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ATENÇÃO

HOJE

Com a suspensão das aulas por causa da pandemia do Coronavírus (com autorização do @Twitter) LÍNGUA PORTUGUESA

Com as participações @Claudiozaidan11 @alexandregarcia @andradejpaulo @gloriafperez @rutevera @SchmittMaguida @Luigi_10XV
Uso da crase

A crase é, na língua portuguesa, a contração de duas vogais iguais, sendo representada com acento grave ( ` ).
Quando não usar crase?

Não ocorre crase:

Antes de substantivos masculinos:
Gosto de andar a pé.
Este passeio será feito a cavalo.
Será estipulado um tipo de pagamento a prazo.
Escreve a lápis, assim podemos apagar o que for preciso.
Antes de verbos:

Não sei se ela chegou a falar sobre esse assunto.
Meu filho está aprendendo a cantar essa música na escola.
O arquiteto está começando a renovar essa casa.
Meu irmão se dispôs a ajudar no que fosse necessário.
Antes da maior parte dos pronomes:

Desejamos a todos um bom fim de semana.
Você já pediu ajuda a alguém?
Dei todos os meus carrinhos a ele.
Refiro-me a quem nunca esteve presente nas reuniões.
Nota: Antes de alguns pronomes pode ocorrer crase.

Não entregamos o trabalho à mesma professora.
Eu pedi a fatura à própria gerente do estabelecimento.
Solicitei à senhora que não fizesse mais reclamações.
Esta é a reportagem à qual me referi.
Em expressões com palavras repetidas, mesmo que essas palavras sejam femininas:

Estamos estudando as expressões mais usadas pelos falantes no dia a dia.
Gota a gota, minha paciência foi enchendo!
Preciso conversar com você face a face.
Por favor, permaneçam lado a lado.
Antes de palavras femininas no plural antecedidas pela preposição a:

Este artigo se refere a pessoas que estão desempregadas.
A polêmica foi relativa a mulheres defensoras da emancipação feminina.
As bolsas de estudo foram concedidas a alunas estrangeiras.
Nota: Caso se especifique os substantivos femininos através da utilização do artigo definido as, ocorre crase, dada a contração desse artigo com a preposição a: a + as = às.
Este artigo se refere às pessoas que estão desempregadas.
A polêmica foi relativa às mulheres defensoras da emancipação feminina.

As bolsas de estudo foram concedidas às alunas estrangeiras.
Antes de um numeral (exceto horas, conforme acima mencionado):

O número de concorrentes chegou a quinhentos e vinte e sete.
O hotel fica a dois quilômetros daqui.
O motorista conduzia a 180 km/h.
Quando usar crase?

Ocorre crase:
Antes de palavras femininas em construções frásicas com substantivos e adjetivos que pedem a preposição a e com verbos cuja regência é feita com a preposição a, indicando a quem algo se refere, como: agradecer a, pedir a, dedicar a,…
Aquele aluno nunca está atento à aula.
Suas atitudes são idênticas às de sua irmã.
Não consigo ser indiferente à falta de respeito dessa menina!
É importante obedecer às regras de funcionamento da escola.
As testemunhas assistiram à cena impávidas e serenas.
Em diversas expressões adverbiais, locuções prepositivas e locuções conjuntivas: à noite, à direita, à toa, às vezes, à deriva, às avessas, à parte, à luz, à vista, à moda de, à maneira de, à exceção de, à frente de, à custa de, à semelhança de, à medida que, à proporção que,…
Ligo-te hoje à noite.
Ele está completamente à parte do grupo.
A funcionária apenas conseguiu a promoção à custa de muito esforço.
Meu filho mais velho está completamente à deriva: não estuda, não trabalha, não faz nada.
Nota: Pode ocorrer crase antes de um substantivo masculino desde que haja uma palavra feminina que se encontre subentendida, como no caso das locuções à moda de e à maneira de.

Decisões à Pedro Neves. (à maneira de Pedro Neves)
Estilo à Paulo Sousa. (à moda de Paulo Sousa)
Antes da indicação exata e determinada de horas:

Meu filho acorda todos os dias às seis da manhã.
Chegaremos a Brasília às 22h.
A missa começará à meia-noite.
Nota: Com as preposições para, desde, após e entre, não ocorre crase.

