CINCO LIÇÕES HISTÓRICAS PARA ANTIFASCISTAS, extraído do livro “#ANTIFA: O Manual #Antifascista”, de @Mark__Bray, que traduzi para a @AutonomiaLiter2 (PARTE 3) 
5) NÃO É PRECISO UM GRANDE NÚMERO DE FASCISTAS PARA CONCEBER O FASCISMO
1. Em 1919, o fasci de Mussolini tinha 100 membros. Quando Mussolini foi nomeado primeiro-ministro em 1922, cerca de 7% a 8% da população italiana, e apenas 35 dos mais de 500 membros do parlamento, pertenciam ao seu Partito Nazionale Fascista (PNF). +
2. O Partido dos Trabalhadores Alemães tinha meros 50 membros quando Hitler participou de sua primeira reunião após a Primeira Guerra Mundial. +
3. Quando Hitler foi nomeado chanceler em 1933, apenas cerca de 1,3% da população pertencia ao NSDAP (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, ou Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães). +
4. Em toda a Europa, partidos fascistas de massas emergiram daquilo que inicialmente eram pequenos núcleos durante o período entre guerras. +
5. Mais recentemente, o sucesso eleitoral de muitos partidos fascistas, minúsculos antes da crise financeira de 2008, e a recente onda de migração, demonstraram o potencial para um rápido crescimento da extrema-direita quando as circunstâncias se tornam favoráveis. +
6. Esses partidos certamente cresceram e ambos os regimes consolidaram seu poder, conquistando apoio das elites conservadoras, industriais ansiosos, dos alienados proprietários de pequenos negócios, nacionalistas desempregados e outros. +
7. As triunfantes narrativas de resistência pós-guerra talvez tenham negado que todos, menos os ideólogos do fascismo mais comprometidos, tenham apoiado figuras como Mussolini ou Hitler, mas na verdade ambos os regimes conseguiram cultivar um amplo apoio popular, +
8. Obscurecendo ainda mais nosso entendimento do que significava ser um fascista ou um nazista nos anos 1930. +
9. Nesse sentido, foram necessários alguns fascistas para conceber o fascismo. O ponto é, no entanto, que antes de conseguir tal apoio popular, os fascistas e os nazistas não eram mais que minúsculos grupos de ideólogos. +
10. A trágica ironia do antifascismo moderno é que, quanto mais bem-sucedido, mais sua raison d’être é questionada +
11. Seus maiores sucessos estão no limbo hipotético: quantos movimentos fascistas assassinos foram cortados pela raiz nos últimos 70 anos por grupos antifas antes que sua violência pudesse se espalhar? Nós nunca saberemos – e isso efetivamente é uma coisa muito boa.
OUTRAS LEITURAS:
1) PSICOLOGIA DE MASSAS DO FASCISMO (1933), de Wilhelm Reich.
Link para o pdf: academia.edu/9151256/Wilhel…
1) PSICOLOGIA DE MASSAS DO FASCISMO (1933), de Wilhelm Reich.
Link para o pdf: academia.edu/9151256/Wilhel…
