A Itália tinha um grande time, fez um baita primeiro tempo e venceu em erros individuais. No fim das contas, vence quem erra menos. É a lógica do jogo.
Mas se chatear porque um time legal perdeu é diferente de uma lamentação que dura 38 anos e não tirou lição alguma dessa derrota. O Brasil escolheu o pior caminho para tratar sua história.
Por que, ao invés de tanta lamentação, não repensar as categorias de base para formar jogadores tão técnicos como os de 1982?
Por que não organizar clubes para que passam montar times mais atraentes para seu torcedor?
É assim há 38 anos. Andamos em círculos nos erros.
Em 2006, o culpado foi a "moleza" de Parreira e a festa em Weggis. Era preciso trazer o oposto: o disciplinador e exemplar Dunga.
Em 2012, o culpado era a falta de experiência de Mano. Então resolveram trazer Felipão como sinônimo de força. Deu no que deu...
O Brasil é o país dos extremos. Não é assim na política também?
O Brasil fez isso uma única vez: depois da Copa de 1966, num comitê liderado por João Saldanha. O resultado foi o timaço de 1970.
A Seleção de 1982 foi um time incrível e muito prazeroso de ver. É por isso que ela merece ser dissecada e vista com mais foco do que apenas relembrar o menino na capa do Jornal da Tarde.