Estou esperando você desde as seis horas.
Marcaram o almoço para as duas horas da tarde.
Em diversas expressões de modo ou circunstância, atuando como fator de transmissão de clareza na leitura:
Vou lavar a mão na pia.
Vou lavar à mão a roupa delicada.
Ele pôs a venda nos olhos.
Ele pôs à venda o carro.
Ela trancou a chave na gaveta.
Ela trancou à chave a porta.
Estudei a distância.
Estudei à distância.
Quando a crase é facultativa?

O uso do acento grave indicativo de crase é facultativo:
Antes de pronomes possessivos:

Na festa de Natal, fizeram referência a minha falecida mãe.
Na festa de Natal, fizeram referência à minha falecida mãe.
Antes de nomes próprios femininos:

Enviei cartas a Heloísa.
Enviei cartas à Heloísa.
Nota: Não ocorre crase em contexto formal e na nomeação de personalidades ilustres porque nestes casos, segundo a norma culta, não se usa artigo definido.

Em seu discurso sobre poesia, fez referência a Cecília Meireles.
A cerimônia foi em homenagem a Clarice Lispector.
Depois da preposição até antecedendo substantivos femininos:

Não desistiremos, iremos até as últimas consequências.
Não desistiremos, iremos até às últimas consequências.
Casos específicos para o uso da crase

Em algumas situações, o uso da crase fica sujeito a verificação:
Antes de nomes de localidades: Apenas ocorre crase antes de nomes de localidades que admitam a anteposição do artigo a quando regidos pela preposição a.
Uma forma fácil de verificar se há anteposição do artigo a é substituir a preposição a pelas preposições de ou em.
Contração da preposição a com artigo definido feminino a: a + a = à
Contração da preposição de com artigo definido feminino a: de + a = da
Contração da preposição em com artigo definido feminino a: em + a = na
Havendo contração com as preposições de e em, ficando da e na, também haverá contração com a preposição a, ficando à:
Vim da Bahia.
Estou na Bahia.
Vou à Bahia no próximo mês.
Não havendo contração com as preposições de e em, permanecendo de e em, também não haverá contração com a preposição a, permanecendo a:
Vim de Brasília.
Estou em Brasília.
Vou a Brasília no próximo mês.
Nota: Se houver adjunto adnominal que determine a cidade, ocorre crase.

Cheguei à Brasília dos políticos corruptos.
Regressei à Curitiba de minha infância.
Antes da palavra terra: Ocorre crase apenas com o sentido de Planeta Terra e de localidade, se esta estiver determinada. Com o sentido de chão, estando indeterminado, não ocorre crase.
Fui à terra onde meu pai nasceu. (localidade identificada)
O astronauta regressou à Terra trinta dias após sua partida. (Planeta Terra)
Os marinheiros chegaram a terra de madrugada. (chão indeterminado)
Antes da palavra casa: Ocorre crase apenas quando a palavra casa está determinada com um adjunto adnominal. Sem a determinação de um adjunto adnominal não há crase.
Regresso a casa sempre que posso. (Sem adjunto adnominal)
Regresso à casa de meus pais sempre que posso. (Com adjunto adnominal)
O que é a crase?

A crase é a contração de duas vogais iguais, sendo a contração mais comum a da preposição a com o artigo definido feminino a (a + a = à).
Dei a indicação à senhora mas ela não a entendeu. (a + a = à)
Os alunos pediram um favor à professora. (a + a = à)
Existem outras contrações, embora menos utilizadas, como a contração da preposição a com os pronomes demonstrativos a, aquele, aquela e aquilo:
a + aquele = àquele;
a + aquela = àquela;
a + aquilo = àquilo.
Fui àquele serviço para resolver esse problema. (a + aquele = àquele)
Apenas dou a encomenda àquela funcionária. (a + aquela = àquela)
Refiro-me àquilo que aconteceu semana passada. (a + aquilo = àquilo)
Dica para o uso da crase

