A previsão era de que o colapso viria “na semana de 21 de abril”. Hoje é 21 de abril. Manaus já colapsou. Lá, médicos já precisam escolher quem receberá tratamento ou não. E a assistência funeral aos mais pobres não vem conseguindo atender à demanda.
Fortaleza, Recife, São Paulo e Rio de Janeiro estão próximos do limite também. Em São Paulo, quatro hospitais da Zona Leste já estão com 100% das UTIs ocupadas, assim como o Emílio Ribas.
Será difícil, no entanto, enxergar esse colapso. Porque as estatísticas estão defasadas. Ao menos um veículo amigo do governo recebeu a ordem para não mostrar. Outros temem que as imagens causem pânico na população. Eu mesmo estou calculando as palavras que uso aqui.
Pois quero alertar que, por mais difícil que seja ficar confinado, essa é a missão menos difícil desta guerra. Pior é a de quem toca serviços essenciais e se expõe ao vírus. E muito pior é a de quem precisa socorrer as vítimas, lidando diretamente com a doença.
O mínimo que podemos fazer por eles é reduzir o risco de contaminação deles. Isso implica em reduzir o nosso risco de contaminação. Para isso, não há forma melhor do que ficando em casa. Nem que precisemos reduzir o nosso padrão de vida, ou nos endividar um pouco.
Ao ficar em casa, você não está cuidando só de você, mas de toda a sociedade.
