COVID-19 na Amazônia: Panorama do primeiro mês após o 1º óbito.
Em 19/04 encerra o período correspondente a um mês do primeiro registro de óbito por COVID-19 na Amazônia, o que torna pertinente um balanço das perdas de vida para o ciclo e território em Questão.
Em 19/04 encerra o período correspondente a um mês do primeiro registro de óbito por COVID-19 na Amazônia, o que torna pertinente um balanço das perdas de vida para o ciclo e território em Questão.
A evolução das mortes na região foi gradual, persistindo em número baixo (< 5 casos) em 1/3 do tempo, mas logo acelerando e crescendo rapidamente, o que indica um rápido (e lamentável) crescimento no tempo vindouro.
O primeiro caso ocorreu no Pará, avançando para a maior parte dos estados já nos 15 primeiros dias, mas chegando bem tardiamente ao Estado do Tocantins, a pouco mais de uma semana.
As mortes por COVID-19 aproximam-se de 300, com casos em todos os estados da Amazônia. Entretanto, a participação dos estados em tais eventos é bastante desigual, haja vista que quase 90% dos casos tiveram ocorrência em apenas três estados, Pará, Maranhão e Amazonas, +
com este respondendo sozinho por mais da metade das mortes.
Esses dados se somados a ampla distribuição geográfica em cidades dos casos de pessoas infectadas na Amazônia, a forte dinâmica de transmissibilidade da doença como também sua expressiva taxa de mortalidade +
Esses dados se somados a ampla distribuição geográfica em cidades dos casos de pessoas infectadas na Amazônia, a forte dinâmica de transmissibilidade da doença como também sua expressiva taxa de mortalidade +
(em torno de 4,5% na Amazônia), como também os tristes relatos de colapso do sistema de saúde nas duas maiores cidades da Amazônia, são elementos mais do que suficientes para duas importantes constatações.
Primeiramente, deve-se encarar a doença com "SANIDADE MENTAL" e "SERIEDADE REPUBLICANA", o que em outras palavras significa dizer não se trata de uma "gripezinha" e somente por meios democráticos, baseado em ciência, respeito a constituição, diálogo e cooperação +
entre instituições e esferas de governo, que se dão as condições necessárias para resolver problemas sociais complexos. A bem da verdade, para todos os demais problemas contemporâneos é basicamente assim que se resolver as coisas. A outra perspectiva é que medidas de +
retorno à atividades cotidianas, impostas pela necessidade de continuação das atividades sociais e econômicas, devem ser muito bem planejadas e executadas. Nesta direção, bons exemplos começam a surgir, a exemplo da obrigatoriedade do uso de máscara +
em diversas situações do dia-a-dia, imposta pelo Governo do Pará, e a reabertura, ainda que por enquanto, somente de estabelecimentos comerciais com até 800 m², exemplo que vem lá da Europa, precisamente da Alemanha.
Elaboração: A. Serra (Prof. Dr. UFPA/Altamira), em colaboração com R. Serra (Médico e Farmacêutico). Fonte: especiais.g1.globo.com…/coronav…/mapa-coronavirus/… covid.saude.gov.br