Uma forma fácil de verificar a existência ou não da crase em diversas situações é substituir o substantivo feminino por um substantivo masculino e verificar se haverá ou não a presença da preposição a contraindo com o artigo definido a.
Contração da preposição a com artigo definido feminino a: a + a = à

Contração da preposição a com artigo definido masculino o: a + o = ao
Dúvida no uso da crase: “Vou à praia” ou “Vou a praia”?
Substituição por um substantivo no masculino: Substituição de praia por parque.
Reconstrução da dúvida com o substantivo masculino: “Vou ao parque” ou “Vou o parque”?
Generalização da resposta correta: A forma correta é “Vou ao parque”, com a contração ao. Assim, a forma correta também será “Vou à praia”, com a contração à.
Dúvida no uso da crase: “Vale à pena” ou “Vale a pena”?
Substituição por um substantivo no masculino: Substituição de pena por sacrifício.
Reconstrução da dúvida com o substantivo masculino: “Vale ao sacrifício” ou “Vale o sacrifício”?
Generalização da resposta correta: A forma correta é “Vale o sacrifício”, sem a contração ao. Assim, a forma correta também será “Vale a pena”, sem a contração à.
Atenção!

Mais importante do que decorar regras de quando usar ou não usar crase, o correto uso da crase depende de um bom conhecimento estrutural da língua e de uma capacidade de análise do enunciado frásico, ...
...sendo importante compreender que não ocorre crase se houver apenas a preposição a, ou apenas o artigo definido a ou apenas o pronome demonstrativo a. Para que haja crase, é preciso que haja uma sequência de duas vogais iguais, que sofrem contração, formando crase.
Ortografia

A ortografia oficial de uma língua é o conjunto de regras e padrões que definem a forma correta de escrita das palavras, bem como o uso correto dos sinais de acentuação e dos sinais de pontuação.
As regras ortográficas têm como base características etimológicas e fonológicas da língua portuguesa, encontrando-se convencionadas em acordos ortográficos.

O novo acordo ortográfico oficial da língua portuguesa, datado de 1990, está em vigor no Brasil desde 2009.
Contudo, o seu uso passou a ser obrigatório somente a partir do dia um de janeiro de 2016. Este acordo, visando unificar a escrita nos diversos países falantes de português, definiu novas regras ortográficas para a língua portuguesa.
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 veio substituir o Formulário Ortográfico de 1943, definindo novas regras ortográficas para a língua portuguesa, comumente chamadas de "nova ortografia" ou "ortografia oficial".
O novo acordo ortográfico visa unificar a escrita nos diversos países falantes do português. Em vigor no Brasil desde 2009, o seu uso passou a ser obrigatório a partir do dia um de janeiro de 2016.
Acentuação

O atual acordo ortográfico trouxe diversas alterações às regras de acentuação.
Acentuação dos ditongos abertos oi e ei

Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento agudo nos ditongos abertos oi e ei. Nas palavras oxítonas esses ditongos continuam acentuados.
Ditongos oi e ei sem acento:
ideia;
europeia;
jiboia;
boia;
joia.
Acentuação dos ditongos oo e ee

Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento circunflexo nos ditongos oo e ee.

Ditongos oo e ee sem acento:
deem;
leem;
veem;
voo;
enjoo.
Acentuação da vogal i e u antes de ditongos

Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento agudo na vogal i e na vogal u quando aparecem após ditongos.

Vogal i e u sem acento:
baiuca;
feiura.
Uso do trema

O trema foi abolido de todas as palavras portuguesas e aportuguesadas. Apenas deverá ser utilizado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros, como mülleriano (de Müller) e hübneriano (de Hübner).

Palavras sem trema:
frequente;
cinquenta;
consequência;
tranquilo;
pinguim.
Acento diferencial

Foi abolido o acento diferencial de vários pares de palavras, cuja distinção deverá ser feita pelo contexto em que ocorrem. Mantém-se apenas os acentos diferenciais de pôr e por, pôde e pode.

