O assunto é o teto de gastos, que está em 145 milhões, bem abaixo dos 175mi definidos previamente. Ainda mais levando em consideração que o carro de 2021 terá de ser feito com esse novo orçamento. As grandes começaram o ano projetando fazê-lo com + de 450 mi. Corona mudou tudo
Os times médios e pequenos querem abaixar ainda mais. Vocês já viram aqui o que a Ferrari propunha (e que não foi para frente na reunião seguinte) e por que eles alegam que não podem chegar nos 100-120 que os menores pedem uol.com.br/esporte/coluna…
Isso é fundamental para entender o que Binotto disse: quando ele fala que não queria ser colocado em posição de ter de procurar outro lugar p/ Ferrari seguir competindo no caso do teto cair ainda mais, se refere a evitar estas demissões realocando funcionários p/ outra categoria
O jornalista Giles Richards, que é bom e não é mau intencionado, entendeu o "não queremos ser colocados em posição de..." como um jeito de dizer que a Ferrari teria de ser obrigada a avaliar a saída. Provavelmente ele não tinha o contexto da dificuldade de demitir na Itália
Provavelmente, também, faltou um follow up para confirmar se era isso mesmo o que Binotto queria dizer. Mas acontece. Aí a matéria vai para edição e o "considerar futuro" da primeira frase vira "preparada para deixar a F1" no título. Booom
O Guardian mudou o título: "Ferrari avaliará futuro na F1 se teto de gastos for imposto", o que ainda é errado, pq haverá um teto de qualquer forma e a questão é quanto. O texto não estava tecnicamente errado, então foi mantido. E Binotto vai ter mais cuidado com suas palavras.
