O livro “1984”, de George Orwell, foi escrito em 1948 no pós-guerra, e nele há a figura do “Grande Irmão” (Big Brother), um ditador virtual que controla todas as pessoas através de uma “teletela” existente em cada residência.
O ditador e seus asseclas viam todos os movimentos feitos pelas pessoas - inclusive observando as expressões faciais e até mesmo eventuais palavras ditas quando elas dormem - tudo com o objetivo de eliminar todo aquele que fosse nocivo ao “Partido”.
Nessa distopia, a História é constantemente reescrita de acordo com as conveniências e a ideologia do ditador, que manipula e republica as notícias nos jornais, destruindo todos os exemplares anteriores até não restar nada da notícia original.
O Grande Irmão não tem limites, e “vaporiza” as pessoas inconvenientes ao Regime. Vaporizar uma pessoa significa executá-la e depois apagar qualquer registro sobre ela, para que não fique nenhum rastro do que um dia foi.
É nesse livro que surgem as expressões “duplipensar” (ato de acreditar em duas crenças contraditórias e aceitá-las ambas), e “crimidéia” (crime de pensamento). Qualquer pensamento inconveniente ao Regime era imediata e cruelmente punido.
Nesse livro surgiu a expressão “NOVILÍNGUA”, que era a substituição de palavras realistas por outras que eram mais favoráveis à inoculação de certas ideias, servindo como uma espécie de controle da realidade e manipulação das mentes e corações para uma finalidade.
Muito das medidas de engenharia social que vemos hoje foram brilhantemente descritas nesse livro de décadas atrás. 1984 é leitura para ONTEM para quem quer entender melhor o que está acontecendo hoje no mundo.