Palavras sem acento diferencial:
para;
pelo;
pera;
polo.
Acento diferencial facultativo

A utilização do acento na diferenciação entre a 1.ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo e a 1.ª pessoa do plural do presente do indicativo passou a ser facultativa.
Em fôrma e forma a utilização do acento diferencial também é facultativa.

Palavras com acento facultativo:
demos e dêmos;
cantamos e cantámos;
estudamos e estudámos.
Dupla grafia

Está prevista a dupla grafia de diversas palavras, sendo correta a utilização do acento circunflexo no Brasil e do acento agudo em Portugal.

Palavras com dupla grafia:
gênero e género;
bebê e bebé;
purê e puré;
antônimo e antónimos;
sinônimo e sinónimo.
Dois paradigmas de acentuação verbal

Estão previstos dois paradigmas de acentuação verbal, sendo correta a forma acentuada no Brasil e a forma não acentuada em Portugal.

Palavras com dupla acentuação verbal:
enxágue e enxague;
averígue e averigue;
delínquo e delinquo;
apazígua e apazigua.
Acentuação verbal não alterada pelo acordo

Os verbos ter e vir mantêm acento agudo na 3.ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3.ª pessoa do plural.
Os verbos derivados dos verbos ter e vir mantêm acento agudo na 3. ª pessoa do singular e com acento circunflexo na 3 ª pessoa do plural.

Palavras com acentuação verbal não alterada:
ele tem e eles têm;
ele vem e eles vêm.
ele mantém e eles mantêm;
ele contém e eles contêm.
Hífen

O atual acordo ortográfico trouxe diversas alterações às regras de hifenização.

Hifenização nas palavras formadas por prefixação
O hífen é utilizado quando o prefixo termina com a mesma letra que começa a segunda palavra ou quando a segunda palavra começa com h.
Nas restantes situações, o prefixo é escrito junto à segunda palavra. Quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com as consoantes r ou s, ocorre duplicação dessas consoantes.
Prefixação com hífen:
micro-ondas;
anti-inflamatório;
contra-ataque;
sobre-humano;
supra-hepático.
Prefixação sem hífen:
autoestima;
contracheque;
sobreaviso;
antissocial;
antirrugas.
Casos específicos: mal-estar, bem-humorado, recém-nascido, sub-bibliotecário, sub-região, copiloto, cooperar, pré-fabricado, predeterminar, circum-navegação, pan-americano, ex-diretor, vice-presidente,...
Hifenização nas palavras compostas

O hífen mantém-se nas palavras compostas por justaposição sem elementos de ligação, cujos elementos formam uma unidade com significado próprio.
Contudo, foi abolido nas palavras compostas por justaposição quando já não é significativa esta noção de composição.
Palavras compostas com hífen:
segunda-feira;
meio-dia;
decreto-lei;
ano-luz;
guarda-chuva.
Palavras compostas sem hífen:
paraquedas;
paraquedista;
paraquedismo.
Hifenização nas locuções

O hífen não será utilizado hífen nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, salvo algumas locuções consagradas pelo uso que, sendo exceções a esta regra, mantêm o hífen.
Também palavras que designam espécies botânicas e zoológicas mantêm o hífen.
Locuções com hífen:
cor-de-rosa;
mais-que-perfeito;
pé-de-meia;
bem-me-quer;
erva-doce;
andorinha-do-mar.
Locuções sem hífen:
fim de semana;
dia a dia;
à toa;
sala de jantar;
cão de guarda.
Hifenização na colocação pronominal

O hífen é utilizado na ênclise e na mesóclise, ligando o pronome oblíquo átono ao verbo. Contudo, já não deverá ser utilizado nas formas monossilábicas do verbo haver, quando conjugado com a preposição de.
Colocação pronominal com hífen:
emprestou-me;
ler-me-á;
disse-te;
vê-lo;
abri-lo.
Colocação pronominal sem hífen:
hei de;
hás de;
há de;
hão de.
Maiúsculas e minúsculas

O atual acordo ortográfico trouxe algumas alterações ao uso da letra maiúscula e da letra minúscula.
Uso de letra maiúscula

