Na hora eles perceberam o tamanho do mistério, porque dados do governo soviético davam como certo o despovoamento daquela área.
Foi quando, da cabana, saiu um velho.
O velhinho, desconfiado, só olhava o grupo de cientistas, que se pôs a explicar:
- Viemos em pesquisa, estamos procurando petróleo e demos com a sua cabana. Viemos de muito longe.
Diante disso, ele falou:
- Sendo assim, entrem.
Eles eram extremamente rígidos em seus hábitos e cotidianos, e a diferença entre os fieis de Nikon e os Velhos crentes só fez aumentar com o tempo.
E, na época da Revolução Russa a coisa piorou.
Foi assim que, em 1936, o nosso já conhecido Karp Lykov viu seu irmão ser brutalmente assassinado - e ele mesmo não foi morto por pura sorte.
Com a repressão crescendo, o que Karp resolve fazer?
E, cada vez mais, iam mais e mais longe, sempre que sentiam que a humanidade se aproximava.
Eles não tomaram conhecimento da 2ª Guerra Mundial, não sabiam das bombas atômicas americanas no Japão, nem da chegada do homem à lua, além de todas as outras coisas que, hoje, qualquer pessoa sabe.
Agora, imagina o que não deve ter passado pela cabeça dos Lykov, amedrontados e perdidos, tendo que enfrentar o mundo pela primeira vez em 42 anos.
A vivência primitiva, apesar de horrenda, era a única que tinham, por isso decidiram não sair dali.
Das ocasiões em que comeram o couro dos sapatos.
Mas tudo isso cobrou um preço
Dmitry e Natalia desenvolveram infecção nos rins - devido à limitada dieta que levaram por anos.
Por sua vez, Karp morreu em 1988 de causas desconhecidas, mas se presume que seu organismo se sobrecarregou com as novidades.
Fim, e segue o link.
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