Homenagem e contribuição no #paCTopelaVIDA e à #MarchaVirtualPelaCiência: para não cairmos em fake news, quero lembrar que é MENTIRA que o povo brasileiro caiu vítima da anti-ciência. Ao contrário: a população brasileira APOIA, a ciência mesmo em momentos de crise! (fio)
A fração de brasileiros que acha que devemos diminuir o investimento em C&T é praticamente ZERO (primeiro gráfico: representa toda população adulta do país, em todas as regiões; segundo gráfico: representa todos os jovens, em todas as regiões).
Praticamente, mesmo numa tempestade de calúnias e desinformação, os brasileiros continuam acreditando na importância da ciência. Só a família Bolsonaro e os 7 amigos do Weintraub defendem cortes.
São dois resultados de duas grandes pesquisas nacionais em que participei e analisei os dados: a primeira é o survey do CGEE com MCTIC, 2019. A segunda, o sruvey que fizemos com o INCT-CPCT, instituto nacional para a comunicação pública da ciência.
Em ambas as pesquisas, investigamos também o grau de confiança dos brasileiros e brasileiras. Adivinhe? A confiança dos brasileiros em cientistas de universidades públicas é altíssima, ao contrário do que muitos cientistas acreditam.
#Coronavirus se combate com universidades públicas, saúde pública e ciência: os brasileiros sabem disso, e defendem isso. Importante não esquecer isso.
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Estou em Roma há umas semanas. Do Brasil recebo msgs perguntando se isso aconteceu mesmo, se tem tantos nazistas e fascistas na Itália, se a população e a mídia repudiam. Sim, aconteceu, mas n é como parece e n tem a ver com o governo da Meloni. Vai🧶p entender #AccaLarentia
Como no Brasil teve esquerdistas se dizendo assustados com o fato, vale a pena dizer q esses n têm memória: não foi neste janeiro que se reuniram tantas ratazanas: acontece todo ano, e n tem a ver com a Primeira Ministra ser uma deles, pq no governo de esquerda eram mais ainda.
Importante dizer q parecem muitos, pq tiram as fotos sem mostrar o espaço todo e pq, juntinhos, de preto, gritando c a cara feia e o bracinho-up p se dar coragem, parece grande. Eram menos de 2mil e para juntar tiveram que chamar da itália toda, mais uns nazistas do exterior tbm
Sobre pseudociência produzidas por nós, cientistas, (e outras bobagens sem fundamento), tenho dezenas de exemplos. Q mostram que nossa pseudociência pode ser mais perigosa que a do charlatão no instagram. Mas vou mostrar 1 q dá o tamanho do buraco e sua dimensão política (+)
N vou botar nome pq n tenho advogado. Uns anos atrás uma importante instituição de pesquisa britânica (das mais renomadas do mundo) mandou para mim e uma dúzia de colegas de várias áreas, um pedido bizarro: dar palpite se demitir um cientista importante denunciado por racismo.
Até aí, simples. Mas a questão era que tinha sido denunciado nn o comportamento dele, e, sim, um paper científico. De psicologia evolucionista. (A explicação biológica do comportamento humano publica toneladas de pseudociência e ideologia por ano, as sociais tb, no outro lado)
Mais umas coisas sobre "pseudociência". A primeira, divertida, é que toda vez que a treta volta, muitos cientistas repetem um ritual: defender a ciência demarcando território. Um pouco canino, mas estudado cientificamente, parte da cultura e do mito fundador da ciência
(sim, cientistas tem rituais, crenças, valores não racionais e, sobre tudo, mitos. E vc que diz que divulgador difunde a "cultura científica" deveria lembrar que cultura é feita disso, de mitos, rituais, relações de poder: a cultura científica não é o conhecimento científico)
Essa obsessão ritual de que, para defender a ciência, o mais importante é defender o muro, marcar o que a ciência é, e estigmatizar (ou seja, carimbar) aquilo q "se parece com ciência, mas não é", é muito importante para a ciência funcionar: nos estudos sociais de C&T se chama
Gostei desse fio da Marina: pega na raiz de muitos dos desentendimentos entre os inexatos e os desumanos (exatas e humanidades). É coisa p discussão grande, mas como é algo q me incomoda tb desde que mudei da física para sociais, vai um fio do q pensei nesses anos :)
Primeiro: sim, uma diferença marcante entre exatas e humanidade é essa mesma: nas exatas, tem alta monossemia dos termos técnicos (ou seja 1 palavra = 1 significado, bem definido e operacional. Tipo: energia, velocidade, aceleração significa o mesmo para todo físico, ou quase)
As sociais são polissêmicas:1 termo, mesmo ligado a um conceito central, pode significar várias coisas e ser mensurado, analisado de formas diferentes (ex.: sociedade, cultura, classe, grupo social, até mesmo "ciência" ou "tecnologia"). Pq nas humanas fizemos essa porcaria?
Não me meto em treta de twitter (é inútil e estressante: mais divertido olhar como sociólogo amigos sensatos se transformando em haters adolescentes), mas esta do Átila "cancelado" sobre ideologia é legal p pensar umas coisas sobre divulgação científica 🧵longo, p quem gostar.
1. Átila é de longe um dos melhores divulgadores no Brasil. Todo divulgador bom faz escolhas, ou seja não é imparcial: quanto melhor um divulgador, mais provável é discordarmos dele. Por isso, muitos ataques que recebeu são absurdos: discordar sobre resultados científicos ou
sua interpretação não significa que o outro é incompetente, menos ainda q deve ser cancelado como pessoa. Pelo contrário: ajuda e ver como funciona a ciência, por brigas, refutações, disputa sobre conceitos, medidas e seus significados. Dito isso: 2. O que é ideologia?
Sobre mais 1 história de conservador nojento (Mamãe Falei) vou contar pq na primeira vez que cheguei ao Brasil tentei pagar tudo que tinha p voltar no mesmo dia p casa. Isso tem a ver com o fato de que a cultura de todos nós homens é assim (só nem todos gravamos em áudio) :(.🧵
Tinha acabado de formar em física. Presente que pedi para todos familiares que pudessem dar um: me ajudar a pagar passagem de avião para mais longe possível (da itália... e da física). Destino: Bornéu (eu era ativista ambiental e gosto de viajar e me perder em florestas).
Mas acabei indo p Salvador Bahia...pq a única pessoa que topou uma viagem de mochileiro e caronas, 2 meses, foi um primo artista q tinha uma paixão lá (em troca, a promessa foi 1 semana na bahia, 4 semanas no Pantanal, depois p norte, florestas). Nunca chorei tanto.