A letra maiúscula deverá ser utilizada em nomes próprios de pessoas, animais, lugares (cidades, países, continentes,...), acidentes geográficos, rios, instituições e entidades.
Deverá também ser usada em nomes de festas e festividades, em nomes astronômicos, em títulos de periódicos e em siglas, símbolos ou abreviaturas. Nos nomes dos pontos cardeais deverá ser usada apenas se empregues absolutamente, indicando uma região.
Palavras com letra maiúscula:
Tiago;
Brasil;
Marte;
Amazonas;
Cruz Vermelha;
Carnaval;
O Estado do São Paulo;
ONU.
Uso de letra minúscula

A letra minúscula passou a ser utilizada nos nomes dos dias de semana, meses e estações do ano, nos nomes dos pontos cardeais (quando utilizados genericamente, indicando uma direção) e nas palavras fulano, sicrano e beltrano.
Palavras com letras minúsculas:
segunda-feira;
outubro;
primavera;
sul;
fulano.
Uso facultativo de maiúscula ou minúscula

O uso da letra maiúscula ou da letra minúscula é facultativo em títulos de livros (totalmente em maiúsculas ou apenas com maiúscula inicial), em palavras de categorizações (rio, rua, igreja,…), ...
...em nomes de áreas do saber, matérias e disciplinas, em versos que não iniciam o período e em palavras ligadas a uma religião.
Palavras com maiúscula ou minúscula facultativa:
Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas;
Rio Amazonas ou rio Amazonas;
Matemática ou matemática;
São ou são.
Alfabeto

O atual acordo oficializou as letras k, w, y, anteriormente consideradas letras estrangeiras, como letras do alfabeto português, que passou a ser formado por vinte e seis letras:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
As letras k, y, w podem ser usadas em nomes próprios estrangeiros de pessoas e seus derivados, em nomes próprios estrangeiros de lugares e seus derivados, em siglas, símbolos, unidades de medida e unidades monetárias e em estrangeirismos de uso frequente.
Palavras com k, y, w:
darwinismo;
malawiano;
download;
software;
playground;
kart;
km.
Consoantes mudas

Nas sequência consonânticas cc, cç, ct, pc, pç e pt interiores são eliminadas a consoante c e a consoante p quando mudas, sendo mantidas quando pronunciadas.
Palavras sem c e p mudos:
teto;
ação;
atividade;
ótimo;
batizar.
Palavras com c e p pronunciados:
adepto;
pacto;
rapto;
erupção;
convicção.
Está previsto a utilização facultativa dessas duas consoantes em diversas palavras, conforme a pronúncia culta da região, sendo retiradas quando mudas e mantidas quando pronunciadas. O mesmo acontece com outras consoantes (g, b, m).
Palavras com consoantes facultativos:
fato e facto;
concepção e conceção;
recepção e receção;
suntuoso e sumptuoso;
indenizar e indemnizar.
ACENTUAÇÃO

Na língua portuguesa escrita, a acentuação é um dos elementos mais difíceis de serem memorizados. Porém, ao contrário do que se pensa, os acentos em nossa escrita não são tão complicados de serem aprendidos.
Tipos de acentos gráficos

Aprender quais são os acentos gráficos da língua portuguesa e quais são suas funções é tão importante quanto aprender onde usá-los. No português, utilizamos quatro acentos, cada um representado por um símbolo. São eles:
Acento Agudo ( ´ ) – Sua função é simples: indicar a as vogais tônicas. O acento agudo sempre será usado na vogal da sílaba tônica. Quando aparece sobre o “e” e “o” também indica um timbre aberto.
Acento Circunflexo (^) – Só é usado nas vogais “a”, “e” e “o”, e além de indicar a vogal tônica, indica também o timbre fechado na pronúncia.
Til (~) – Também conhecido como “tilde”, é usado nas vogais para indicar nasalidade. Não necessariamente é usado na vogal tônica. Uma palavra pode ter um acento til e outro agudo ou circunflexo.
Acento Grave ( ` ) – Mais conhecido como crase, é o acento que indica uma fusão entre as preposições “a” e “as” com os pronomes demonstrativos “a” e “as”, ou com a letra inicial de “aquela(s)”, “aquele(s)” e “aquilo”, além dos artigos definidos femininos “a” e “as”.
Uso dos acentos gráficos

