Presentes do progressismo acadêmico a ditadores, uma lista:
1) Quando a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi produzida em 1948, antropólogos prog., com a ideia tola de que a única forma de respeitar a diversidade cultural é o relativismo, rejeitaram sua universalidade.
1) Quando a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi produzida em 1948, antropólogos prog., com a ideia tola de que a única forma de respeitar a diversidade cultural é o relativismo, rejeitaram sua universalidade.
Esses acadêmicos progressistas alegaram que a DUDH é "imperialismo ocidental". Porque temos que respeitar quando iranianos apedrejam mulheres enterradas até os ombros por adultério. Crueldade é construção social de uma pequena paróquia não de iluministas, mas de "imperialistas".
O resultado de acadêmicos influentes terem rejeitado a aspiração universalista ética da DUDH é que a DUDH perdeu completamente a chance de ser uma "binding resolution" (que tem quase poder de lei entre signatários das Nações Unidas).
Essa covardia e confusão filosófica relativista também permitiu tentativas de criar declarações de direitos alternativas que aceitem desumanidades e crueldades. Os países islâmicos reiteradamente tentam passar no Conselho de Direitos Humanos uma declaração própria pró-Sharia.
2) Tabus morais (aqui, esquecem relativismo) quanto a problemas como racismo, sexismo, homofobia, xenofobia etc. Aqui, o hábito da política identitária interna ao progressismo é que a acusação basta, se o acusador é do grupo com privilégio epistêmico concedido por progressistas.
A ditadura chinesa adorou essa história de poder acusar racismo e xenofobia em quem criticá-la. Essa narrativa progressista apropriada pela ditadura foi tão dominante no começo da pandemia que os italianos criaram o "dia de abraçar um chinês". Deu no que deu.
Agora, Tedros, que está sendo acusado de estar chefiando a OMS somente por lobby chinês e por compartilhar ideologia com o Partido Comunista Chinês (ele foi membro de um partido comunista violento da Etiópia), se defende das críticas alegando que os críticos são racistas.
Agradeçamos aos progressistas, portanto, por essa moda irracional de acusações de pecados contra a "justiça social" que serve na retórica de ditadores, censores, e gente com rabo preso com esses ditadores e censores.
Percebam o truque intelectual: a China foi culturalmente devastada por uma ideia ocidental criada por alemães, o comunismo. Aqui, universalismo vale e não é imperialismo. Mas, se criticarmos a ditadura comunista chinesa, estamos sendo intolerantes, imperialistas, xenófobos.
Quão ridículo é o progressismo, hoje? Vou dar meus exemplos favoritos: no mundo anglófono, "coloured people" (pessoas de cor) é um termo considerado racista. Qual é o termo alternativo dos progressistas? "People of colour" (que vou ter que traduzir como pessoas de cor, também).
Mais homens que mulheres estão morrendo por coronavírus. Não sabemos as causas disso, ainda. 70% dos mortos no Japão: homens. O que o secretário geral da ONU, António Guterres, tem a dizer sobre isso? Que está preocupado com meninas e mulheres, principais afetadas pela COVID-19.
Foram poucas semanas atrás, e vão tentar esquecer ou apagar, mas todo bloqueio a viagens partindo do epicentro do coronavírus foi rotulado de xenofobia pelos "pundits" progressistas. Incluindo aqui a OMS. Podemos já culpar a retórica progressista por mortes.
Todo mundo sabe que a DUDH não é perfeita. Mas a aspiração dela ao universalismo ético é o que precisamos para um mundo integrado. Alguns progressistas da linha socialista criticam a DUDH, sabem por quê? Porque ela menciona que o direito à propriedade. Que crime!
