Estamos experienciando uma corrida de destruição de valor do sistema monetário global. Devido ao seu papel de reserva internacional, o dólar está em condições mais favoráveis com relação a qualquer outra moeda hoje.
Quase todas as vendas de commodities, produtos ou serviços para o exterior são efetuadas em dólares e, por isso, exportações servem como fonte principal de obtenção da moeda americana.
Devido ao colapso econômico global, sofremos uma drástica redução de exportações e, assim, criando um problema complexo de escassez de dólares fora dos EUA.
O excesso de endividamento internacional denominado em USD também contribui para esse desequilíbrio. Ao saldar suas dívidas, países são obrigados a vender suas moedas locais para comprar dólares e, dessa forma, oprimindo câmbios a depreciarem vs. USD.
Nessa conjuntura macroeconômica, consideramos essencial a compra de ouro como posicionamento estratégico. Implementamos essa exposição através de câmbios que avaliamos vulneráveis às desvalorizações acentuadas — a moeda chinesa e de Hong Kong seriam um exemplo.
As mineradoras de metais preciosos também servem como alternativa para se expor a esse cenário.
Essas empresas com produções ou projetos fora dos EUA, não apenas se beneficiam com a apreciação do preço de ouro e prata mas, também, suas margens de lucro acabam sendo impulsionadas pela depreciação cambial em relação ao dólar.
Tal fato se dá devido aos seus custos estarem predominantemente atrelados às moedas locais.
À propósito, não há nenhuma outra indústria que se beneficia diretamente com a expansão extrema da base monetária e, supreendentemente, representa menos de 1% do mercado global acionário hoje.
Estamos, muito provavelmente, no início de um “bull market” secular para ouro, prata e mineradoras e, em meio a um cenário de desvalorização cambial sincronizada, acredito fortemente que metais preciosos oferecem uma oportunidade de valor extraordinário.