O uso dos acentos gráficos tônicos (agudo e circunflexo) está relacionado a alguns fatores. São eles: sílaba tônica, terminações, pronúncia e encontros de vogais.
Além disso, os acentos podem ser usados para diferenciar palavras que têm a mesma grafia. Veja as regras gerais abaixo:
Monossílabos

Acentua-se os monossílabos tônicos terminados em “a”, “e” e “o”, seguidos de “s” ou não. Exemplos: pá, cá, lá, já, gás, pé, fé, três, ré, pó, vô, dó, nós.
Não são acentuados os monossílabos terminados em “z”, “i(s)” e “u(s)”. Exemplos: paz, faz, dez, voz, vi, li.
Os monossílabos átonos também não são acentuados: artigos definidos, conjunções, preposições, pronomes oblíquos, contrações e pronome relativos.
Oxítonas

São acentuadas as oxítonas terminadas em “a(s)”, “e(s)” e “o(s)”, assim como as monossílabas. Exemplos: café, xará, cipó, guaraná, cadê.
Levam acentos também as oxítonas terminadas “em” e “ens”. Exemplos: alguém, parabéns, amém.
Paroxítonas

São acentuadas as paroxítonas terminadas em “i(s)” e “u(s)”. Exemplos: táxi, júri, lápis, vírus, bônus.
As palavras paroxítonas terminadas em consoantes também são acentuadas. Exemplos: difícil, Éden, ônix, túnel, íons.
Terminações “ã(s)” e “ão(s)” em palavras paroxítonas também levam acentos. Exemplos: ímã, bênção, sótão.
Paroxítonas terminadas em ditongo (seguido ou não de “s”) levam acento. Exemplos: área, várzea, contínuo, água.
Ditongos

Os ditongos “eu”, “ei” e “oi” com pronuncia aberta são acentuados. Exemplos: céu, papéis, dói, réu.
Hiatos

São acentuados os hiatos onde as letras “i” e “u” estão em uma sílaba isolada e são precedidas de vogal. Exemplos: saída, caída, viúva, saúde.
Acentos diferenciais

Algumas palavras de grafia semelhante e pronúncia diferente requerem o uso obrigatório de acentos para que possam ser diferenciadas pelo leitor.
Exemplos: pôde (pretérito perfeito do indicativo do verbo “poder”)/ pode (verbo no presente do indicativo do verbo “poder”), pôr (verbo)/ por (preposição), vêm (terceira pessoa do plural do verbo “vir”)/vem (terceira pessoa do singular do verbo “vir”).
PONTUAÇÃO

Quando nos comunicamos, as pausas e interrupções que fazemos enquanto falamos falam mais do que as palavras em si. Às vezes, essas mesmas paradas leves na fala podem mudar completamente o significado de uma frase.
Na escrita, a pontuação equivale a essas pausas, obviamente, o uso dos pontos e suas funções são muito mais complexas, porém, é muito mais fácil entendê-los se compararmos com hábitos que temos quando conversamos.
Para entendermos melhor como usar a pontuação, precisamos conhecer os sinais que as compõem e quais as funções básicas de cada um deles.

-Ponto final ( . ): Indica, essencialmente, o fim de uma frase.
-Ponto de exclamação ( ! ): Indica, normalmente, o fim de uma frase exclamativa ou a expressão de um desejo.
-Ponto de interrogação ( ? ): Indica o fim de uma frase interrogativa direta.

-Reticências ( … ): Indica uma interrupção na mensagem. É normalmente usada como recurso expressivo.
-Dois pontos ( : ): Usado na representação de diálogos e para introduzir uma sequência de palavras, expressões ou frases.

-Travessão ( — ): Usado na representação do discurso direto em diálogos.

-Vírgula ( , ): Representa uma pausa no texto ou uma separação de elementos.
-Ponto e vírgula ( ; ): É um sinal cujo sentido localiza-se entre o da virgula e o ponto. Traz o sentido de complementação.

