Ah pronto. 19min de um autointitulado pós-moderno apropriando toda virtude epistêmica (provisoriedade de teorias, falibilismo) pro pós-modernismo, defendendo identitarismo, e alegando ser contra "metanarrativas" enquanto o po-mo é uma. Vcs me amam mesmo pra me mandarem isso.
A pessoa fez mestrado e doutorado em Foucault, o cara que era tão bom pensador que (1) tratou pedofilia como "prazeres bucólicos", (2) defendeu o Aiatolá do Irã, (3) errou totalmente a natureza da homossexualidade ao negar o "essencialismo". xibolete.org/foucault 
Leiam essas coisas pra se inocularem contra o besteirol pós-moderno:
xibolete.org/pos-modernismo/
blog.criticanarede.com/2015/04/quem-t…
amazon.com/Last-Word-Thom…
xibolete.org/intelectuais-f…
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O pós-moderno cita Karl Popper e Bertrand Russell. Dois filósofos que propuseram que a filosofia consiste em tratar de problemas filosóficos, não em fazer uma carreira inteira como comentador do pensamento alheio. E que abominariam o pós-modernismo e anteciparam críticas a ele.
Vejam por exemplo Popper se opondo a ideias da escola de Frankfurt, apropriadas mais tarde pelos pós-modernos, em "Reason or Revolution?" (1970). cambridge.org/core/journals/…
O cara usa "moderno" como xingamento. Diz que quando os movimentos identitários exageram (como se o identitarismo não fosse ele todo um "exagero" e um retorno à condição tribal) nos dogmatismos, eles são iguais aos malvadões cientistas com suas lobotomias e eugenias.
Finalmente, aqui está o link, pois isso aqui não é uma indireta, é uma direta mesmo.
Tendo lido alguma coisa das referências indicadas acima, vocês vão entender o quanto o que o cara pensa é errado.
Tendo lido alguma coisa das referências indicadas acima, vocês vão entender o quanto o que o cara pensa é errado.
— Pós-moderno, COVID-19 existe e mata mesmo? É melhor crer no que dizem, ou duvidar?
— Pode acreditar... mas sem metanarrativas.
— OK, mas o que você quer dizer com isso? Rompo o isolamento ou não?
— Veja bem... eu só quero que o conhecimento melhore.
— Sim ou não?
— Veja bem...
— Pode acreditar... mas sem metanarrativas.
— OK, mas o que você quer dizer com isso? Rompo o isolamento ou não?
— Veja bem... eu só quero que o conhecimento melhore.
— Sim ou não?
— Veja bem...
Aqui está meu comentário por lá, caso tenha sumido.
Pra quem disser que o que eu falei sobre Foucault é mero ataque pessoal como me fizeram nos comentários do vídeo: a questão do pedófilo é: temos motivos objetivos para acreditar que crianças não podem consentir a sexo? Ou vamos brincar de abandonar "metanarrativas" a respeito?
A teoria é toda viajante mas na prática leva a esse tipo de coisa. Foi o relativismo de Foucault, e sua obsessão de tratar tudo como análogo a prisões na sociedade (pois era um progressista com oikophobia), que levaram a esse tipo de erro CRASSO. Mostra a inadequação das ideias.
Temos motivos objetivos: puberdade marca início do desenvolvimento sexual um organismo. Funções executivas do cérebro só terminam de se formar bem depois da puberdade. Pré-púberes e recém-púberes não devem, portanto, ser vistos como capazes de consentir. Mais ciência menos Fucô.
Foucault concorda com Malafaia: ser gay é questão cultural. Foucault alega até que a identidade gay só surgiu quando foi patologizada no fim do século XIX. Como mostra Rictor Norton, dá pra refutar Foucault só com evidência histórica. Mas também temos evidências da genética.
Finalmente, democracia liberal é um sistema objetivamente melhor que ditaduras teocráticas por (imperfeitamente) darem garantias mínimas como livre expressão. Foram as ideias de Foucault: relativismo cultural, oikophobia, fetiche por revolução, que o levaram a apoiar o Aiatolá.
