo corona na medida em que consegue acomodá-las e tratá-las. É nossa responsabilidade seguir as recomendações para evitar o contágio de idosos e imunodeprimidos
É fácil deixar o pior de nós vir à tona em momentos como este, mas precisamos fazer o contrário. O encorajamento ao distanciamento social deve chegar ao Brasil em breve, com escolas, universidades e grandes eventos sendo fechados, mas supermercados e farmácias não vão fechar
Então não há por que estocar produtos demais, por exemplo. Não adianta pensar só na sua família e comprar todo álcool gel do mundo, já que, quanto mais gente contaminada, maior a propagação. Ou seja, é hora de pensar no coletivo
Nesse sentido, a história toda talvez traga algo do qual estamos carecendo: um sentimento de que somos, sim, vulneráveis, embora mais fortes juntos
O que é certo é que o corona vai infectar muita gente. Há estimativas que apontam para 60% a 70% das pessoas, dependendo do lugar. É um vírus “novo”, que migrou de outra espécie, e para o qual ainda estamos criando imunidade, o que deve levar de um a dois anos
Enquanto isso, no mundo todo, pesquisadores seguem trabalhando para desenvolver tratamentos e vacinas. Valorizem, portanto, a ciência, mas não desprezem o tamanho do problema. Hoje mesmo, li alguns textos no Brasil muito ruins, desconectados da realidade
Publicitário confuso não deveria assinar artigo sobre saúde no maior jornal do país. Agroboy governista não deveria evocar a medicina moderna e a ciência para, no fundo, desqualificar os alertas dos especialistas da área
Assim como em outros temas da ciência, ouçam os especialistas da área. Nem todo médico sabe opinar sobre epidemiologia e infectologia nessa escala; nem todo jornalista tem experiência em cobrir saúde e ciência;
e os cientistas de dados do Twitter em geral não sabem contextualizar assuntos que desconhecem (2 + 2 nem sempre é 4 quando se trata de temas complexos como saúde humana)
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Neste "capítulo", focamos no dia a dia dos agricultores familiares que vivem na #Floresta Nacional do #Tapajós e na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, onde #cientistas trabalham lado a lado com #ribeirinhos no desenvolvimento de tecnologias alternativas ao fogo na agricultura
Estas populações dependem do que plantam para sobreviver e utilizam pequenas #queimadas controladas no preparo do solo. Sem suporte técnico do Estado, pressionados por desmatadores e por um #clima cada vez mais seco, eles ainda se veem acusados pelo governo federal
Da próxima vez que o gov federal mentir sobre a responsabilidade pelos incêndios na #Amazônia, envie o nosso mapa. Difícil negar a realidade quando ela aparece sobreposta em camadas de dados na mesma visualização: #FOGO e #DESMATAMENTO tem relação direta: cortinadefumaca.ambiental.media
Ontem, na ONU, Bolsonaro culpou os pequenos produtores rurais das populações tradicionais amazônicas e do #Pantanal pelas queimadas nas duas regiões, mas isso não é verdade. O time da @ambientalmedia passou 6 meses investigando os dados de fogo e desmatamento na #Amazônia
Não “só” a divulgação de multas ambientais agora está submetida ao vice-presidente Mourão. Uma série de publicações no DOU nos últimos dias esvazia ainda mais a atuação do Ibama, limita o Conselho Nacional da Amazônia ao Executivo e cria aberrações. Links da boiada passando
PORTARIA Nº 1.369, de 16 de junho, institui um núcleo de instrução de processos ambientais e proíbe a divulgação de multas ambientais ainda não julgadas. É um ataque à transparência e à conservação ao mesmo tempo in.gov.br/en/web/dou/-/p…
RESOLUÇÃO Nº 1, de 17 de junho, sobre o Conselho Nacional da Amazônia, limitando os membros ao poder Executivo federal, que poderão convidar outras pessoas, como prefeitos e governadores da Amazônia Legal, mas estes ñ terão direito a voto in.gov.br/en/web/dou/-/r…
URGENTE: Indígenas das etnias Tiriyó, Katxuyana, Txikiyana, Wayana e Aparai, moradores de TIs entre norte do Pará e fronteira c Amapá, pedem socorro. A região só é acessível por avião, já há 19 indígenas c #covid19 e ali há povos recém-contatados e isolados. Etnocídio em curso
O esvaziamento dos órgãos ambientais e a validação da ilegalidade patrocinadas por Salles e Bolsonaro atuando na disseminação da #covid19 no interior da #Amazônia: recebo de fonte a DENÚNCIA de que um piloto de balsa na região de Santarém desafiou ordem dos fiscais do @ICMBio
A balsa transporta passageiros entre as localidades do Baixo Tapajós, onde existem algumas Unidades de Conservação, como a Floresta Nacional (Flona) Tapajós. Só que uma portaria do MMA do final de março fechou todas as UCs do país. Questionado pelos fiscais, o homem deu de ombros
Disse que seu barco está regularizado pela Marinha e que NÃO RECONHECE A AUTORIDADE DO ICMBio. O saldo é trágico: a embarcação teria sido o veículo para a contaminação de 20 pessoas apenas na comunidade de Prainha, que fica na Flona Tapajós, sendo que um dos ribeirinhos já morreu
A conclusão do maior estudo feito até aqui com a #cloroquina, recém publicado no Journal @TheLancet : “Em resumo, este estudo (...) de pacientes com COVID-19 que necessitaram de hospitalização constatou que o uso de um regime contendo hidroxicloroquina ou cloroquina +
com ou sem macrolídeo*) foi associado a nenhuma evidência de benefício, mas, em vez disso, foi associado a um aumento no risco de arritmias e a um maior risco de morte hospitalar (...) +
Os resultados sugerem que esses medicamentos não devem ser utilizados fora dos ensaios clínicos e é necessária a confirmação urgente dos ensaios clínicos randomizados.”
*macrolídeo é o grupo de antibióticos ao qual pertence a azitromicina