-Aspas ( “ ” ): Usado em citações e para destacar palavras estrangeiras ou com significados conotativos.
-Parênteses ( ( ) ): Normalmente utilizado para adição de uma informação extra ao texto.
Anexo / Anexa

Errado: Seguem anexo os documentos solicitados.

Certo: Seguem anexos os documentos solicitados.

Por quê? Anexo é adjetivo e deve concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere.
Obs: Muitos gramáticos condenam a locução “em anexo”; portanto, dê preferência à forma sem a preposição.
“Em vez de” / “ao invés de”

Errado: Ao invés de elaborarmos um relatório, discutimos o assunto em reunião.

Certo: Em vez de elaborarmos um relatório, discutimos o assunto em reunião.
Por quê? Em vez de é usado como substituição. Ao invés de é usado como oposição. Ex: Subimos, ao invés de descer.
“Esquecer” / “Esquecer-se de”

Errado: Eu esqueci da reunião.

Certo: Há duas formas: Eu me esqueci da reunião. ou Eu esqueci a reunião.

Por quê? O verbo esquecer só é usado com a preposição de (de – da – do) quando vier acompanhado de um pronome oblíquo (me, te, se, nos, vos).
“Faz” / “Fazem”

Errado: Fazem dois meses que trabalho nesta empresa.

Certo: Faz dois meses que trabalho nesta empresa.

Por quê? No sentido de tempo decorrido, o verbo “fazer” é impessoal, ou seja, só é usado no singular.
Em outros sentidos, concorda com o sujeito. Ex: Eles fizeram um bom trabalho.
“Ao encontro de” / “De encontro a”

Errado: Os diretores estão satisfeitos, porque a atitude do gestor veio de encontro ao que desejavam.

Certo: Os diretores estão satisfeitos, porque a atitude do gestor veio ao encontro do que desejavam.
Por quê? “Ao encontro de” dá ideia de harmonia e “De encontro a” dá ideia de oposição. No exemplo acima, os diretores só podem ficar satisfeitos se a atitude vier ao encontro do que desejam.
A par / ao par

Errado: Ele já está ao par do ocorrido.

Certo: Ele já está a par do ocorrido.

Por quê? No sentido de estar ciente, o correto é “a par”. Use “ao par” somente para equivalência cambial. Ex: “Há muito tempo, o dólar e o real estiveram quase ao par.”
“Quite” / “quites”

Errado: O contribuinte está quites com a Receita Federal.

Certo: O contribuinte está quite com a Receita Federal.

Por quê? “Quite” deve concordar com o substantivo a que se refere.
“Ao meu ver” / “A meu ver”

Errado: Ao meu ver, o evento foi um sucesso.

Certo: A meu ver, o evento foi um sucesso.

Por quê? “Ao meu ver” não existe.
“Onde” / “Aonde”

Errado: Aonde coloquei minhas chaves?

Certo: Onde coloquei minhas chaves?

Por quê? Onde se refere a um lugar em que alguém ou alguma coisa está. Indica permanência. Aonde se refere ao lugar para onde alguém ou alguma coisa vai.
Indica movimento. Ex: Ainda não sabemos aonde iremos.
“A” / “há”

Errado: Atuo no setor de controladoria a 15 anos.

Certo: Atuo no setor de controladoria há 15 anos.

Por quê? Para indicar tempo passado, usa-se o verbo haver. O “a”, como expressão de tempo, é usado para indicar futuro ou distância.
Exs: Falarei com o diretor daqui a cinco dias. Ele mora a duas horas do escritório.
“Implicar” / “Implicar com” / “Implicar em”

Errado: O acidente implicou em várias vítimas.

Certo: O acidente implicou várias vítimas.

Por quê? No sentido de acarretar, o verbo implicar não admite preposição. No sentido de ter implicância, a preposição exigida é com.
Quando se refere a comprometimento, deve-se usar a preposição em. Exs: Ele sempre implicava com os filhos. Ela implicou-se nos estudos e passou no concurso.

Boa tarde!
@threadreaderapp please "unroll"
A participação é do jornalista e escritor @Luigi_10XV Especialista em Língua Portuguesa.

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