Antes do início da Pandemia, em 5 de dezembro de 2019, o Centre for Transformative Innovation em Melbourne reuniu David Mowery e Linda Weiss para um painel sobre inovação e indústria de defesa:
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Ambos reconheceram que nem toda inovação ocorrida após 1940 teve origem no chamado complexo industrial militar dos EUA: apenas as que importam
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Mowery – sem ser exaustivo – traz os exemplos dos semicondutores, dos computadores e processadores, do software, da aeronáutica, das máquinas ferramenta de controle numérico computadorizado e da energia nuclear.
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Em todos, houve liderança no P&D e na aquisição federal, sempre partindo de grandes programas "mission oriented" que uniam universidades e centros de pesquisa, mas nem todos conseguiram fomentar ecossistemas baseados apenas em empresas privadas a partir de certo ponto.
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Linda Weiss mostra q + importante q montantes gastos foi decisivo um aspecto qualitativo: programas estratégicos c foco na segurança nacional possuem elevado “apetite por risco” ausente do mercado concorrencial normal. A este coube desdobrá-lo e aperfeiçoá-lo p utilidades civis.
Indagados sobre lições do complexo militar p minimizar aquec. global, Mowery é mais cético: aparentemente, a transição do modelo de pesado incentivo público p a espiral de inovações incrementais ocorrida em alguns setores ñ se aplicariam (ele pensa em novas fontes energéticas)
Weiss entende que a adaptação do modelo – que segundo ela foi erodido a partir dos anos 90 – é possível.
(7/12)
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A dificuldade está no fato de que institucional e ideologicamente as bases da "grande política industrial" existentes no ocidente e em particular nos EUA foram severamente abaladas. A reconstrução dessas estruturas – sistemas de segurança nacional – não é politicamente trivial.
Paradoxalmente, a ascensão da China vem fornecendo indícios de que o "espírito do tempo" dos anos 1990 está mudando (10/12)
Imaginava-se que ela seria naturalmente (à medida que prosperasse) convertida ao modelo de liderança da livre iniciativa então amplamente dominante na virada do século (11/12)
Mas é o oposto o que vem se passando: a trajetória e o desafio chineses vem "relembrando" nossas lideranças de que a pujança tecnológica existente dos anos 50 aos 80 só foi lograda com atuação discricionária do Estado. (fim)
