O teísmo aberto parte de uma preocupação legítima: Por que Deus não evita as tragédias? Ao antigo paradoxo de epicuro, o teísta aberto responde "Deus não controla tudo".
Sem isso, argumentariam os teístas abertos, Deus seria um tirano cruel que se agrada em ver o sofrimento quando poderia evitá-lo. Mas um Deus que não controla o futuro é um Deus que chora conosco, que sofre nossa dor.
Por isso eu acredito que o problema do teísmo aberto é mais cristológico que teontológico. Para não lidar com um deus impassivo, creem num deus impotente diante do desastre. Mas a visão cristã é a de um Deus compassivo e onipotente revelado na cruz.
Deus não precisa sofrer com as circunstâncias para ser compassivo. Sua compaixão está demonstrada em Cristo. Quem precisa de um Deus que sofre por tudo é quem não crê na cruz como sofrimento suficiente.
Logo, podemos crer q os sofrimentos presentes não são prova da crueldade divina nem de sua impotência, mas são dores menores em comparação ao inferno q caiu sobre o Filho. E pq o Filho já levou a dor da Cruz, nós podemos crer q Deus nos ama e é poderoso pra acabar com TODO mal.
"Senhor, por que não fizeste nada sobre a pandemia?"
"Eu fiz. Entreguei meu filho para que a morte não reinasse sobre vocês. Por pior que seja o mal que te aflige, o Filho sofreu mais."
"Eu fiz. Entreguei meu filho para que a morte não reinasse sobre vocês. Por pior que seja o mal que te aflige, o Filho sofreu mais."
O teísmo aberto não consegue crer num Deus cuja compaixão é demonstrada na cruz. Precisa de um deus que seja incapaz de lidar com o mal presente. Esvaziam a cruz de Cristo, pedindo um novo sacrifício a cada mal sofrido. Isso é paganismo.
Os pagãos ofereciam sacrifícios aos deuses a cada tragédia. O teísmo aberto oferece Deus como sacrifício a um trono vazio. Não sobra salvação. Quando choramos, Deus chora. Quando morremos, Deus morre.
Prefiro o que diz a antiga canção: "Porque ele vive, temor não há".
Prefiro o que diz a antiga canção: "Porque ele vive, temor não há".
